O
desaparecimento do poeta pernambucano Manoel Monteiro me fez lembrar o sumiço
atabalhoado de outro poeta, o cearense filósofo, músico e também poliglota Antônio Carlos
Gomes Belchior Fontenelle Fernandes http://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/12/divina-tragedia-de-bbelchiorb.html,
de papo bom e bom de vinho que um dia, para os padrões vigentes de bom
comportamento social, pirou.
O
sumiço de Manoel e Belchior (aí ao lado, comigo num programa de rádio) também me levou a rememorar o
desaparecimento de Vandré, que para surpresa de muitos localizei e o
entrevistei para o extinto suplemento dominical Folhetim, do jornal Folha de
S.Paulo, em 1978 em que ele dizia que seu personagem estava
morto; afirmação, aliás, que repetiria noutras ocasiões.
Porém
desaparecimentos de cidadãos não são fatos isolados.
O
escritor russo Tolstoi, por exemplo, que nasceu em 1828 e morreu em 1910, abandonou
tudo para viver entre ovelhas e camponeses no interior de seu país.
O
norte-americano Salinger foi outro que trocou a vida social e decerto cômoda pelo
silêncio do isolamento dentro da sua própria casa em New Hampshire, EUA, onde
morreu em 2010 aos 91 anos de idade arrependido talvez, por ter escrito uma das
obras-primas da literatura universal, O Apanhador no Campo de Centeio.
Diariamente
somem, em média, 15 pessoas em São Paulo; e, em todo o País, mais de 200 mil
por ano.
E
para isso não há só um motivo: há vários.
EDUCAÇÃO
Um
dado alarmante me chega ao conhecimento: apenas 12,4% das escolas de ensino
fundamental e médio de São Paulo têm bibliotecas; e três entre dez têm laboratório
de ciências.
Sem
comentário, não é?
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