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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SEXTA 13, UM BELO DIA DE SORTE

Hoje, sexta 13.
Deu tudo certo pra mim.
Resolvi pendências no Fórum e escapei ileso.
Depois andei pelo Centro e vi a cidade de São Paulo abandonada, com inúmeros indigentes e drogados em geral espalhados pelas ruas e baixios dos viadutos.
Tristes cenas.
Para esse pessoal e para Sampa e Brasil, um dia 13 negativo.
E assim tem sido nos últimos anos.
Gostaria de ver andando pelas ruas, como eu, o prefeito Kassab.
Jânio andava e se impunha como autoridade e cidadão.
Aliás, a meu ver, Jânio, que entrevistei como prefeito nos tempos em que respondi pela chefia de reportagem política do jornal O Estado de S.Paulo, resolvia problemas de ordem pública da cidade.
Kassab, eu noto: prefere o gabinete.
Estilo de governança, timidez ou covardia?
Mas, para mim, este dia 13 foi muito bom.
Revi amigos.
Recebi ótimos telefonemas.
À noite, um do Vandré:
- Tudo bem, Ângelo? Estou sem dormir há quatro dias.
Respondi que a instabilidade climática paulistana não está me fazendo bem.

PARA LEMBRAR
Sexta 13...
Assim eu inicio a Cronologia do livro Dicionário Gonzagueano, de A a Z:
“Nasce na Fazenda Caiçara do todo-poderoso Gualter Martiniano de Alencar, Barão de Exu, o segundo dos nove filhos do casal Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus”.
É como eu disse: só para lembrar.

ANIVERSÁRIO
Agora vou com Andrea e meninos dá um pulinho na Rua Ouro Preto, lá pras bandas da Raposo Tavares, onde nos esperam Marco Mendes e sua companheira Cláudia. Motivo: ele está fazedo, a contragosto, 53 anos; e não vejo razão para isso... Marco é paraibano, cantor, compositor e pintor. Tim, tim!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

LAMPIÃO E BONITA MORRERAM EM SERGIPE

Vera Ferreira, que citei no texto de ontem, manda e-mail ratificando o imperdoável lapso por mim cometido, ao dizer que Lampião foi assassinado em Alagoas.
“Assis meu amigo, como vc está?... Sempre estou acompanhando-o pelo seu blog... Parabéns! Olha só gostaria que fizesse uma retificação, por favor. Você falou que a Grota do Angico onde tombaram meus avós e mais nove companheiros, fica em Alagoas, quando na verdade ela fica em Poço Redondo, Sergipe.
Valeu amigo velho! Cuide-se com carinho!
Cheiros,
Vera”.
Como posso ter falhado nessa informação?
Já escrevi tanto a respeito do cangaço e do casal Lampião/Maria Bonita.
Até um poema do temido bandoleiro pernambucano que agitou a vida sertaneja gravei há um punhado de anos, com acompanhamento à flauta de Toninho Carrasqueira. Esse registro se acha no CD Assis Ângelo Interpreta Poetas Brasileiros.
Como se não bastasse, promovi a uns anos um grande debate público em torno do Rei do Cangaço. Foi num mês como este, no auditório do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito do largo de São Francisco, ao levar a júri simulado a questão: Lampião, bandido ou herói?
Dias antes, o legendário cangaceiro fora absolvido em consulta junto aos usuários da estação Brás da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, CPTM.
No Centro Acadêmico foi condenado a 12 anos.
À época, publiquei no jornal carioca A Nova Democracia:
“A condenação foi abrandada em um terço por ser o réu primário e beneficiário de atenuantes segundo o juiz que presidiu o processo, Antônio Magalhães Gomes Filho, titular de Processo Civil.
O Rei do Cangaço foi levado a júri sob a acusação de ter praticado junto com o seu bando uma chacina em Jeremoabo, na Bahia, no dia 13 maio de 1932. Nessa data tombaram mortas a tiros e a golpes de punhal várias pessoas de uma mesma família. A sentença, baseada na votação do corpo de jurados formado por estudantes de Direito levou em conta que o réu praticou a ação com requintes de crueldade. Cerca de 300 pessoas, incluindo jornalistas, escritores e artistas, assistiram a sessão.
Na sala do júri representou o acusado o ator Alessandro Azevedo, vestido a caráter. A seu lado a atriz Júlia Moura, no papel de Maria Bonita.
Os trabalhos foram desenvolvidos pelo promotor Luis Marcelo Mileo Theodoro e pelo advogado de defesa Alamiro Velludo Salvador Netto.
Antes de encerrar a sessão e elogiar os organizadores do evento, o juiz Gomes Filho disse que o processo pode ajudar a sociedade a refletir sobre as causas da violência no Brasil”.

