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segunda-feira, 30 de junho de 2014

MPB EM DISCUSSÃO

Só agora através do amigo Darlan Ferreira tomei conhecimento da participação do mandachuva do mundo do disco no Brasil por uns trinta ou mais anos André Midani, responsável pela contratação de grandes ídolos como Chico, Caetano e Gal num evento que eu até então desconhecia chamado SIM, que quer dizer Semana Internacional de Música, que teve como palco São Paulo no fim do ano passado.
Como mediadores estiveram muito bem os apresentadores de rádio Ricardo Alexandre e Patrícia Palumbo.
Midani falou menos do que deveria, mas ainda assim foi esclarecedor em muitos pontos referentes à construção da MPB, com nomes como os referidos acima. E ainda falou de Roberto Carlos, que chamou de “demoníaco como cidadão e não como artista”, curioso não?
O livro autobiográfico de Midani não se acha nas prateleiras do mercado.
Acompanhem o papo que rolou na SIM, clicando:

sábado, 28 de junho de 2014

PRA FRENTE, BRASIL!

Mesmo apresentando um futebol pífio, irreconhecível, duvidoso, a seleção do Felipão conseguiu passar pela Croácia, México e Camarões. Com Camarões foi a melhor partida. Mas a pedreira para o País de chuteiras, como dizia o desassombrado Nélson Rodrigues, começa logo mais às 13 horas no Mineirão, em Belo Horizonte, com o Chile preparadíssimo para o que der e vier nessa rodada de quartas de final, onde o que interessa é a vitória, somente a vitória. Vamos empurrar o time pra frente, mesmo mentalmente. O meu palpite é que a Seleção Brazuca ganhe por 2x1, com gols de Neymar e Fernandinho, no lugar de Paulinho. O placar pode aumentar se David Luiz deixar as dores de lado e for escalado.
A última vez que os meninos do Felipão pegaram o Chile pra capar foi há quatro anos, na Copa-fifa da África do Sul, resultado: 3x0.
Mas e as músicas?
Cadê as músicas, a trilha sonora que sempre embalou os jogos da Seleção Canarinho, hein?
Na vez EM que o Brasil faturou o pentacampeonato de futebol eu o Gereba compusemos, como homenagem... Foi a única, Para ouví-la, clique sobre a imagem:

sexta-feira, 27 de junho de 2014

VOU VIRAR CHINÊS

Formar, informar, opinar e criticar é mais do que um ideário humano, humanístico, um direito claro e lógico dos cidadãos livres de qualquer lugar do mundo, inclusive dos que vivem nessa parte de cá da linha do Equador, onde se situam países como o Brasil: é um dever.
O dever de formar, informar, opinar e criticar é sagrado.
Mas como fazer isso num país onde o analfabetismo é uma praga, um cancro, uma doença resistente e de cura difícil?
Como fazer isso num lugar a onde um enorme contingente de eleitores vai às urnas de tempos em tempos para votar por interesses estranhos ao bem comum?
No caso Brasil, pode-se dizer que engatinhamos rumo ao lugar onde a “res pública”, a coisa publica e sua valorização de que falavam os sábios do Direito latino e que tanto sentido fazem para a mudança de uma sociedade que deseje respeito reconhecimento do mundo civilizado.
O nosso país, um país de guerras e conflitos há cinco séculos, como bem nos mostra o Dicionário das Batalhas Brasileiras, de Hernani Donato (1922-2012), ainda não assimilou as lições básicas da democracia reimplantada duas décadas após um golpe que apeou do poder seu representante legítimo, João Goulart, passando, então, a ser regido sob as ordens de um governo militar que fez desaparecer milhares de pessoas que ousaram dele discordar.
No mais nos esquecemos de tudo, e facilmente, até de fatos que nos marcaram a vida de modo profundo, como os 46 anos - completados ontem - da passeata que reuniu de 100 mil a 150 mil pessoas, entre estudantes, professores, pais, padres e freiras na Avenida Presidente Vargas do extinto Estado da Guanabara, exigindo o fim da ditadura e do arrocho salarial.
Mas por que eu falo dessas coisas, da ausência do mínimo básico na vida da gente, do respeito, educação, opinião e crítica que tanto nos faltam?
Esta semana este blog alcançou a marca de 150 mil acessos Brasil e mundo a fora. Desse total, há registradas opiniões e loas de apenas algo em torno de 1% do público que o acessa.
A falta de opiniões e críticas eu considero grave num país de 200 milhões de pessoas.
E um detalhe surpreendente me chamou a atenção na leitura de estatísticas do blog: sou mais acessado na China do que aqui, no Brasil.
Vou virar chinês.
Pela ordem, acessam este blog: China, Brasil, Alemanha e Estados Unidos.
Pode?

quinta-feira, 26 de junho de 2014

PORTUGUÊS DÁ SHOW DE BOLA NO RÁDIO

Imperdíveis as narrativas esportivas da rádio Globo, como imperdíveis são as narrativas esportivas do português João Ricardo Pateiro, que aproveita suas transmissões para fazer paródias de músicas de autores brasileiros, entre eles Jobim/Vinicius, Wando e Roberto Carlos, como durante a peleja Portugal x Gana, ocorrida hoje à tarde no estádio  Mané Garrincha em Brasília, quando a representação do país de Camões obteve “uma vitória amarga” (2x1), nas palavras emocionadas do próprio Pateiro. http://www.youtube.com/watch?v=Yx22UlMitFE
Aproveite e clique também:

