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terça-feira, 28 de julho de 2009

HOJE É DIA DE OSMAR SANTOS

O paulista de Osvaldo Cruz Osmar Santos completa hoje 60 anos de vida.
Daqui, seguem os nossos parabéns.
Osmar é marca indelével na história do rádio brasileiro.
Ele cobriu copas e criou chavões engraçados que a milhões encantaram, como “ripa na chulipa” e “pimba na gorduchinha”; e programas como Balancê e Show do Rádio, inesquecíveis.
No campo da política partidária a nada se candidatou, mas se fez presente na campanha pelas eleições diretas em 1984, ao lado de Tancredo Neves e Ulysses Guimarães.
Dá para esquecer a sua condução em prol da liberdade, nos discursos em palanque na Praça da Sé, em Sampa?
Um acidente de automóvel, porém, ocorrido no interior de São Paulo, em dezembro de 1994, pôs fim a sua brilhante carreira de locutor esportivo, aplaudido em todo o País.
Com o acidente, se foi o seu principal instrumento de trabalho: a voz.
Mas o bom humor que porta e o perfil de cidadão que trouxe do berço o garantem na galeria dos imortais brasileiros.
Uma batalha se travou após o acidente, no campo do possível e do desejável. Milhões de fãs torceram a seu favor. Isso rendeu resultados, pois reforçou sua crença pela vida e alargou ainda mais o seu sorriso. Ao perder a locução que fazia aos microfones encontrou, como paciente garimpeiro de palavras mágicas, outro modo de se comunicar com as pessoas.
Uma façanha e tanto!
Hoje ele não ri do infortúnio que lhe coube; ri do prazer de viver, simplesmente.
Se o locutor esportivo deu tantas alegrias a tantos, o cidadão continua fazendo o mesmo, enquanto conquista e amplia um público muito especial: o dos excepcionais que se espalham Brasil afora e o têm como exemplo de vida.
Hoje o pintor enche de alegria os olhos dos amantes das cores, que não são poucos...
Aos 60 anos agora, Osmar Aparecido Santos mostra que é possível driblar os caprichos do destino sem perder a dignidade e o gosto pela vida.
A prova são os seus quadros.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

SAUDADE DAS CHANCHADAS

No campo musical, milhares de obras foram compostas e gravadas sob o tema lua. Mazzaropi, o grande Mazzaropi, diz, na cantiga Confins do Meu Sertão:

Você quer ver,
É uma coisa tão bonita,
É a lua cor de prata
Clareando meu Sertão...

No campo da literatura de ficção, também.
Na poética, idem.
Também no campo cinematográfico.
Há dez anos, os norte-americanos produziram o filme Murder on the Moon, de suspense, estrelado por Brigitte Nielson, Julian Sands e outros.
O enredo, que se desenvolve em 2015 – o ano tá chegando... – trata de um incidente que quase leva a terra a uma terceira grande guerra.
A esse tempo, confusão na lua.
Lá, russos e americanos procuram viver sem se matar. Mas um corpo de homem é encontrado, misteriosamente.
E por aí segue a coisa, com agentes especiais das duas nações procurando esclarecer o crime.
Mas quer saber?
Prefiro o humor ingênuo de Carlos Manga n´O Homem do Sputinik, de 1959, com Oscarito, Zezé Macedo, Jô Soares e Norma Bengell, entre outros craques da nossa constelação cinematográfica. Tudo começa quando um trambolho cai no galinheiro da casa de um casal de caipiras. Sim, dá pra rir.
Ai que saudade das velhas chanchadas!
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PLOCAS & BOAS
- E Sarney, hein? O cabra não quer largar o osso de jeito nenhum, mesmo com a montanha de denúncias de nepotismo e tudo que lhe caem no lombo.
- O Michael Jackson saiu da pauta do dia da imprensa, mas está presente nas bancas dos piratas de filmes nas esquinas deste Brasil varonil.
- E a gripe palmeirense, hein, toss, toss, não já está na hora de parar a contagem?
- O bom Arievaldo Viana anda à toda. Agora prepara um livro de charges.
- Dias 5 próximo tem forró com Anastácia e trio, livro do mineiro Roniwalter Jatobá e fala que farei sobre o rei do baião, Luiz Gonzaga, na Casa das Rosas, ali na avenida Paulista. Quem não for, é besta.
- e Tenho dito!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A CASA DA MÃE JOANA...