ANIVERSÁRIO
E já que estamos falando do assunto, outro registro: dona Mocinha, de batismo Maria Ferreira, única irmã viva de Lampião, acaba de fazer 100 anos de idade. Ela mora numa parte pacata de Santana, na capital paulista, e tive o prazer de lhe conhecer pelos passos do meu amigo cangaceiro da pesquisa Antônio Amaury Corrêa de Araújo.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ROUBADO FIGURINO DE MARIA BONITA

Poucos dias após se completarem 72 anos da emboscada que resultou no assassinato de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, na grota de Angico, em Alagoas, e às vésperas da noite de autógrafos dos livros De Virgolino a Lampião (edição patrocinada) e Lampião Bandido ou Herói? (Editora Claridade), ambos de Antônio Amaury Corrêa de Araújo em parceria com Vera Ferreira, neta de Lampião, e Carlos Elydio Corrêa de Araújo, respectivamente, o ator paraibano Alessandro Azevedo, que entre outros personagens incorpora no teatro o famoso cangaceiro, teve o sítio que mantém em Cotia, SP, invadido por desconhecidos que roubaram cópias de objetos de Lampião e o figurino completo de Maria Bonita. Por essa razão, Alessandro compareceu ontem à sessão de autógrafos no Bar Canto Madalena sem a atriz que interpreta a companheira do famoso cangaceiro. E brincou:
- A coisa tá danada por essas bandas de São Paulo! Até Lampião e Maria Bonita estão sendo alvos dos bandidos.
Entre outros artistas, prestigiaram o pesquisador do cangaço Amaury Corrêa o cordelista Franklin Maxado “Nordestino” e o cantor e compositor Chico Esperança.
Franklin, que mora em Vitória da Conquista, BA, está lançando novo folheto: Influência da França no Cordel Brasileiro, que pode ser adquirido através do telefone 75.36.3845 ou do e-mail franklinmaxado@hotmail.com
PS - Na foto acima, feita e nos enviada por Vivian Carvalho, da Acquaviva Promoções e Eventos, aparecem este blogueiro irritado com o roubo do figurino de Maria Bonita e o ator Alessandro Azevedo, intérprete de Lampião no teatro.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

CONVERSA MOLE COM KLÉVISSON VIANA

Faz dois, dois minutos e meio, mais ou menos, que terminei uma conversa de trinta, quarenta minutos, com o poeta popular Klévisson Viana (foto), cearense como o irmão também genial, Arievaldo.
Falamos de muitas coisas e gentes.
Mestre Jô Oliveira, por exemplo.
Do poeta erudito Alouche, também.
De poetas clássicos do universo popular como mestre Azulão, paraibano fundador da Feira de São Cristovão, Rio.
De tantas coisas falamos, entre risadas.
Klévisson também é humorista.
Falamos da Dulce, sua companheirinha inseparável.
Da Andrea.
Da Paraíba, onde estive há poucos dias ao lado de Miguel dos Santos, Bira, Beto, Oliveira de Panelas e Onaldo Queiroga, juiz de Direito apaixonado pela poesia popular e por artistas, como Luiz Gonzaga.
Falamos sobre quadrinhos e do rumo da história no campo dos cordelistas e violeiros.
Falamos da bienal do livro de São Paulo, que ocorrerá ainda este mês.
E falamos também da falta franciscana de grana e dos riscos nas apostas em publicações de livros e folhetos e da necessidade de guardar originais de poetas como o citado Azulão, autor de sete “romances” no formato folheto de 32 páginas.
- e por que não mais, de 64 páginas?
Porque, disse ele, “faltam leitores”.
Poxa...
Falamos do folheto OPavão Misterioso em quadrinhos...
Voltaremos ao tema.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

LUIZ GONZAGA E A ORIGEM DO BAIÃO

Conversa!
Luiz Gonzaga não morreu, embora haja quem diga que foi no dia 2 de agosto de 1989, portanto a exatos 21 anos, e após 42 dias preso aboiando num leito do Hospital Santa Joana, em Recife, que o caso se deu. Ou seja: que ele, o rei, deixou escapar o último suspiro, junto com o fole de sua sanfona.
Mas que conversa é essa?
O véi Gonzaga está vivinho da silva, mesmo que se alardeie aos quatro ventos com as trombetas dos mil-e-seiscentos-diabos que haja se finado.
Ora, ora, que imensa bobagem!
Pessoas como o Rei do Baião não se findam jamais.
Encantam-se.
Finda-se quem nada deixa à posteridade, sequer uma historiazinha pra se contar na roda de amigos, filhos e netos.
Finda-se quem não deixa caminhos para serem seguidos.
Não findou o Rei do Baião, por isso.
Ele nos deixou um legado e tanto, uma escola, alunos e seguidores.
Ele deixou uma obra monumental completa, espalhada mundo a fora e em línguas diversas: japonesa, inglesa, rapa nuí...
E se formos ouvir direito, chegaremos à conclusão de que a sua voz está mais bonita, já repararam? Está mais melodiosa, plumosa, cheia de nordeste,cheia de Brasil.
Ouçam-no cantar qualquer uma de suas músicas e constatarão a obviedade.
Em junho de 1951, Zé Gonzaga gravou Viva o Rei!, de sua autoria e de Zé Amâncio, em que diz:

Luiz Gonzaga não morreu
Nem a sanfona dele desapareceu...
Luiz escuta esse baião
Quem tá cantando
Com a sanfona é teu irmão
Ta esperando
Todo povo brasileiro
O seu grande sanfoneiro
Com as cantigas do sertão.