ASA BRANCA
Os coreanos perderam hoje para a Bélgica por 1x0 e por isso já estão arrumando as malas para a longa viagem de volta. Em compensação, o meu amigo Osvaldo Mendes, jornalista, autor e ator, recomenda que acessemos o Youtube para nos deleitarmos com a curiosa e bela gravação da toada Asa  Branca (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira). Para isso é só clicar:

quarta-feira, 25 de junho de 2014

UMA NOITE COM PEDRO OSMAR

Cerca de 30 privilegiados assistiram a apresentação musical que o grupo Aguaúna fez ontem à noite no espaço cultural Rio Verde, no bairro paulistano de Pinheiros.
Foram quase duas horas seguidas de puro encantamento, enriquecidas pela performance especial e irretocável dos bailarinos Vinicius Santi e Luciana Beloli, perfeitos nos seus movimentos de improvisação e criatividade absolutamente sintonizados com a profusão de sons extraídos com beleza e categoria de instrumentos de cordas, sopro e percussão.
Batidas de pés no chão e ruídos diversos serviram de introdução ao inesquecível espetáculo.
A afinadíssima viola caipira do multi-instrumentista Pedro Osmar – uma lenda da música experimental paraibana - e a cítara encantada do paulistano Rico Venerito funcionaram como, digamos, uma espécie de marcação para o pessoal do Aguaúna deitar e rolar com incrível originalidade.
O Aguaúna tem na sua formação musical, além do seu criador Pedro Osmar e Rico Venerito – guardem esse nome -, os craques Fabio Negroni, Celio Barros e Guegué Medeiros.
A apresentação do Aguaúna é sempre uma fantástica viagem pelo país dos sonhos.
Viva o genial Pedro Osmar e sua trupe! 
Para saber quem é Pedro Osmar, clique:

segunda-feira, 23 de junho de 2014

CAMARÃO FRITO É BOM...

Hoje, no final da tarde, no estádio Mané Garrincha em Brasília, a seleção brasileira de futebol entra em campo em disputa pela vitória contra a seleção camaronesa, já desclassificada da Copa por perder para a Croácia e México por 4x0 e 1x0, respectivamente. Mas o técnico Volker Finker, promete surpresa nessa despedida.
A nossa seleção, que até aqui teve uma atuação pífia nos gramados, joga a centésima partida pela Copa do Mundo. Desde a sua primeira participação nesse evento, em 1930, faturamos 68 partidas e fizemos 213 gols. Nesse período, foram escritos centenas de livros (acima, um exemplo) e compostas milhares de músicas que abordam o tema futebol, como Brasil, o País do Futebol, que fiz com Jarbas Mariz (clique sobre a imagem).
Aliás, pergunto: cadê as novas músicas sobre a Seleção Canarinho? Estamos sem trilha sonora...
Em 1934, na Itália, a seleção brasileira foi eliminada da Copa logo na primeira partida contra a Espanha, por 3x0...
E surpresa por surpresa, viva a seleção da Costa Rica.
Que se cuide Felipão. 
Esse é um jogo de risco. 

domingo, 22 de junho de 2014

VIVA FERNANDO FARO!

É verdadeira a máxima segundo a qual “Notícia boa não vende jornal”, caso contrário os nossos diários matutinos teriam trazido hoje a notícia dos 87 anos de idade do sergipano Fernando Abílio de Faro Santos completados ontem, 21.
Faro, que chama todo mundo carinhosamente de “Baixo”, não é compositor nem instrumentista, mas há 50 anos mexe com música. O programa Ensaio, criado por ele mesmo no começo dos anos de 1970, é exemplo disso. Por isso, e não só por isso, ele faz parte da história da Música Popular Brasileira.
Já tive o prazer de participar do seu Ensaio junto com o cantador Téo Azevedo, em maio de 2001; e mais recentemente de outro programa seu, Mobile http://tvcultura.cmais.com.br/mobile/videos/mobile-45-leo-lama-julio-medaglia-saulo-vasconcelos-e-assis-angelo-07-11-2013.
Viva Fernando Faro!

sábado, 21 de junho de 2014

JORNAIS E JORNALISTAS

O dia 17 de julho de 1973 foi uma terça-feira comum para muita gente, em João Pessoa.
Eu sou de lá e estava lá, acho que como editor de Cidades e colunista do jornal Correio da Paraíba.
Mas para os jornalistas e editores de Política do diário paraibano A União, como Luís Augusto Crispim e Marcone Cabral, aquela terça foi uma terça infernal que se estendeu na vida deles por muito tempo.
A União é um jornal centenário até hoje mantido pelo governo do Estado, que outrora teve entre seus colaboradores ninguém menos do que Augusto dos Anjos publicando seus primeiros poemas.
Naquela terça os leitores de jornal foram surpreendidos com a notícia estampada em manchete de primeira página (acima) dando conta de que o substituto do general-presidente Emílio Garrastazu Médici seria o ministro do Exército Orlando Geisel, quando o correto seria o seu irmão, Ernesto.
Foi um furo, um furo n´água, como a entrevista do tarimbado Mario Sérgio Conti com o ator Wladimir Polomo, que se vira como pode fazendo bicos em eventos sociais por se parecer com o treinador da Seleção brasileira, Felipe Scolari.
A notícia infundada do diário paraibano correu o Brasil rapidamente, deixando o governador Ernani Sátyro tiririca.
A entrevista de Conti com o ator também, mas sem maiores consequências.
Conti é um nome respeitado no jornalismo tupiniquim chegou a ocupar cargos de destaque em empresas importantes, como a que edita a revista Veja; e Fundação Padre Anchieta, que gere a TV Cultura, canal 2.
A entrevista de Conti foi publicada na última quarta, nos jornais Folha de S.Paulo (ao lado) e O Globo.
Apesar disso, Conti se deu bem.
Ah, sim: os jornalistas paraibanos foram sumariamente demitidos e o jornal sem muita credibilidade desde então virou semanal se acha hoje apenas em versão digital, na Internet. Confira:

sexta-feira, 20 de junho de 2014

AINDA TEM SÃO JOÃO NO BRASIL

Em 2004, festa junina na Granja Viana
Mesmo sediando jogos da Copa a Bahia não esqueceu as festas juninas, uma tradição secular ainda muito forte por lá, principalmente no interior.
A Bahia está em festa, viva a Bahia!
É tempo de comemorar – e brincar – com alegria as festas do Senhor São João não só no interior baiano, principalmente, mas em muitos outros lugares do Brasil, como em Caruaru, Aracaju e Campina Grande.
Há dez anos - ou seja, em junho de 2004 - eu, Anastácia, Inezita Barroso e Almir Sater, entre outros, com produção impecável de Darlan Ferreira, animamos o arraiá Santo Antônio da Granja Viana, em São Paulo. Chovia e fazia um frio danado, mas valeu.
Viva São João!

ÚLTIMO CANGACEIRO
O baiano José Alves de Matos, O 25, considerado pelos historiadores como o último celerado do bando de Virgulino Ferreira, morreu em Maceió domingo passado de insuficiência respiratória, aos 97 anos de idade. Ele foi também o último marginal a entrar no bando, em dezembro de 1937, poucos meses antes de Lampião ser morto numa emboscada no sertão de Sergipe. Era servidor público aposentado de Maceió.
O penúltimo cangaceiro a morrer foi o pernambucano de Buíque Manuel Dantas Loyola, O Candeeiro, também aos 97 anos. Após deixar o bando, Candeeiro casou´se, teve três filhos e viveu como comerciante ().
Para lembrar o bando, clique: 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

DOMINGUINHOS, O FILME

Dominguinhos é um retrato bonito do compositor e instrumentista pernambucano José Domingos de Morais (1941-2013), feito com profissionalismo, dedicação e carinho para o cinema por Mariana Aydar, Eduardo Nazarian e Joaquim Castro. Tem começo, meio e fim bem resolvidos com imagens raras de arquivos e cerca de uma hora e meia de duração. Convence.
As imagens do sertão de cactos, de vaqueiros, pés rachados e terra seca que aparecem no filme são muito simples, em preto e branco, emocionantes, incríveis. E nem é preciso ser de lá para sentir o impacto da saudade provocado por isso.
A cena que encerra o filme, com Dominguinhos tocando sanfona com o acompanhamento de uma orquestra é de um lirismo que encanta e surpreende.
Viva Dominguinhos!
Clique:
E clique também:
https://www.youtube.com/watch?v=gKVavm_QiZ4

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A MAROLINHA DE JUNHO

O dia 18 de junho de 2013 amanheceu com jornais de boa parte do mundo trazendo em manchetes a notícia de que centenas de milhares de pessoas ocuparam no dia anterior ruas e avenidas de pelo menos 12 das 27 capitais brasileiras, incluindo o centro das decisões políticas do País, Brasília.
O francês Le Monde (ao lado) e tantos outros, como o londrino The Guadian e o norte-americano The New York Times, destacaram que foram vários os motivos que levaram os brasileiros a irem às ruas para mostrar sua insatisfação com os governos das três esferas, e não só os gastos com a Copa, a má administração com a coisa pública e a violência urbana que está banalizando a vida e levando o Brasil ao caos.
O espanhol El País foi um pouco mais longe, lembrando que, os manifestantes "saíram do Facebook e tomaram as ruas do Brasil como não se via desde o fim da ditadura, quando o povo exigia democracia, ou os protestos contra o presidente Fernando Collor".
As manifestações receberam o  apoio de mais de 80% dos brasileiros, segundo pesquisas de opinião pública
Muitas publicações, e também emissoras de rádio e televisão, compararam as manifestações brasileiras com as manifestações do povo em países árabes.
Mas como se vê um ano depois, dois filmes https://www.youtube.com/watch?v=Waq1Qh67W_A e algumas músicas, tudo não passou de marolinha, como diria o esperto e experiente Lula da Silva.
Fica o registro.

SÉRGIO RICARDO 
O mariliense Sérgio Ricardo, um dos nossos mais importantes artistas, completa 82 anos de idade.
Viva Sérgio!
E daqui segue o meu abraço.
Clique para saber um pouco da sua história:

LATERIT

segunda-feira, 16 de junho de 2014

CIRCO DO POVO

O Programa Sílvio Santos (comigo aí ao lado) é o mais duradouro, alegre e longo da televisão brasileira. O seu apresentador, dono do SBT, vai ao ar invariavelmente aos domingos, às 20 horas, e termina quase sempre depois da meia-noite como ontem, quando deixou a telinha para dar vez a Marília Gabriela com seu ótimo De Frente Pra Gabi, já aos 25 minutos de hoje.
É muito fôlego.
Durante as horas todas que Sílvio está no ar é só alegria, com algumas bizarrices.
Acompanhando-o lembrei do estudioso da cultura popular Luís da Câmara Cascudo me dizendo numa das vezes que estive na sua casa da importância de Chacrinha como palhaço da nossa televisão.
Eu gostava do Chacrinha, a quem cheguei a entrevistar uma vez.
Mas Chacrinha era meio autoritário e fazia de seus calouros gato e sapato.
Sílvio, não.
Sílvio brinca no ar com seus convidados e com a enorme plateia feminina que o acompanha há décadas como se estivesse em casa, diferentemente do que fazia o Chacrinha, que era meio bronco.
Ontem mesmo, lá pras tantas, sempre rindo Sílvio disse que vai se aposentar no próximo ano com Raul Gil e Inezita Barroso e juntos vai criar “um asilo de velhinhos”.
Quem ousaria dizer isso nestes tempos de negação de idade e perseguição pelo corpo perfeito, hein?
E novamente lá pras tantas ele inventou de brincar com uma gravadora inexistente que só contrata artista porreta; um deles, talento novo recém-descoberto: Jorge Veiga (1910-79), cuja voz ressoou cantando em disco de 78 rotações a marchinha Eu Quero é Rosetar, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira para o carnaval de 1947, mas censurada pelo governo Vargas. Logo depois foi a vez de o público e telespectadores ouvirem Moreira da Silva (1902-2000) cantar Amigo Urso, de Henrique Gonçalves, gravada em 1941.
Claro, a fiel plateia do apresentador desconhecia completamente essas duas músicas.
A parte bizarra do programa ontem ficou por conta da apresentação de uma seminua, o que levou o apresentador a se esbaldar.
O Programa Sílvio Santos é o circo do povo e ele próprio o grande palhaço.
Viva Sílvio, que nada tem a ver com os faustões da vida!
Clique:

MARACANÃ, 64
O Maracanã, palco da derrota histórica da Seleção Brasileira para a Seleção do Uruguai em 1950, foi inaugurado num dia – e mês - como o de hoje, há exatos 64 anos. Fica o registro. Detalhe pra mim incompreensível: se no Maracanã coube cerca de 200 mil pessoas para testemunhar a derrota dos canarinhos na trágica tarde de 16 de julho de 50 por que hoje lá cabem só setenta e poucos mil?
Confira o placar daquele dia, clicando:
http://www.youtube.com/watch?v=Uw4OQIbShCY

NOTA TRISTE

Hoje faz uma semana que partiu para a Eternidade o rondonopolense Francisco Garcia Souza, que os amigos chamavam Chiquinho. Tinha 47 anos de idade. Hoje na Igreja São Judas Tadeu, na Avenida Jabaquara, zona Sul da cidade, às 20 horas, será celebrada missa de Sétimo dia em louvor a sua alma. Nossos pêsames e que descanse em paz. 

sábado, 14 de junho de 2014

BELA SEXTA 13


Ontem, sexta 13, de lua cheia e tudo, foi um dos melhores dias que vivi neste ano de Copa e eleições quase gerais.
Na verdade, essa sexta começou dias antes quando o meu amigo escritor e vice-presidente de honra e direito do Instituto Memória Brasil Roniwalter Jatobá me convidou para dá cabo de um atrevido e saboroso cabrito no centenário restaurante Guanabara, fincado bem ali no vale encantado do Anhangabaú no centro velho da capital paulista.
Tarde maravilhosa (registro ao lado).

ROGÉRIO BELDA
Conheço pessoas brilhantes, como Peter Alouche, Paulo Benites, Plínio Assmann – primeiro presidente do Metrô paulistano – e Rogério Belda. Em comum entre eles, além da inteligência, a profissão de engenheiros.
Belda não gostou do que viu na abertura da Copa da Fifa, no Itaquerão.
Indignado, ele nos manda a mensagem que se segue, com a qual concordo plenamente:  
“Cconfesso, fiquei chateado com a abertura da Copa. A coreografia apresentada para o mundo que tentava mostrar o Brasil era pobre, insossa e beirava ao ridículo. A nossa diversidade cultural que é VIVA, ALEGRE e ESPONTÂNEA foi representada por uma palidez mórbida, plastificada. O Brasil precisa mostrar para dentro e para fora sua verdade cultural: festas juninas, carnavais, folguedos, bumbas-meu-boi, reisados, capoeira, frevo, maracatu, afoxê, coco, ciranda, samba... Temos grandes coreógrafos e a Marques de Sapucaí é prova viva disso. Agora, sobre a música que representa a Copa do Brasil, tenho a dizer: um arranjado vergonhoso. Sonoridade medíocre que não tem nada a ver com a gente. Será que temos que carregar a vida toda esse complexo de vira-latas e sermos carne de segunda??? O Brasil precisa levantar o astral, ter orgulho do nosso universo criativo. Somos únicos no que somos!!! Pra que chamaram uma belga se temos Paulo Barros, Debora Colker, Paulo Pederneiras e muitos outros profissionais experientes com competência garantida? Oh, Dona Fifa, autoritarismo está fora de moda. É tempo do mundo enxergar a diversidade do planeta. Mais respeito com nossa gente!!!”.

TATI FRAGA
Logo mais às 20 horas na Rua Araújo, 154, no centro de Sampa, a poeta Tati Fraga dará o ar de seu talento interpretando um monólogo. A entrada é franca e nada mais digo para não estragar a surpresa. Eu vou, você vai?

MARLENE

Marlene e Emilinha Borba foram duas cantoras que marcaram presença forte na chamada Era do Rádio. Marlene partiu ontem para uma viagem sem volta. Emilinha, responsável pela gravação original do baião Paraíba, da dupla Luiz Gonzaga-Humberto Teixeira, em 1950, partiu antes, no dia 3 de outubro de 2005. 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

