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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

KOTSCHO, UM CONTADOR DA HISTÓRIA

O brasileiro Ricardo Kotscho merece nosso respeito, palmas. 
Mais do que tudo, Kotscho é um cidadão a toda prova. Um profissional incrível, um grande contador de histórias.
Sou contemporâneo do Kotscho. Trabalhamos juntos numa mesma empresa, Folha. 
Os textos de Kotscho são pérolas. 
Um dia, não faz tempo, o fotógrafo Jorge Araújo disse com toda a graça do mundo: "O sonho de qualquer pessoa é ter do Kotscho um texto, e se não for sonho, deveria ser".
Ricardo Kotscho é mestre da escrita, do ouvir e do falar. 
Ele já está ficando do tempo antigo.
É de um tempo em que se fazia jornalismo com romantismo, mas sem fugir dos fatos. 
Hoje, nas mídias, há muita fake news. 
Ernesto Kawall, Eu, Kotsho
e Zé Hamilton Ribeiro
No tempo do Kotscho, mais ou menos no meu tempo, se o repórter mentisse era execrado pelos próprios colegas.
A última vez que estivemos juntos foi no Bar das Putas, ali na Consolação, SP. O Audálio estava junto, mais duas ou três pessoas. 
O Kotscho fuma que só. 
Até num bar, lugar fechado, o cabra encontra meio de puxar fumaça. 
Lembro de algumas coisas ao lado do Kostcho, fora da Folha. 
Uma vez houve quem me chamasse para uma entrevista na Band News. O Kotscho, na ocasião, era diretor ou coisa assim.
E a entrevista no ar, ao vivo. 
De esguelha, eu via Kotscho mandando o entrevistador continuar comigo em entrevista, em gestos. Ao fim do programa, Kotscho me abraçou e disse que mandou a entrevista continuar porque a minha fala estava dando ibope. 
Humm...
Grande Kotscho! 
"Eu já entrevistei muita gente boa, inclusive grandes jornalistas. Mas entrevistar Zé Hamilton Ribeiro, Loyola Brandão e Ricardo Kotscho, pra mim foi um curso intensivo de jornalismo", diz com a naturalidade de uma onda que bate na praia, o radialista Carlos Sílvio, que acaba de entrevistar o Kotscho. 
Na entrevista a Silvio, Kostcho fala bonito da sua trajetória profissional. Das suas grandes entrevistas e entrevistados. Do tempo em que agentes da ditadura queriam pegá-lo, isso, aliás, fez com que aceitasse convite para ser correspondente do Jornal do Brasil, na Alemanha. Fala bem alemão. Desde menino, criança ainda, Kostcho ouvia os pais falar nessa língua e essa língua nele pegou.
Ainda nessa entrevista, Kotscho fala da sua rápida passagem pelo governo Lula. Nota 10. Confira:
 

 

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Um comentário:

  1. Bela matéria sobre o Kotscho, a foto mostra um Encontro Incrível dele com Assis Angelo, Luiz Ernesto Kawall e José Hamilton Ribeiro, foi no projeto O Autor na Praça / Espaço Plínio Marcos, na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto. Momento Memorável. Valeu Assis. Grande Abraço.

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