Pois, pois, ops!
Aí está.
Lembro de uma conversa que tivemos num ano qualquer da década de 70, ocasião em que ele nos explicou a origem do ritmo que o alçou à categoria de rei: “Quando o cantador está afinando a viola, quando ele sente que a viola está afinada, ele bate no bojo assim: t-chum, t-chum... Eu tirei o baião dessa batida”.
Nessa mesma década, em entrevista ao Pasquim, ele lembrou: “Eu já toquei em assustado. Fui sanfoneiro, rei do baião, quase sumi na poeira; agora sou lúdico, autêntico, virei um tal de folclore”.
Folclore, não: mestre.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

SE ESTIVER VIVA, O FANTÁSTICO MOSTRARÁ

O caso da mulher da vida com o goleiro do mundo flamenguista está chegando ao fim. Melhor: ou acaba agora essa novela toda ou essa novela toda terá uma reviravolta de dar inveja aos autores dos folhetins eletrônicos desta vida louca.
E se conheço a Globo...
Caso a mulher esteja viva, não tenha morrido, não tenha sido assassinada, ela aparecerá domingo chorona, amuada, e de cara pra baixo no programa Fantástico, dizendo que não deu o ar da graça antes por puro medo. Mas se isso não ocorrer, tenham certeza: é que ela está, como dizem, ocupando o andar de cima.
O advogado do goleiro e o próprio goleiro afirmam que ela está viva e aparecerá.
O goleiro chega a rir, lembrando que o prazo de validade da preventiva contra ele decretada pela Justiça está findando.
O delegado incumbido de dar ponto final na história gagueja.
E se a mulher de fato aparecer, hein?
Estará frito.
E a imprensa...
Como alguém pode afirmar que alguém está morto sem ter a certeza do crime, a sua prova, que é o cadáver?
Os colegas repórteres dizem e os apresentadores de rádio e TV zabumbam com todas as letras e falas: ela está morta.
É muito risco.
Eu, hein!
Claro, se a vítima não parecer é porque se suicidou e deu fim ao próprio corpo.
Só pode.
Mas “quem perder que conte”, como diz o dito popular.
Ainda vai sobrar para os contribuintes, pois o goleiro está ameaçando processar o Estado.
Fui!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A DISCUSSÃO DA LEI DOS DIREITOS AUTORAIS

Há exatamente um mês, o Ministério da Cultura pôs em discussão pública a idéia de um projeto de revisão da lei de Direitos Autorais em vigor.
Temia-se que a Copa prejudicasse a discussão.
Isso não ocorreu.
O que se vê é boa parte dos interessados direta e indiretamente discutindo a questão.
Muito bom, mas há muita gente com o pé atrás.
Por quê?
Bobagem.
Preciso é discutir o que não anda certo, para que fique certo o que está errado.
Exemplo?
A preservação do direito de autor por 70 anos após a sua morte.
Isso é kafkiano.
Os herdeiros deitam e rolam, dificultando sempre e sempre o acesso à obra do falecido.
Isso é preciso acabar, senão pelo menos diminuir o prazo pela metade.
Caso eu vá hoje para o andar de cima, que direito têm os familiares de dificultar o acesso às obras que deixarei, hein?
Faz sentido?
É muito tempo, 70.
Dá pra morrer e voltar e ainda pegar os vivos familiares protegidos na forma da lei e torcer-lhes o pescoço.
Rever isso é cuidar da educação de um povo.
Fui!

domingo, 11 de julho de 2010

A JABULANI CONTINUA ESQUECIDA...

Pra mim, inesperadamente um jogo feio.
Violência de ambos os lados.
Começou com a Holanda.
Não esperava eu que a Holanda fosse mais violenta do que tem sido, tanto no primeiro quanto no segundo tempo.
No fundo, no fundo, esperava que o jogo Holanda x Espanha fosse para o segundo tempo. E para os pênaltis.
E ainda acho que vai para os pênaltis.
Mas não esperava que fosse tão violento.
Claro, os espanhóis apenas reagiram.
Mas vamos que vamos.
Zerou-se.
Recomeço.
Tomara que haja jogo bonito agora, porque depois é o mata-mata de verdade.
Não gosto disso.
Gosto disso, não...