HOJE É DIA DE SANTO ANTÔNIO

Junho é o mês em que as orquídeas e as hortênsias florescem. 
Junho é também o mês do Sagrado Coração de Jesus e em que se comemora em todo o mundo cristão o Dia de Corpus Christi; ou Corpo de Cristo, como indica a expressão latina. Nesse mês, e sempre na primeira quinta-feira depois do domingo da Santíssima Trindade, o povo, em levas, vai às ruas criar tapetes em areia ou serragem com motivos religiosos. O clima é bom, bonito, de festa; de festa do Espírito Santo, de Pentecostes, da Vida, do Renascimento, que lembra a entrada de Cristo em Jerusalém e a passagem triunfal da Eucaristia. A tradição começou na Bélgica medieval do século 13 — tempos iniciais da inquisição. 
Mas junho — de Juno, deusa-mulher de Júpiter, senhora do Olimpo e regente do céu e da terra, segundo a mitologia greco-romana — registra também o Dia Mundial Contra a Agressão Infantil, o Dia da Liberdade de Imprensa, o Dia do Intelectual, o Dia dos Artistas Líricos, o Dia do Pescador, o Dia dos Discos Voadores, o Dia Nacional de Anchieta, que morreu em Reritiba, ES, em 1597; e o Dia dos Namorados.
o Dia dos Namorados tem origem no século 3, quando um padre de nome Valentim desafiou o imperador Cláudio ao incentivar namoro e promover casamentos aos montes, por achar que homem casado era menos homem do que homem solteiro. O solteiro, segundo ele, era melhor, mais macho, nos campos de batalha. A ousadia de Valentim custou-lhe a vida. Mas antes de ser executado num 14 de fevereiro, havia se apaixonado irremediavelmente por uma cega filha de um de seus carcereiros. O padre, que virou santo, teria obrado o milagre de fazer sua amada ver as cores da vida e a luz do dia.
Quatorze séculos depois, os ingleses e os franceses gostaram da história e passaram a comemorar o Dia de São Valentim como o Dia dos Namorados. Detalhe: o padre deixou uma carta à amada, assinando-se: "Seu namorado". Mais: Valentim foi morto na véspera dos lupercais, como eram chamados os festivais romanos que homenageavam a deusa Juno, da fertilidade, da luz, do parto, do casamento, da sabedoria feminina, dona de Júpiter e profana por natureza. Cem anos depois, foi a vez de os Estados Unidos também pegarem carona nessa história de amor e morte. 
No Brasil, o Dia dos Namorados não tem nada a ver com a história do valente padre.
Por cá tudo começou em 1949, quando o publicitário João Dória teve a ideia de movimentar o comércio.
Hoje o Dia dos Namorados só perde, em faturamento, para o Dia das Mães e para o Natal. 
Para criar o Dia dos Namorados, Dória teria se inspirado na pessoa de Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, que outro não é senão o nosso Santo Antônio, O Casamenteiro.
Fernando – ou Antônio - nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 15 de agosto de 1195, e foi morto em Pádua, Itália, no dia 13 de junho de 1231.
É ele quem abre, tradicionalmente, no dia 13 de junho, as festividades juninas. 
Uma perguntinha: você sabe a razão de Antônio não ter se casado e mesmo assim ser chamado Casamenteiro?
Outra: por que coração apaixonado dispara, fica doido e provoca respiração ofegante, tremores e calafrios incontroláveis nas suas vítimas? Bem, especialistas garantem que toda essa loucura deve-se a alguns tipos de substâncias, como dopamina, adrenalina e noradrenalina, tudo nome feminino, como se vê: dona dopamina, dona adrenalina.

COPA
Achei pra lá de brega e baixo o nível da abertura da Copa do Mundo ontem à tarde no Itaquerão. A trilha sonora ficou a desejar, não representando, a meu ver, a enorme riqueza musical do nosso País.  

GERMANO MATHIAS
O excepcional Germano Mathias, que no último dia 2 fez 80 anos, interpreta hoje, na Choperia do Sesc Pompéia, o repertório do seu novo disco, Meu Samba é de Futebol. Acompanham-no: Luizinho 7 Cordas (violão), Allan Abadia (trombone), Rodrigo Nogueira (cavaquinho), Balto Silva (surdo), Marcelinho Barro (pandeiro) e Cassiano Lima (percussão geral).

quinta-feira, 12 de junho de 2014

A BOA RELAÇÃO ENTRE FUTEBOL E MÚSICA


Mexendo no acervo do Instituto Memória Brasil encontrei algumas centenas de músicas que tratam do binômio futebol/música.
A temática é apropriada para o período excepcional que o País passa a viver a partir de hoje e até o dia 13 de julho.
Além das músicas gravadas em todos os formatos de disco, também localizei nas prateleiras do IMB álbuns de figurinhas, livros, partituras, jornais, revistas e fotos de época relacionados a times e jogos de futebol desde os primeiros anos do século passado.
Os craques de 1958
No acervo encontrei ainda uma formidável coleção de caixinhas de fósforos de papelão estampadas com retratos dos jogadores brasileiros que integraram a Seleção e ganharam a Copa de 1958.
São incontáveis as músicas que fazem alusão direta ao futebol, e entre elas há verdadeiras obras-primas.
São inúmeros também os compositores que se dedicaram à tarefa de exaltar os nossos times de futebol e a própria Seleção desde a Copa da Suécia.
Em 1994, o cartunista maranhense Fortuna https://www.youtube.com/watch?v=pSZ2bneKNJQ fez, a meu pedido, um desenho com uma seleção de verdadeiros craques da bola (abaixo).
Mas, lamentavelmente, obras-primas como as de passado recente já não se fazem mais, inclusive porque vários gêneros musicais estão extintos, como as marchinhas.Apesar de tudo, posso dizer que fui o primeiro autor a registrar em livro (ao lado) a relação direta entre a nossa música popular e o futebol nacional.

http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/cultura/noticias/arqs/2014/06/0022.html