Há milhões de anos, é certo que muita gente pensou um dia ir à lua e nela morar.
A dupla Luiz de França e Ary Lobo imaginou isso e compôs o rojão Eu Vou pra Lua, que foi gravado no dia 28 de junho de 1960, nos estúdios da extinta RCAVictor, e lançado três meses depois, ou seja: nove anos e um mês antes de Armstrong e Aldrin porem os pés lá.
O assunto é bom.
Já no primeiro conto cientifico de que se tem notícia, True History, de autoria de um grego – mais um! – chamado Luciano de Samosata, referido pelo mestre da ficção Issac Asimov (1920-92) numa de suas coletâneas publicadas na segunda metade dos anos de 1980 no Brasil, a lua está presente; embora possa se imaginar que a lua, no caso, é esta nossa terrinha dos diabos e Sarney!
Na história de Samósata, há um personagem que é catapultado à lua por uma tromba-d´água e lá vive a sua odisséia, entre seres monstruosos saídos da imaginação.Mas vale, enfim estamos falando de um tempo contabilizado no miolo do lápis em torno de 150 d.C.
Pois é.
Os gringos norte-americanos foram à lua pelo menos uma meia dúzia de vezes, na moita, sem estardalhaço, o que gerou e ainda gera desconfiança e incredulidade completa por parte de um bilhão e tanto de mortais ditos pensantes, em todo o mundo. E quando menos se esperava... pimba! Eles anunciam para dois mil e qualquer coisa uma nova investida ao lar de São Jorge e do seu inimigo de estimação, o dragão que vemos nas noites de céu estrelado.
Os chineses descobriram as intenções do Tio Sam. Resultado: vão antecipar sua ida lá.
Sei não, isso não vai dar certo...
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PLOCAS & BOAS
- Há saiu no noticiário da Plim Plim a netinha do Sarney rogando ao filho de Sarney para Sarney interceder numa boquinha no Senado? Era para o namorado, explicou. O vovô Sarney, sempre cuidadoso com os seus mais queridos, intercedeu de pronto, para alegria da neta, para alegria do filho, para tristeza e desencanto da nação.
Êta, Brasil! Como judiam contigo.
- A gripe palmeirense continua matando. Já são 29 casos, em todo o País.
- Enquanto isso, o esquadrão corinthiano continua a se desfazer. É mesmo tudo por grana. E então? Bons tempos aqueles em que se podia torcer por um time durante um bom tempo sem que seus craques arredassem pé para outros mundos.
Sei não, do jeito que a coisa anda, acho que vou voltar a torcer pelo 13 de Campina Grande.
- O complexo cultural Funarte de São Paulo, aos poucos começa a ser reativado. Nos próximos 8 e 9 de agosto, Benjamim Taubkim estará participando de um fuá, junto com o Grupo Zangareio e PC Castilho, do Rio de Janeiro. O espaço fica na Al. Northman, 1058, Campos Eliseos.
- E por falar em fuá... A Banda Mafuá, hoje dispersa, gravou em 1998 o carimbó Até a Lua, de Ana Maria Carvalho. Recomendo, a música é muito bonita.