HOLANDESES TROCAM JABULANI PELAS CANELAS ESPANHÓIS

Zero a zero, no primeiro tempo.
Pra Espanha.
O que se viu até aqui foi o esperado: a Holanda dando pau, entrando com tudo.
A Jabulani pra Holanda foi ignorada.
E como esperado, a Espanha tratou bem a Jabulani.
Jabulani é menina, nasceu há pouco. Precisa de afago, carinho.
Mas os holandeses não sabem disso. Sabem de porrada.
Aliás, a presença dos holandeses no Brasil mostra isso: porrada.
Uma história triste.
Àquela época, os espanhóis não foram bonzinhos também não com os nossos primeiros habitantes.
Mas se recuperaram, acho.
Por isso a Espanha, como tem demonstrado em campo gramado, faz jus à taça de campeão.
Aquela entrada de Jong sobre Xabi, Deus do céu!
Em meia hora, cinco amarelos.
Pelo jeito, a Holanda vai continuar batendo forte em nome da globalização.
Será que vai mostrar que os fins justificam os meios?
Sou pela arte.
Ah! Penélope Cruz é espanhola.
Vamos ao segundo tempo.

JABULANI É DENGOSA, QUER É BOM TRATO

Daqui a pouco o selecionado espanhol faturará o primeiro lugar numa disputa de Copa, essa de 2010.
Será um jogo bonito, eletrizante, daqueles inesquecíveis, dos tempos da Seleção de 70, com Pelé & Cia.
De um lado, os holandeses baterão forte na bola.
Farão dela um saco de pancadas, ao estilo Dunga.
Ao contrário dos espanhóis, que a tocarão com respeito, carinho, leveza e categoria.
Assis tratada, ela, Jabulani passeará, deslizará com gosto no campo, indo de um lado a outro e endoidando seus algozes, isto é: os holandeses.
Pelo bom trato que receberá dos espanhóis, ela em troca se enrolará com dengo nos fios da rede adversária por três, quatro vezes.
Os holandeses serão eliminados no correr do tempo regulamentar.
E estamos conversados.
Ah! O futebol globalizado, esse de resultados, baixará a crista para o futebol-arte.
Quem viver verá.

sábado, 3 de julho de 2010

OS ESTRAGOS DE JABULANI E MICK JAGGER

De cabeça erguida.
Assim saiu a seleção argentina após a partida com o fortíssimo e competente selecionado alemão que a eliminou em Cidade do Cabo, há pouco.
Claro, derrota é sempre derrota.
Mas é preciso saber perder.
Jogo é jogo.
De qualquer maneira, foi bonita a partida.
Os dois times correram, suaram a camisa.
Os 4 x 0 sobre os meninos de Maradona foram merecidos.
Se a seleção do Dunga tivesse jogado assim, corrido com categoria atrás da bola e tentando a vitória, tudo bem. Mas, não.
Dunga escondeu o jogo até o fim.
Escondeu tanto, que ao fim não soube onde reencontrá-lo.
E aí, pronto!
Ok, Messi não fez nada; quase nada.
Cristiano Ronaldo, também não.
Quanto aos garotos de Dunga, oh! Poucas exceções: Luís Fabiano, Lúcio...
Culpados?
Dunga, Felipe Melo e, claro, Mick Jagger, que antes havia derrubado os Estados Unidos e a Inglaterra com seu pé geladíssimo. Pé, aliás, que fez o selecionado do Maradona arrumar antecipadamente as malas de volta pra casa.
Ah! Sim, e Jabulani. Essa, sem dúvida, a grande culpada disso tudo.
Daqui a pouco mais emoções, com Paraguai x Espanha.
Os espanhóis são perigosos.

PS - Um alívio: a derrota dos argentinos para os alemães nos poupou de um vexame e tanto, o de ver Maradona nu. Pelos menos isso, já que ele é capaz de tudo, como se sabe.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O HEXA FICA PRA DEPOIS, PRA 2014 (3)

Gana x Uruguai, um jogo e tanto; tanto no primeiro, quanto no segundo tempo, e também no tempo extra, que levou aos pênaltis.
Os ganenses são gatos de sete fôlegos e passos de sete léguas, em vôo raso aqui e ali.
Incrível o que o mundo viu há pouco: categoria, raça, vontade de vencer.
Aliás, de ambos os lados.
Deixaram o campo como heróis.
Ao contrário da seleção do Dunga, uma seleção de estrelas com tamancos de palmo e meio a se balançar em campo, com exceções. Uma: Robinho.
Ao Dunga faltou a ousadia de ganhar.
Por que não chamou os meninos da Vila? Estavam à disposição Ganso, Paulo Henrique e Neymar, por exemplo.
E o Ronaldinho Gaúcho, hein?
Amanhã tem Argentina...

