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sexta-feira, 8 de março de 2024

SEM MULHER NÃO HAVERIA HOMEM

Muita coisa é dita somente da boca pra fora. Sabemos e é de lamentar. Porém, sempre foi assim. 
No tempo da pedra lascada e do toco torto os machos carregavam literalmente as mulheres pelo cabelo. Como um animal qualquer. Como uma fêmea qualquer. E o macho, por natureza, mostrava do seu jeito grosso a sua maneira lamentável de ser.
Em alguns países, ou todos, a mulher ainda é considerada pelos machos apenas um animal que dá prazer sexual. 
Uma das figuras criadas pelo machismo atende por gueixa. Surgiu no Japão medieval ou sei lá!
Estou no capítulo 32 do livro Xógum, do escritor inglês James Clavell. É um calhamaço de 998 páginas, mas estou gostando. Trata de uma saga japonesa nas origens. Tem navios, guerra, samurais; política, poder, corrupção, paixão, amor, sexo...
Para os japoneses, a palavra amor que tão bem entendemos tem ou tinha sentido diferente lá na terra do sol nascente.
Mas por que diachos eu falo isso?
Antes de mais nada, lembro do livro de Clavell porque fala de gueixa e tudo mais.
As mulheres japonesas, incluindo as gueixas,  achavam ou ainda acham que nasceram simplesmente para obedecer rigorosamente as ordens e as vontades mais íntimas dos machos. Pois é. Servil. Apenas isso. Ai, ai.
No final dos anos 1940 foi aprovada em assembleia na ONU a tão manjada Declaração dos Direitos Humanos.
No Brasil de 1988 foi aprovada, no Congresso, a nossa 7a. Constituição. Aí pelo Artigo 5° consta que homens e mulheres são todos iguais perante a lei.
Balela o que diz o artigo aí, pelo menos em parte.
Fica claro no comportamento dos homens que são mais iguais do que todos. Pena. Sou homem, sim, mas não me comporto de tal maneira. 
Na literatura nacional há muitos exemplos de feminicídio, de personagens masculinos que por ciúme matam as personagens femininas por se sentirem traídos. 
No livro Til, do escritor cearense José de Alencar, há caso de feminicídio e outros e outros. A história se passa numa fazenda do interior paulista. Foi publicado em 1872.
Já andei escrevendo sobre isso, aqui mesmo neste Blog. 
Andei falando também sobre feminicídio praticado na ficção musical e até por compositores.
Bom, hoje 8 de março, é o Dia da Mulher. Aliás, entendo que o dia da mulher é todo dia. 
Sem fêmea não haveria vida.
Sobre o tema escrevi o poema Avante Mulher! É esse aqui:

Mulher tu tens a força
E a boniteza do mar
Avante mulher, avante!
Vens pra vida, vens lutar

Quem não luta nada tem
O ideal manda lutar
Avante mulher, avante!
Tu tens a força do mar

Além dessa força tu tens
O brilho que tem o luar
Avante mulher, avante!
O perigo ronda o ar

A injustiça perdura
Em tudo quanto é lugar 
Avante mulher, avante!
A vida precisa mudar

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