terça-feira, 21 de julho de 2009

AINDA O HOMEM NA LUA

O músico Júbilo Jacobino acredita que o homem foi à lua, mas acha que isso ocorreu “já de noitão”, quase meia-noite, hora do footing.
Bom, o módulo lunar chegou à lua no final da tarde de 20 de julho, após cerca de 100 horas de vôo a 40 mil km/h e quase 400 mil quilômetros vencidos, de acordo com o que se leu em todos os meios de comunicação, e ainda se lê.
Armstrong pôs os pés no satélite dos eternos enamorados em noite já avançada, sim, e ficou por lá, junto com Aldrin, por duas horas e tanto antes de retornar são e salvo à terra, com os bolsos cheios de amostras do solo pisado para provar que fora mesmo onde ninguém jamais pensou que fosse de fato possível. Tanto que ainda há muita gente que crê que tal façanha jamais existiu, que foi uma farsa etc.
O meu bom amigo baiano de Irará Tom Zé, por exemplo, diz com a certeza dos absolutos que na noite da suposta farsa o céu da sua terra estava maravilhoso, com as estrelas brincando de se acender e se apagar. E que, mesmo assim, ninguém viu nenhum americano na lua, só os contornos de São Jorge em briga com o seu velho dragão de estimação.
Mas algo parecido com a fala de Tom disse o primeiro viajante do espaço sideral, o soviético Gagarin, na manhã de 12 de abril de 1961: “A terra é azul, mas não vi Deus”.
Eu, hein?
Armstrong disse coisa melhor, ao tocar os pés na lua: “Um pequeno passo para o homem, um gigantesco passo para a humanidade”.
A conquista da lua resultou na abertura da porta para o futuro da terra, em especial no que tange às questões de comunicação.
O tema, aliás, não deixou ninguém indiferente.
No campo da música, nunca se falou tanto.
Só no Brasil, são milhares de composições gravadas desde a façanha dos tripulantes da Apollo 11. Muitas dessas composições viraram clássicos, como Eu Vou pra Lua, de Luiz de França e Ary Lobo, e Lua Bonita, de Zé do Norte.
E pronto.
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PLOCAS & BOAS
- A Justiça Federal brasileira acaba de seqüestrar 27 fazendas do mão-grande Daniel Dantas, do Oportunity, e de sua irmã, Verônica. O seqüestro dos bens inclui 450 mil cabeças de boi de corte. Eita! A continuar assim, dá até pra acreditar que o Brasil tem jeito.
- O último exilado da ditadura militar, Antônio Geraldo Costa, o Neguinho-tigre, chegou hoje de volta ao Brasil. Desembarcou no Aeroporto Tom Jobim, onde foi recebido por meia dúzia de amigos e imprensa. Disse que não veio antes, por temer ser preso.
- A gripe palmeirense, que surgiu no México, continua fazendo vítimas.
- Termina depois de amanhã as inscrições BNB de Cultura edição 2010, parceria BNDES, para os estados do Nordeste, norte de Minas e Espírito Santo. A dotação orçamentária é de R$ 6 milhões.
- O escritor mineiro Roniwalter Jatobá está se preparando para lançar novo livro: O Jovem Luiz Gonzaga. Será na Casa das Rosas, no próximo dia 5 de agosto,a partir das 19 hroas. Haverá palestra minha e show da rainha do forró, Anastácia.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O HOMEM NA LUA

O homem esteve na lua, sim.
A primeira vez que isso ocorreu foi num dia como hoje, há exatos 40 anos.
Entenda-se: como hoje, mas um domingo.
Lembro perfeitamente.
Eu estava em Timbaúba, cidadezinha beleza de Pernambuco distante cerca de 80 quilômetros da capital Recife. Numa barbearia de esquina, junto da pracinha central cercada por timbaúbas e perto da Rua das Flores, onde menininhas de vida fácil davam alegria a menininhos de vida difícil, como eu.
Nem sei se ainda existe essa rua.
Faltavam dois meses e 7 dias para o papai aqui completar 17 anos.
Cheio de curiosidade, me plantei numa roda de gente incrédula, de boca aberta.
Diante de nossos olhos e num silêncio danado, um aparelho de televisão mostrava em branco e preto o módulo lunar Apollo11, o Águia, descendo no Mar da Tranquilidade, a mais ou menos 6 quilômetros do ponto previsto pelos cabeções da NASA.
O tempo era bom, de sol, e o jornal dizia que a lua estava na sua fase de quarto- crescente.
Hora? 15h17, pelos relógios da costa leste dos Estados Unidos da América ou 20h17 por Greenwich. Pelos relógios de Brasília, 17h17.
Amanhã eu falarei um pouco mais sobre a ida do homem à lua e o que isso gerou no campo da música popular, por exemplo.
Amanhã teremos também Plocas & Boas.
Ah! Um pedido: opinem sobre o que escrevo neste blog, diretamente neste blog, ao invés de fazê-lo através do meu email. Assim entendo que todos compartilharão e, quem sabe, poderemos até pôr o Brasil popular em discussão. Que tal?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A CASA DA XILOGRAVURA