O HEXA FICA PRA DEPOIS, PRA 2014 (2)

O jornal paulistano Folha de S.Paulo “previu” a eliminação da seleção do Dunga na edição do último 29, num anúncio da rede de supermercados Pão de Açúcar, no qual se lia: "A I qembu le sizwe (que significa seleção, no idioma africano zulu) sai do Mundial. Não do coração da gente. Valeu, Brasil. Nos vemos em 2014".
O “jornal do futuro” não está pra brincadeira. Imagina-se, porém, que o anúncio se achava de “stand by” para a eventualidade...
E aconteceu!
A empresa mundial de refrigerante Coca-Cola pensou num anúncio idêntico, também para a eventualidade de a seleção do Dunga não passar pelo selecionado holandês. Foi veiculado logo após a derrota por 2x1 na rede Plim, Plim de notícia e entretenimento.
Saiu-se melhor, como se vê.
Achei o jogo bonito, eu já disse.
Mas bonito mesmo foi a bandeira brasileira que vi pregada no coração dos holandeses.
Respeito aos adversários, não é mesmo?
Esporte deveria ser isso: solidariedade, confraternização, respeito etc.
Foi bonita também a campanha da FIFA levando mensagem para o fim da discriminação mundial, lida pelos capitães dos times antes de entrarem em campo.
Um ponto pra FIFA, que deveria fazer com que todas as seleções participantes do Mundial doravante pregassem na camisa dos jogadores o exemplo dado pela seleção holandesa.

O HEXA FICA PRA DEPOIS, PRA 2014

Acabou!
Perante mundo e meio caiu há pouco, nas quartas, a seleção multinacional do Dunga.
De lamentar, claro.
Todos, apesar de tudo, torcíamos pela classificação às semi e a uma vitória contra o time do Maradona, que não para de provocar Pelé e, agora, os brasileiros de modo geral.
O primeiro tempo começou bonito e assim foi até os 45 minutos.
Golaço fez o Robinho aos dez minutos, ao pegar deixa do volante Felipe Melo que se achou insuperável a partir daí. Cresceu em arrogância, em prepotência, tanto que acabou sendo expulso na metade do segundo tempo, ao fazer falta e tentar matar Robben ao pegá-lo por trás.
Foi feio o que se viu.
A seleção canarinho vestida de arara fez bonito no primeiro tempo, depois amarelou.
Dunga tem culpa?
Tem, pois poderia ter substituído o seu volante preferido pouco antes da tragédia cometida contra o atacante holandês.
E chega!
Ao trabalho, vamos pra 2014.
Ah! Sim: a arbitragem esteve ótima.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O JUMENTO É NOSSO IRMÃO. DAQUI A POUCO: BRASIL X CHILE

Muitos mortos e milhares e milhares de desabrigados.
É isso o que se vê de cara em várias cidades de Pernambuco e Alagoas, após chuvas e barragens estouradas.
Faltam água potável, energia elétrica, roupas e alimentos.
Mas há solidariedade, com jumentos inclusive contribuindo mais uma vez na recomposição da vida nessa nova tragédia nordestina de extensões lamentáveis.
Os jumentos são chamados quando tudo ou quase tudo se perde.
Foram eles de grande importância na formação do País.
Luiz Gonzaga cantou:
"O jumento é nosso irmão, quer queira ou quer não. O jumento sempre foi o maior desenvolvimentista do Sertão. Ajudou o homem na lida diária, ajudou o homem, ajudou o Brasil a se desenvolver. Arrastou lenha, madeira, pedra, cal, cimento, tijolo, telha. Fez açude, estrada de rodagem. Carregou água pra casa do homem...”.
E repetia o Rei do Baião:
“O jumento é nosso irmão”.
E o que faz o homem em agradecimento?
O próprio Gonzaga respondia:
“Castigo, pancada, pau nas pernas, pau no lombo, pau no pescoço, pau na cara, nas orelhas. O jumento é bom, o homem é mau. E quando o pobre não agüenta mais o peso de uma carga e se deita no chão, vocês acham que o homem chega e ajuda o bichinho a se levantar? Hum... Pois sim! Faz é um foguinho debaixo do rabo dele”.
E acrescentava:
“Animal sagrado. Serviu de transporte pra Nosso Senhor quando ele ia para o Egito. Quando Nosso Senhor era pirritotinho. Todo jumento tem uma cruz nas costas, não tem? Pode olhar que tem. Todo jumento tem uma cruz nas costas. Foi ali que o menino santo fez um pipizinho, por isso ele é chamado de sagrado (...). Eu reconheço o teu valor, tu és um patriota, tu és um grande brasileiro!".
Ao contrário de tantos e tantos outros brasileiros...
Já não há tantos jumentos no Nordeste, por uma razão pura e simples: estão se acabando pela maldade humana. Esse processo foi acelerado após a morte do escritor cearense Antônio Vieira, homônomo do padre português, em 2003, que desenvolveu uma enorme e necessária campanha de preservação dos jumentos.
Prefeitos da região chegaram a encher caminhões e caminhões com esses animais e os abandonaram nas estradas, à própria sorte.
E qual sorte?
Nenhuma, pelo contrário: atropelados e mortos, em muitas casos em buracos rasos; e vivos.
Os jumentos estão sendo substituídos rapidamente por motos e carros velhos, baratos.
Um jumento custa hoje algo em torno de R$ 1,00, enquanto uma moto pode ser comprada em prestações a se perder de vista.
E um cabra mau, quanto custará?