Nessa Copa de 2014 nenhuma música significativa foi composta. O que se ouve nas emissoras de rádio e televisão Brasil a fora são jingles, das próprias emissoras e do banco patrocinador, Itaú. Hoje o Darlan Ferreira postou via Youtube uma música de sua autoria em parceria com Wagner di Paula em homenagem não propriamente à Copa ou à Seleção Canarinho, mas a brasileiros ilustres de todos os ramos sociais, como o sanitarista Cruz, Pixinguinha, Villa-Lobos, Paulo Vanzolini e Luiz Gonzaga. É um rock.
Lá atrás, eu e Jarbas Mariz enaltecemos numa canção (partitura ao lado) os pentacampeões. Clique: https://www.youtube.com/watch?v=QeJpnh8QN8k


quarta-feira, 11 de junho de 2014

METRÔ, FIFA E TRADIÇÔES

Amanhã, Dia dos Namorados e véspera da abertura do ciclo junino, o Itaquerão será palco da inauguração da Copa 2014 gerenciada pela Federação Internacional de Futebol.
O evento começa às 15h15 e o primeiro jogo (Brasil x Croácia), às 17 horas.  
Essa é a segunda vez que o Brasil sedia os jogos da Copa; a primeira foi em 1950, entre os dias 24 de junho – Dia de São João - e 16 de julho, com partidas disputadas em seis estádios – ou arenas, como se diz hoje - que já estavam prontos em seis unidades federativas diferentes do País, a custos não exorbitantes ou superfaturados como indicam as denúncias.
O governo da época era o de Getúlio Vargas.
Cerca de 200 mil pessoas (oficialmente, 199.854) viram, em silêncio, o Brasil perder para o Uruguai por 1x2, gols de Friaça-BRA aos 2´, Schiaffino-URU aos 21´e Ghiggia-URU aos 34´do 2º tempo.
Para a realização da Copa deste ano, estima-se que o erário público brasileiro foi sangrado em pelo menos 26 bilhões de reais, o dobro do que custaram as Copas da Alemanha e África do Sul, juntas.
Na África, o legado deixado pela Fifa foi uma gigantesca coleção de elefantes brancos.
Mas o Brasil é mesmo um país incrível, diferente de todos.
Mês passado um diretor comercial da rádio Globo me contou que a Rede Globo de Televisão estava indecisa quanto à questão se entraria de cabeça ou não na cobertura da Copa, mesmo com vultoso contrato de patrocínio exclusivo já assinado com o Itaú.
Essa questão perdurou até duas semanas atrás quando, então, a Globo resolveu entrar com tudo e o resultado é o que se vê.
Os fatos de fato mostram que somos um país do improviso, onde tudo se conclui minutos antes do prazo previsto.
Invadem o nosso País, nos roubam e ainda rimos.
Os invasores chegam mandando em tudo e quebrando até as nossas tradições, como as festas juninas, e deixamos tudo por isso mesmo.
Há mais ou menos um mês, o secretário da Cultura de São Paulo, Juca Ferreira, me garantiu que o ciclo junino este ao não seria quebrado.
Pois é.
Há 20 anos eu, modéstia à parte, realizava uma bela exposição retrospectiva sobre a Copa do Mundo numa das estações do Metrô paulistano http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/6/18/cotidiano/24.html e lançava, gratuitamente, um livrinho mostrando ligação intrínseca do futebol com a nossa música. Três edições depois A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira está esgotado (reprodução da capa aí ao lado).
Houve um tempo que o Metrô de São Paulo dava mais importância à questão cultural.


O O BRASIL PERDEU HOJE a graça do genial Max Nunes. Ele morreu na cidade onde nasceu, Rio de Janeiro, aos 92 anos de idade, ele era humorista, redator e roteirista de programas de rádio e televisão, sucesso desde fins dos anos de 1940l num dos programas que criou para o rádio, Balança mas não cai, revelou os atores Paulo Gracindo e Brandão Filho, que por muito tempo encarnaram os personagens Primo Rico e Primo Pobre na Rádio Nacional. Como compositor popular, Max Nunes é um dos autores de Bandeira Branca. Eu o conheci há uns 20 anos, quando Jô Soares me convidou para participar do seu programa no SBT (registro abaixo). Ele era uma figura incrível, marcante pela inteligência, sensibilidade e humildade. O seu nome completo era Max Newton Figueiredo Pereira Nunes. 

terça-feira, 10 de junho de 2014

NO RODA VIVA, JUCA KFOURI

Roda Viva continua sendo o mais importante – e longevo – programa jornalístico da televisão brasileira desde o início da segunda parte de 1986. O seu conteúdo, que abarca os mais diversos temas – da música à política, da economia à religião – é, sem dúvida, de relevante interesse da social.
Por esse programa, levado quase sempre ao vivo todas as segundas-feiras, já passaram grandes personalidades, como Luís Carlos Prestes, Ayrton Senna, José Saramago, Fidel Castro, Hebe Camargo, Tinhorão, Lula, Serra e Betinho, entre centenas de outros expoentes da vida nacional e internacional.
Participei algumas vezes – uma dúzia – entrevistando José Genuíno no seu primeiro mandato como deputado federal; Mário Lago, Sérgio Cabral, Inezita Barroso...
Ontem o Roda estava imperdível, com o craque do jornalismo esportivo Juca Kfouri criticando cartolas, como Ricardo Teixeira e João Havelange, denunciados por ele como corruptos, e apontando com invejável conhecimento e segurança os erros e mazelas da Copa de futebol da Fifa que pela segunda vez se realizará em nosso País a partir da próxima quinta-feira.
Juca fez ontem novos gols de placa.
Confira, clicando:

VICTOR HUGO
A propósito do texto que postei ontem aqui neste espaço, recebi do sábio poeta Pedro Nordestino (acima em foto histórica, comigo e o saudoso Paulo Vanzolini) a seguinte mensagem:
- Os "desaparecidos" me lembra a poesia de Victor Hugo OCEANO NOX que fala dos marinheiros desaparecidos nos mares e oceanos, e que só voltam com vozes angustiantes nas ondas gigantes que se chocam nas rochas e praias:

Oh! combien de marins, combien de capitaines
Qui sont partis joyeux pour des courses lointaines,
Dans ce morne horizon se sont évanouis?
Combien ont disparu, dure et triste fortune?
Dans une mer sans fond, par une nuit sans lune,
Sous l'aveugle océan à jamais enfoui?
Combien de patrons morts avec leurs équipages?
L'ouragan de leur vie a pris toutes les pages
Et d'un souffle il a tout dispersé sur les flots!
Nul ne saura leur fin dans l'abîme plongée,
Chaque vague en passant d'un butin s'est chargée;
L'une a saisi l'esquif, l'autre les matelots!
Nul ne sait votre sort, pauvres têtes perdues!
Vous roulez à travers les sombres étendues,
Heurtant de vos fronts morts des écueils inconnus
Oh ! que de vieux parents qui n'avaient plus qu'un rêve,
Sont morts en attendant tous les jours sur la grève
Ceux qui ne sont pas revenus !une.

PEDRO MONTEIRO

De outro poeta, Cícero Pedro de Assis, recebi: 

Foi com muita tristeza que li no seu blog que o grande poeta pernambucano
radicado em Campina Grande, na Paraíba, Manoel Monteiro, passou-se para o plano
espiritual. Ausente o magnífico vate, o nosso cordelismo sofreu mais uma enorme perda.  Eu tenho o prazer de ter publicado poemas cordelísticos em contracapas de folhetos dele, com quem mantive correspondência por alguns anos. Estão indo embora os baluartes de nossa rica cultura popular nordestina, nos deixando profunda saudade, seu maravilhoso trabalho e muita recordação! Que Deus acolha o nosso querido vate, que viveu entre nós 77 proveitosos anos!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

DESAPARECIDOS

O desaparecimento do poeta pernambucano Manoel Monteiro me fez lembrar o sumiço atabalhoado de outro poeta, o cearense filósofo, músico e também poliglota Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes http://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/12/divina-tragedia-de-bbelchiorb.html, de papo bom e bom de vinho que um dia, para os padrões vigentes de bom comportamento social, pirou.
O sumiço de Manoel e Belchior (aí ao lado, comigo num programa de rádio) também me levou a rememorar o desaparecimento de Vandré, que para surpresa de muitos localizei e o entrevistei para o extinto suplemento dominical Folhetim, do jornal Folha de S.Paulo, em 1978 em que ele dizia que seu personagem estava morto; afirmação, aliás, que repetiria noutras ocasiões.
Porém desaparecimentos de cidadãos não são fatos isolados.
O escritor russo Tolstoi, por exemplo, que nasceu em 1828 e morreu em 1910, abandonou tudo para viver entre ovelhas e camponeses no interior de seu país.  
O norte-americano Salinger foi outro que trocou a vida social e decerto cômoda pelo silêncio do isolamento dentro da sua própria casa em New Hampshire, EUA, onde morreu em 2010 aos 91 anos de idade arrependido talvez, por ter escrito uma das obras-primas da literatura universal, O Apanhador no Campo de Centeio.
Diariamente somem, em média, 15 pessoas em São Paulo; e, em todo o País, mais de 200 mil por ano.  
E para isso não há só um motivo: há vários.

EDUCAÇÃO
Um dado alarmante me chega ao conhecimento: apenas 12,4% das escolas de ensino fundamental e médio de São Paulo têm bibliotecas; e três entre dez têm laboratório de ciências.
Sem comentário, não é? 

domingo, 8 de junho de 2014

TRISTEZA MATA POETA MANOEL

Uma pessoa recebeu ontem lamentável notícia, que a passou para outra, para outra, outra e outra mais até chegar ao conhecimento de Arievaldo Viana, que a repassou para Jorge Mello, que me repassou, enfim: morreu o cordelista pernambucano Manoel Monteiro, um dos mais antigos e ativos profissionais do gênero.
Manoel tinha 77 anos de idade e vivia na capital paraibana desde 1955.
Ele era ídolo das novas gerações de craques do cordel, como os já referidos Jorge e Arievaldo, Klévisson Viana e Marco Haurélio, entre muitos outros.
Há alguns anos Marco deslocou-se de São Paulo para entrevista-lo na Paraíba, voltando exultante com as respostas obtidas do poeta. “Ele é incrível!”, resumiu.
Manoel Monteiro, que deixa um rico legado de folhetos, estava desaparecido desde o dia 30 de maio último.
O seu corpo foi encontrado ontem, três dias depois de registrar entrada num hotel de Belém, capital do Pará.
Seus familiares dizem que ultimamente o poeta andava triste, macambúzio, dizendo que já vivera muito e que já fizera tudo o que tina de fazer.
Na verdade, ele andava meio adoentado e passando por dificuldades financeiras.
O corpo de Monteiro será sepultado amanhã, em Campina.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