A surpresa que me pegou de jeito em Campos do Jordão nessa última vez em que lá estive foi a Casa da Xilogravura, espécie de museu particular criado há duas décadas pelo ex-professor universitário, advogado, pintor, poeta e xilógrafo paulistano Fernando Costella, também autor de um monte de livros sobre arte, comunicação, viagens, animais, com a marca da sua própria editora, a Mantiqueira.
A Casa, que tem 17 salas bem arejadas distribuídas numa área de 550 m², está instalada na região onde nasceu a cidade, a Vila Jaguaribe.
Fiquei encantado com a organização nas mesas e paredes das cerca de 2000 mil peças de autores brasileiros, como Dila, Noza, Maxado, Franconti, J. Barros, J. Borges, Rubem Grilo, José Altino, Marcelo Soares, Unhandeijara Lisboa, Lívio Abramo, Lazar Segall, Aldemir Martins, Calazans Neto, Perci Lau e até Gilvan Samico, um dos meus professores de Arte dos tempos da Paraíba.
No acervo da Casa vi peças raras e curiosas de xilogravadores do Sudão, Portugal, Itália, Hungria, Espanha, Japão, Coréia do Sul e Inglaterra, entre outros países.
Além das xilos, e também dos folhetos de cordel, peças avulsas e máquinas de tipografia desativadas chamam à atenção dos visitantes, como uma velha linotipo, lingotes de chumbo e caixas de tipos diversos a mim muito familiares desde a virada dos 60 nas oficinas e redação do centenário jornal O Norte, onde iniciei a carreira de jornalista.
Gostei muito de conhecer a Casa de Xilogravura, única do gênero no mundo.
Sem dúvida, vale a pena uma visita. Das 9 às 12 e das 14 às 17 horas, menos terças e quartas. www.casadaxilogravura.com.br
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PLOCAS & BOAS
►E aí? O rei do Maranhão deixa ou não deixa o trono, no Senado? O danado ainda anda dizendo por aí que é da imprensa a culpa pelas pisadas de bola que tem dado e gerado rombos no erário público nacional. Eu, hein! Uma coisa: vale a pena ler o texto Sarney, o Homem Incomum, de Leandro Fortes, publicado na revista Carta Capital e que está rodando na Internet.
►A Pizzaria Préstimo está anunciando Pizza à Moda do Sarney, para a noite do próximo dia 20, à Rua Joaquim Eugênio de Lima, 1135, na região dos Jardins, cá em Sampa. A sobremesa é Pizza à Moda do Senado. Reservas: 3284.8687.
►A segunda maior biblioteca do mundo, a britânica – a primeira é a do Congresso norte-americano –, está disponibilizando na internet o seu acervo, que ocupa um edifício do tamanho de quatro campos de futebol, três andares para cima e seis para baixo. No subterrâneo, protegido de radiação, de umidade e de vandalismo, está guardado o tesouro que ocupa nada menos que 630 km de prateleiras, o equivalente a distância entre Salvador e Maceió. São mais de 150 milhões de fontes de informação. No que se refere a jornais, são mais de 2 milhões de páginas desde recolhidas de todas as partes do planeta desde os primeiros anos do século 19. A busca não custa nada, mas o número de 100 downloads em 24 horas custa US$ 11,40, enquanto 200 downloads por um período de sete dias valem US$ 16,30, numa espécie de "pay-per-view" dos jornais digitais. Mas vale a pena, inclusive para checar informações sobre Luiz Gonzaga, Chico Buarque, Geraldo Vandré...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

AINDA A VIAGEM...