BRASIL X CHILE
- Daqui a pouco a seleção do Dunga entra em campo. Tomara que essa vez não amarre o jogo, que jogue bonito, como fizeram Alemanha e Argentina ao despacharem Estados Unidos e México. Dessas partidas, confesso, só não gostei da atuação dos árbitros...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

JOGO SEM JOGO, FOI O QUE SE VIU NO CAMPO

Pois é, contemplei o placar previsto imaginando um jogo bonito, equilibrado, com passes, firulas, gols. Tanto, que cravei no imaginário 3x2. Seria de bom tamanho, tanto pra um, quanto pra outro lado.
Foi pífio, porém, o resultado final, com acréscimos e tudo: 0x0.
Muita porrada de ambos os lados.
Lamentável, sob todos os ângulos.
Não vi beleza na partida. Nenhuma.
Jackson do Pandeiro, diria: esse jogo não pode ser 1x1.
Eu acrescentaria: nem 0x0.
Péssimo.
Ninguém foi bom na partida, nem no primeiro nem no segundo tempo.
Lamentável.
E reclamar a quem?
O meu amigo José ficou horrorizado, estarrecido por tudo que viu em campo.
Eu?
Fiquei envergonhadíssimo.
O 13 de Campina Grande teria se saído melhor, pois arriscaria e não partiria para a violência, como se viu.
Fazer o que?
A minha filha Clarissa, que também não gostou nem um pouco do que viu, resmungou ao meu lado:
- Pai, você faria melhor. Tanto como técnico, como jogador em qualquer posição.
Modestamente, também acho.
Baixa o pano.
Fui!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

BRASIL 2; PORTUGAL 3. OU VICE-VERSA

Essas coisas como são em si, só Deus sabe!
Deus?
Saramago dizia que não existe Deus.
Talvez deuses.
Mestre Tinhorão também acha que Deus é invenção.
O que acho?
Sei lá!
Estudei em colégio de padres e caí na vida antes de atormentar freirinhas bobas. Muitas lindas, maravilhosas, aliás.
Conheci umas, algumas. Mas sem duplas interpretações...
Nasci virgem, e o viver me fez gente, homem. Um pouco brucutu, talvez. Mas homem, e cheio de amor pra dar...
Tive filhos, sou avô e faço da vida a alegria maior.
A vida é de graça, mas nós - não sei a razão - a complicamos.
Ao dizer estas coisas, devaneio.
Lembro mestre Cascudo.
Cascudo uma vez me disse que somos todos mestres.
Também acho, inclusive porque filosofamos o tempo todo. E filosofar é tentar a razão de viver.
Acessem o deus Google.
Não confio nesse tal, mas o acessem nesse caso. Encontrarão entrevista que me deu há nem sei quantos anos.
Vale a pena.
Esta conversa toda só pra dizer que amanhã a Seleção vai perder de 3 x 2 ou ganhar de 3 x 2 o que, rigorosamente, significará o mesmo.
Assistirei ao jogo tomando umas, junto com o meu amigo José e minha filha Clarissa.
O Dunga?
Quando tivermos uma seleção genuinamente nacional, com jogadores jogando no Brasil defendendo a camisa da bandeira, aí, sim, a minha torcida será 100%.
O que acho disso tudo?
Aqui: o nosso rico futebol lá fora, nos deixa pobres aqui.
Quero de novo ver no futebol improvisações como as de Mané, o grande Mané, o mestre da ginga, do gingado, a que se refere o querido Ives.
Garrinha foi o poeta repentista no campo da bola.
É isso, Roniwalter.
Vamos ao campo!
3 x 2.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A LIÇÃO DE UM BRASILEIRO CHAMADO PARREIRA