TUDO DE BOM PARA OSWALDINHO

Iniciadas ontem terminaram hoje, depois das 4 da manhã, as comemorações pelo aniversário de nascimento do instrumentista e compositor carioca Oswaldinho do Acordeon.
A festa foi pilotada pelas produtoras culturais Sara, Samanta e Andrea Lago.
Dezenas de amigos e artistas das mais diversas tendências musicais (aí ao lado, no clic de Darlan Ferreira) se alternaram madrugada adentro no palco da badalada casa de forró da noite paulistana Canto da Ema, do empresário e apresentador de programa de rádio Paulo Rosa.
Entre os artistas que foram abraçar Oswaldinho e cantar estiveram Waldonys, Meninão e Lucy Alves, que se deslocaram de Fortaleza, Rio de Janeiro e João Pessoa, respectivamente, especialmente para o evento, que foi aberto pontualmente â meia noite pelo Trio Sabiá.
Centenas de casais dançaram e aplaudiram as performances de Anastácia, Cezar do Acordeon,  Marcelo Janeci, Socorro Lira, Janaina (Bicho de Pé), Chanbinho, Tato Cruz, Marcelo Mimoso, Pablo Moura, Olívio Filho, Joquinha do Acordeon, Trio Virgolino e grupo Ó do Forró, entre outros.
Tudo transcorreu em clima de tranquilidade e alegria.
Oswaldinho nasceu no dia 5 de junho de 1954.

COPA
Amanhã, às 13 horas, será instalado um enorme banner com motivos à Copa de futebol que será aberta na próxima quinta-feira no Itaquerão, cá na capital paulista. O banner (aí ao lado, a reprodução), que traz a assinatura do craque do cartum Paulo Caruso, será instalado no muro da Associação Amigos da Praça Benedito Calixto, ali no bairro de Pinheiros.
A iniciativa é do agitador cultural Edson Lima, do projeto O Autor na Praça.

           

quinta-feira, 5 de junho de 2014

DA SALA DE REBOCO Â SALA DE CONCERTO

Há quem eventualmente possa pensar que a cidade de São Paulo parou hoje por causa do grande aniversariante. Quem pensou isso poderia estar certo, mas não. A cidade praticamente parou por causa da greve dos metroviários e piorou em razão dos braços também cruzados dos “marronzinhos”, como são chamados os profissionais que ajuudam a por ordem no trânsito.
Embora carioca, o aniversariante nasceu no dia em que todos os paulistas e paulistanos comemoravam com os cariocas, inclusive, o quarto aniversário de fundação de Sampa, título, aliás, de uma canção do baiano Caetano.
Mas estou falando é de Oswaldinho do Acordeon, que com o seu instrumento passeia com facilidade por qualquer ritmo, do forró à bossa nova, do samba ao maxixe, chorinho, polca, arrasta-pé etc.
Oswaldinho é o sanfoneiro mais novo dentre seus velhos mestres e amigos Luiz Gonzaga, Sivuca, Mário Zan, Dominguinhos e Dante D´Alonzo, hoje inexplicavelmente esquecido no interior de São Paulo.
Oswaldinho tão incrível quanto o pioneiro Giuseppe Rielli em gravação de disco tocando sanfona no Brasil, como, aliás, o ídolo de Gonzaga, o mineiro Antenógenes Silva.  
Um detalhe que a história torna curiosa: fazendo 60 anos junto com Oswaldinho estão nove músicas do repertório gonzagueano, entre elas Canção do Carteiro, Cartão de Natal, Olha a Pisada e Noites Brasileiras, sua e do seu conterrâneo médico Zé Dantas.
A festa é hoje ali no Canto da Ema, vamos?
Viva Oswaldinho!
Clique:

quarta-feira, 4 de junho de 2014

FESTA NO CANTO DA EMA

Nascido no ano do quarto centenário de fundação da cidade de São Paulo em 1954, pelos padres jesuítas Nóbrega e Anchieta, o carioca de Caxias Oswaldo de Almeida e Silva, conhecido e reconhecido nacional e internacionalmente por Oswaldinho do Acordeon, reúne amigos para comemorar seu aniversário amanhã à noite na casa de forró Canto da Ema, que fica ali na Brigadeiro Faria Lima, 364, Pinheiros.
Oswaldinho, que nasceu da união de dona Noêmia e seu Pedro, subirá ao palco para tocar ao lado de Anastácia, Socorro Lira, Lucy Alves – que virá de Campina Grande especialmente para o evento como Waldonys, que virá de Fortaleza pilotando um avião particular -,Cezar do Acordeon (acima comigo e Oswaldinho) Eduardo Araújo, Marcelo Janeci, Tato Cruz, Jarbas Mariz, Chambinho, Trio Virgulino, Trio Macaíba, Trio Sabiá e Ó do Forró, entre outros artistas e grupos musicais.
O pai de Oswaldinho foi o artista primeiro a criar uma casa de forró na capital paulista https://www.youtube.com/watch?v=VNbxthjiEjQ, isso nos fins dos anos de 1950, na região do Ipiranga, zona Sul da cidade.
Pedro de Almeida e Silva, que ficou conhecido por Pedro Sertanejo https://www.youtube.com/watch?v=3l7p0xYZPGw, um ás da sanfona e do forró amigo do rei do baião, Luiz Gonzaga, que, aliás, foi quem o orientou e incumbiu de criar ambientes para se dançar os ritmos musicais do Nordeste em São Paulo.
Pedro foi também a primeira pessoa a eletrificar uma sanfona; no caso, do filho Oswaldinho, hoje considerado uma dos mais completos executores desse instrumento.
Oswaldinho do Acordeon começou a gravar discos com 12 anos de idade e é formado por uma escola de música em Milão, Itália.
Vamos nos agendar para aplaudi-lo amanhã no Canto da Ema?

SAPIRANGA


Amanhã às 19:30 horas estarei participando de um espetáculo musical com entrada franca no Memorial da América Latina, ao lado do músico Sapiranga e sua banda mais e o sanfoneiro Pablo Moura, que deverá me perseguir na declamação de um ou dois poemas de Patativa do Assaré. Após essa aventura seguirei para uma prosa no palco do Canto da Ema. 

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