Nas andanças que fiz semana passada por rotas do fim do mundo, esbarrei em Campos do Jordão, aconchegante cidadezinha paulista cheia de trilhas, de caminhos encantados, situada nos altos da Serra da Mantiqueira, entre vales e montanhas, bosques e paisagens outras que nos fazem crer que Deus realmente existe, e que é brasileiro.
Conhecida por muitos como a nossa Suíça, Campos é formada, e bem formada, pelas vilas Abernéssia, Jaguaribe e Capivari.
Um brinco!
Mas não vi o bondinho, não vi a Maria-fumaça...
Morei lá por uns meses, nos fins dos 70.
À época, a minha companhia permanente eram os terríveis bacilos de Kock.
Fora os bacilos que me comiam o peito e sem vergonha encurtavam a minha respiração, eu sofria a dor da saudade por minha terra, a capital paraibana.
Cheguei a Campos pela estradinha SP 050, esburacada, curvilínea e sem trânsito.
Parti de Santo Antônio do Pinhal.
Vi um pouco nostálgico o Leonor Mendes de Barros. Por fora, mudou pouco.
Também vi o espetáculo que é as plantas soltando flores nesse seu processo natural de rejuvenescimento.
Vi ainda os chalezinhos de perfil europeu, de tinturas avermelhadas, coloridas.
O teleférico, em cujas proximidades dezenas de cavalos amestrados faziam a alegria de adultos e crianças.
Lembrei de amigos como o maestro Eleazar de Carvalho, fundador do Festival Internacional de Inverno da região.
Poxa! Grandes lembranças.
E uma agradável surpresa, que contarei amanhã.
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PLOCAS & BOAS
►E o rei do Maranhão, hein?
Aparentemente, está enroscado.
Muita gente começa a se mobilizar, inclusive estudantes, exigindo que desocupe depressa a cadeira do Senado. Seu medo é ser preso se fizer isso. Ontem o filhão Fernandinho foi indiciado pela PF, por formação de quadrilha. Ah! Enquanto isso ocorria, o ministro da Justiça dizia que o indiciamento é coisa normal... Eu, hein!
►Vão contando: a gripe palmeirense matou até agora onze brasileiros.
►E Michael Jackson, hein? Daqui a pouco vão descobrir uma montanha de músicas inéditas dele... Coisas do show business.
►Há 40 anos completados na manhã de hoje, a nave Apollo 11 deixava o Cabo Canaveral, na Flórida, em direção à Lua. Confesso: como repórter, eu sempre quis entrevistar o comandante Neil Armstrong, que hoje mora em Cincinnati... Seus companheiros de missão Aldrin e Collins também ainda estão vivos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

PASSEIO AO FIM DO MUNDO


Andei por uns dias longe da urbe, pisando serras, matas e praias, com o propósito de descansar os pés e a cuca.
Valeu.
Fui ao fim do mundo e voltei, são e salvo. Rebobinado, com idéias altivas.
Li muito.
Vocês já ouviram falar de Louise Michel?
Louise era francesa, contemporânea de Victor Hugo. Nasceu em 1830 e viveu a infância num velho castelo, galopando por bosques das redondezas, subindo em árvores; brincando, enfim, como qualquer criança. Foi poeta, operária, revolucionária. Quis até matar Napoleão 3º, por seus atos desumanos. Ao fim da vida, virou heroína.
O oportuníssimo Cartas a Victor Hugo (editora Horizonte) traça bem o perfil dessa corajosa mulher, que dedicou a própria vida à liberdade. E mais não digo: leiam-no.
Li e reli outros livros ótimos, como Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente (Ateliê Editorial), Às Margens do Sena (Ediouro) e O Nordeste no Cinema, de Wills Leal (Editora Universitária/Funape/UFPb).
A Farsa de Inês Pereira é uma obra-prima que vem ultrapassando, incólume, séculos e séculos. Atualíssima. Trata de interesses da gente esperta da sociedade portuguesa quinhentista.
Às Margens do Sena registra as memórias do excepcional jornalista Reali Jr., ditadas a Giani Carta. Esse é um livro que todos os jornalistas deveriam ler.
O Nordeste no Cinema, por sua vez, é uma peça indispensável como introdução à compreensão do cinema brasileiro feito sob a temática nordestina. Nesse assunto, aliás, Wills é craque que dispensa retoques. Sim, a sua obra é absolutamente necessária para o entendimento da vida quase sempre conflituosa da gente nordestina.
Voltarei a falar de outras leituras e da minha ida ao fim do mundo.
Ah! A foto de cima? Sou o de sorriso aberto.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