Quero aqui dar prosseguimento ao texto de ontem, que teve no brasileiro Carlos Alberto Parreira um dos personagens ou temas.
Mas antes não posso deixar de dizer que notícia de rádio e TV eu acompanho desde pixote.
Sou de seca e de chuva.
Enchente matando gente e bicho também morrendo à toa no meu Nordeste querido quase sempre acontece, mas nem todo mundo dá fé.
Lá inda é assim, e com toda modernagem do mundo.
O noticiário se espalha.
Agora mesmo, vejo na TV o repórter de voz empostada dizer com cara de espanto fingido:
- 32 mortos e mais de mil desaparecidos.
No rádio, o número aumenta.
E nem é dez da noite.
Deus me perdoe: até parece que há torcida pela desgraça.
O noticiário:
- O governo liberou 100 milhões...
Um pedaço do Nordeste se afogando, se acabando em cores na TV que pede gols que trouxeram à tona o nome de um brasileiro bem-educado chamado Parreira.
Nos 70, os meus amigos Zé, Lula, Jarbas e Geraldo Azevedo se afogaram nos fundos do Capiberibe.
Explico: uma obra de arte de valor sem tamanho engendrada por eles foi pro beleléu nas águas fedorentas do rio que corta Recife.
Sobraram poucos exemplares daquela obra, para privilegiados.
Chamava-se Paemberu.
Novamente um pedaço do Nodeste volta a se afogar, como em 1985.
Lembro de Patativa do Assaré e do poema que fez, Seca d´Água, musicado por Chico e Fagner e interpretada pelo rei do baião Luiz Gonzaga, Paulinho da Viola, João do Vale, Elba, Roberto Ribeiro, Alcione, Gilberto Gil, Amelinha, Elza Soares, Ivan Lins, Beth Carvalho, Carlinhos Vergueiro, Erasmo, Cris Buarque...
O poema é este:
“É triste para o Nordeste o que a natureza fez
Mandou cinco anos de seca e uma chuva em cada mês
E agora em 85 mandou tudo de uma vez
A sorte do nordestino é mesmo de fazer dó
Seca sem chuva é ruim
Mas seca d’água é pior
Quando chove brandamente depressa nasce um capim
Dá milho, arroz e feijão, mandioca e amendoim
Mas com em 85 até o sapo achou ruim
Maranhão e Piauí estão sofrendo por lá
Mas o maior sofrimento é nessas bandas de cá
Pernambuco, Rio Grande, Paraíba e Ceará
A sorte do nordestino é mesmo de fazer dó
Seca sem chuva é ruim
Mas seca d’água é pior
O Jaguaribe inundou a cidade de Iguatu
E Sobral foi alagada pelo Rio Acaraú
O mesmo estrago fizeram Salgado e Banabuiu
Ceará martirizado, eu tenho pena de ti
Limoeiro, Itaíçaba, Quixeré e Aracati
Faz pena ver o lamento dos flagelados dali
Seus doutores governantes da nossa grande nação
O flagelo das enchentes é de cortar coração
Muitas famílias vivendo sem lar, sem roupa, sem pão
A sorte do nordestino é mesmo de fazer dó
Seca sem chuva é ruim
Mas seca d’água é pior”.
Bom, o que eu queria dizer, mesmo, é que Parreira demonstrou, com o seu gesto humano, de ser civilizado diante do técnico da seleção francesa, Raymond Domenech, que o mundo não se acaba apenas com uma/ou numa partida de futebol.
Sim, o seu gesto foi sublime; e foi sublime por ter sido feito de forma espontânea, principalmente.
Viva o Brasil!
Para o inferno quem pense que pátria não é coração.

terça-feira, 22 de junho de 2010

MARADONA, DUNGA E O FRANCÊS. ALGO A VER?

Demichelis abriu o placar aos 32 do segundo tempo e Palermo aos 42 o fechou com um belíssimo gol no estádio Peter Mokaba.
A Grécia penou na unha da Argentina.
Primeiro porque precisava ganhar de qualquer jeito e não ganhou. Nem se esforçou, foi o que nos pareceu a nós pobres mortais, tamanho o medo que demonstrou pelos adversários, em campo.
Jogou fechado, na retranca, tremendo.
Esse o seu erro; o seu principal erro. E fatal.
Resultado: acabou ganhando passaporte de volta, antes do tempo previsto; e de mãos abanando.
Na partida de morte pra Grécia, Demichelis deu provas de que se recuperou das besteiras que fez no jogo contra os sul-coreanos semana passada.
Messi fez misérias, como era esperado; mas não fez gol. Dominou a bola por diversos momentos, brincou com ela correndo pra lá e pra cá, deu tiros, bombas, arremessou torpedos na trave etc. e tal e só.
Por um momento pareceu o Ronaldo português, em jejum de gols há um século.
Mas eu pergunto: será que o danado do Messi não está se preparando pra pegar o Dunga com gosto na sexta?
Palermo fez o que fez: dois chutes a gol e um fuzilamento inevitável, sem dó.
Maradona, bem, Maradona continua impossível, parecendo estreante em estado de êxtase.
Sim, a fênix Maradona é o retrato sem retoques da vida em ebulição: parece até estar fazendo o mundo girar mais rápido a sua volta.
Ele merece.
Os argentinos o merecem.
Os torcedores, também.
Copa é graça, talento, prazer, alegria.
Já o treinador francês... Um horror!
Os franceses, no entanto, não devem se envergonhar do desempenho da sua seleção nesse Mundial, mas, sim, do treinador Raymond Domenech, que – absurdo dos absurdos – chegou a recusar o cumprimento do treinador brasileiro Carlos Alberto Parreira, do selecionado da África do Sul, que, aliás, também foi eliminado. Só que de forma natural, com classe, com categoria, respeito, dignidade.
Que Dunga se espelhe nele.
E no Maradona, por que não?
O ex-capitão da seleção que ganhou o tetracampeonato nos Estados Unidos em 1994 tem tido um comportamento também lamentável, com sua cara fechada, boca de poucas palavras e gestos não muito próprios de um cidadão bem-educado.
Como alguém pode estar de mal com o mundo quando tudo lhe corre bem, hein? Acho que só os infelizes de natureza.
Por que Dunga é infeliz?
Ah! Sim, o técnico da seleção brasileira em 94, chefe do Dunga, era Parreira.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

