Pardinho, de batismo Antônio Henrique de Lima, nasceu no município paulista de São Carlos em 14 de agosto de 1932. São Paulo estava em guerra.
O primeiro disco da dupla Tião Carreiro e Pardinho foi lançado em 1956. De um lado trazia a moda de viola Boiadeiro Punho de Aço, de Teddy Vieira e Pereira; do outro, o cururu Cavaleiros de Bom Jesus, de Teddy Vieira e João Alves Mariano. Esse disco passou batido pela crítica, mas outros vieram, despertando a atenção de todo mundo.
Em 1960, Tião e Pardinho lançaram um novo ritmo musical: o pagode.
Pagode em Brasília, além de marcar a vida da dupla, fez grande sucesso no País. Essa música, feita em homenagem ao novo Distrito Federal, trazia a assinatura de Teddy Vieira (1922-65) e Lourival do Santos (1917-97).
Tião Carreiro conheceu Teddy Vieira um ano antes de gravar o primeiro disco. E logo os dois fizeram amizade.
Teddy era diretor da gravadora Continental.
A vida de José Dias Nunes e Antônio Henrique de Lima não foi fácil. Ambos tiveram uma infância puxada, mas muito cedo sabiam o que queriam: ser artistas. E assim foi.
É longa a discografia de Tião e Pardinho. Porém, a relação pessoal dos dois não era das melhores. Brigavam com muita frequência e se separaram algumas vezes.
Tião recebeu grande influência de Tonico e Tinoco.
Pardinho teve muita influência de Florêncio, da dupla com Torres. Em 1994, participei da série musical Som da Terra (Continental). Essa série foi lançada nas versões CD, LP e fita-K7, no total de 26 títulos. Assinei encarte e contracapa de todos. Nessa série foram incluídos três volumes com repertório e interpretação de Tião Carreiro e Pardinho e outros três de Tonico e Tinoco. O primeiro volume começa com Cornélio Pires e o último, com Rolando Boldrin.
Em 1934, Getúlio Vargas assinava a terceira Constituição brasileira. Três anos depois, ele decretava o Estado Novo.
A Revolução Constitucionalista, ou Guerra de São Paulo, durou 87 dias e deixou um saldo de mil a dois mil e poucos mortos.
Tião morreu em 15 de outubro de 1993.
Pardinho morreu em 2 de junho de 2001.
O acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) tem todos os discos da dupla Tião Carreiro e Pardinho.
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