MICHAEL JACKSON É TEMA DE CORDELISTA



















Do amigo cordelista e quadrinhista cearense também parceiro musical eventual Klévisson Viana, acabo de receber algumas estrofes de um novo folheto seu, feito em parceria com o alagoano João Gomes de Sá, a Chegada de Michael Jackson no Portão Celestial. Nota dez! Para adquiri-lo, o meio é o email kleviana@ig.com.br

Poeta tem sinal verde
Pra voar com liberdade
Andar no tempo, sonhar,
Falar da realidade,
Contar ‘causo’, divertir,
Fazer o leitor sorrir,
Chorar ou sentir saudade.

De sábado para Domingo,
Eu fui dormir sossegado:
Sonhei que estava voando
Em um maquinismo alado,
Tudo que vi registrei
E ao despertar encontrei
Pena e papel do meu lado.

Eu sonhei que o rei do pop,
Logo após bater as botas,
Foi direto para o céu,
Fazendo muitas marmotas,
Cantando muito agitado,
Feliz, tinha se livrado
De dívida, banco e agiotas.

Acordei bastante eufórico,
Sentei na rede e então
Pensei em Deus, respirei,
Fiz uma meditação,
Limpei a mente confusa:
Foi quando eu vi minha musa
Me trazendo a inspiração.

Um pássaro veio cantando,
Logo ao surgir da aurora,
Cada detalhe do sonho
Eu recordei sem demora,
E como bom menestrel,
Peguei a pena e o papel
E escrevi na mesma hora:

Michael Jackson lá no céu
Chegou bastante apressado,
Dizendo para São Pedro:
— Estou demais transtornado
Eu quero até me esconder
Porque não pude fazer
O que tinha programado!

Tinha uma agenda de shows
Com lotação esgotada,
Para pagar uma dívida
Há muito tempo atrasada,
Mas eu confesso, não sei,
Porque logo me livrei
Daquela vida agitada!

Eu queria cantar mais,
Pois no canto não empaco...
Rodando igual carrapeta,
Na dança nunca fui fraco!
No palco eu faço munganga,
Às vezes visto uma tanga
Para prender o meu saco!

São Pedro disse: — Rapaz,
Não é como você pensa!
Primeiro você procura
O assessor de imprensa
E faça um requerimento,
Protocole no convento,
Com a avó de Alceu Valença.

Tomando um chá de cadeira
No banco do corredor,
Você recebe uma senha
E aguarda o promotor.
Como já é falecido,
Se não for logo atendido,
Não reclame, por favor!

Disse Jackson: — Eu sou um astro
Famoso no mundo inteiro!
Não tem um ato secreto
Para me atender primeiro?
Pedro disse: — Eu não tropeço,
O céu não é o congresso
Lá do povo brasileiro!

E falou muito sisudo:
— Cabra, siga a instrução,
Se comporte, fique calmo,
Deixe de reclamação!
Nisso Jackson se sentou
E logo as pernas cruzou
E desmunhecou a mão.

COISAS MAIS SEM GRAÇA!

É o fim da picada.
Como pode?
Estamos em plena democracia e ainda acontecem coisas de enrubescer caras de pau.
Vocês viram?
Foi ontem, à entrada do Senado.
O Rei do Maranhão e da outra parte idem, idem, atrasada desta nossa Brasiléia ai, ai, ai de meu Deus do céu, solicitado por jornalistas a declarar algo sobre a crise, essa mais uma que a todos nos alcança, se limitou simplesmente a soltar um “bom dia” pra lá de fulero e a acenar suas mãozinhas pecadoras para as câmeras.
O pior viria depois do bom dia, quando o profissional do riso Danilo Gentili, da equipe do CQC da Band, quis saber se com a sua saída da presidência do Senado os escândalos que nos amedrontam iriam acabar. Antes, quis saber: “Como é ser tão poderoso assim?”.
E poft! Foi ao chão pela brutalidade dos seguranças do homem.
Eta, Brasil!
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Foi bonita a noite de lançamento do novo livro do meu amigo mineiro Roniwalter Jatobá ontem, na Livraria da Vila. Gente saindo pelo ladrão. Muita prosa e pouco vinho, achei. Agora que foi bonita, foi. Após o lançamento oficial ficou fácil adquirir Contos Antológicos, agora nas estantes de qualquer livraria que se preze, ou solicitá-lo diretamente à Editora Nova Alexandria: WWW.novaalexandria.com.br
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E o Coringão, hein? Agora é tri da Copa Brasil.
Mas, calma, isso não é motivo pra ficarmos de braços cruzados vendo as estripulias cometidas às nossas barbas, por políticos desonestos.
já começo a afiar a minha faquinha...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

RONIWALTER JATOBÁ EM LANÇAMENTO ANTOLÓGICO

O mês começa bem, com a festa literária de Paraty no litoral fluminense, entre hoje e até o próximo dia 5, o 40º Festival Internacional de Campos do Jordão na serra da Mantiqueira, de 4 a 26-7, e o 2º Festival de Cinema de Paulínia, no interior de São Paulo.
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Hoje cá em Sampa o 1º de julho será muito especial, pois o meu amigo mineiro de Campanário Roniwalter Jatobá, escritor dos melhores deste Brasil brasileiro, como diria seu conterrâneo Ary Barroso, logo mais à boca da noite juntará uma penca de gente boa e qualificada no ramo da literatura como Marco Haurélio e tantos e tantos, na Livraria da Vila. Motivo? Mais um livro seu saindo do prelo, Contos Antológicos. A obra traz a chancela da editora paulistana Nova Alexandria. Claro, o encontro terá mais bebes do que comes. Vamos lá? Chegue cedo, pois aquilo vai entupir de gente. E é só até às 21 horas. Endereço: rua Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena.
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Logo mais às 22 horas, o cantor e compositor, apresentador do programa Sr. Brasil pela TV Cultura de São Paulo mostrará para o País o talento da paraibana Socorro Lira.
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Depois de amanhã, o grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado fará show comemorativos de seus primeiros dez anos de existência. Será no Dragão do Mar. Na ocasião será também lançada a 4ª edição do Festival Ponto.CE. Quer saber mais? Entre o site WWW.ponce.com.br
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Não tenho ouvido comentários sobre o fechamento do Museu Afro Brasil, no Ibirapuera. Que diacho! O fato se deu no último dia 20, um sábado.
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Em caráter conclusivo, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania do Congresso aprovou terça 23 última a proposta de regulamentação da profissão de Repentista. Pela proposta, o repentista é definido como “o profissional que utiliza o improviso rimado como meio de expressão artística, transmitindo a tradição e a cultura popular por intermédio do canto, da fala ou da escrita, sendo citados como tais o cantador e o violeiro improvisador, o embolador e o cantador de coco, o poeta repentista, o contador e o declamador de causos, e o escritor de literatura de cordel”. Ah! Caráter conclusivo, segundo as formas protocolares, é o rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações:
- se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra);
- se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total).
Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário.

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