PRA ONDE VAI SARAMAGO: INFERNO OU CÉU?

Na terra-berço do espanhol José de Anchieta, fundador de São Paulo, cerrou os olhos na madrugada de hoje o escritor português José Saramago, que deixa bonita e vasta obra para os que virão depois.
Nos anos 90 o autor de Ensaio Sobre a Cegueira, levado às telas pelas mãos do brasileiro Fernando Meirelles em 2008, foi galardoado com os dois mais importantes prêmios literários do mundo, o Camões e o Nobel.
Antes disso, de virar romancista, ele fez muita coisa na vida, "menos pedir emprego". Foi tradutor, jornalista...
Tornou-se famoso também pelo talento invulgar de gerar polêmicas.
Costumava dizer tudo o que lhe vinha à telha, gostassem ou não.
Enfureceu a Igreja Católica e boa parte dos portugueses quando lançou O Evangelho Segundo Jesus Cristo; bem escrito e tal, mas não era para tanto.
Foi por causa desse livro, diga-se, que ele trocou a terra onde nasceu por uma das ilhas do arquipélago das Canárias, Lanzarote, de onde costumava sair para palestrar.
Mais recentemente lançou Caim, na verdade o seu último livro.
Ao publicar Caim, os carolas lhe caíram de pau.
Os mais radicais não gostaram do texto e nem do que disse da boca pra fora: ou seja, que a Bíblia “é um manual de maus costumes” e também um reles “catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”.
Nem o papa Bento atual escapou da língua ferina dele.
Comunista convicto e ateu de primeira hora, Saramago afirmava que Deus não existe, tampouco o céu, o paraíso e o purgatório, segundo ele, hoje em crise; mas o pecado sim, existe como invenção da Igreja.
Para Saramago, “a insolência da Igreja” deveria ser combatida “pela insolência da inteligência viva”. Na ocasião em que disse isso, em outubro do ano passado, ele também acusou o Papa de cinismo.
O cantador baiano Elomar Figueira Mello não gostava da fala de Saramago.
Elomar também torceu o nariz para o filósofo Nietzsche (Friedrich; 1844-1900), que compartilhava da mesma opinião do autor de Jangada de Pedra.
Nietzsche, aliás, achava que “Deus está morto, mas insepulto”.
Como Bach, a obra de Elomar é toda composta em louvou “ao criador do céu e da terra”, ou seja: em louvor a Deus.
O tema é bom.
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FUTEBOL
- Surpresas continuam a ocorrer nos gramados gelados da África do Sul: hoje de manhã, por exemplo, o mundo viu a rede dos alemães balançar com um gol dos sérvios. Essa vitória embolou legal o Grupo D.
- E a Argentina de Maradona botando banca, hein?
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FUTEBOL & MÚSICA
- Hoje tem vinho na Livraria Martins Fontes, onde estarei recebendo amigos e amantes do futebol e da música. O motivo é o recém lançado livro A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira, que traz como capa uma obra especial do grafiteiro Kobra e uma apresentação assinada pelo são-paulino Ives Gandra da Silva Martins. Junto ao livro, um CD com a gravação da primeira música sobre o tema futebol. Endereço: Avenida Paulista, 509, perto da estação Brigadeiro do metrô.
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MÚSICA
- Agendem-se: os irmãos Maria José e Antônio Carlos Carrasqueira se apresentam domingo 27 no Teatro do SESI, interpretando obras de Bach e Domenico Scarlatti. Maria é pianista lotada no Departamento de Música do Instituto de Arte da Unicamp e Antônio professor do Departamento de Música da USP. Ambos são filhos e herdeiros musicais do flautista João Dias Carrasqueira.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ACESSE RECORD NEWS, HOJE ÀS 22 HORAS

Conversa tranquila, espontânea mesmo.
Fórmula simples: três cadeiras lado a lado, hoje no ar a partir das 22 horas, com o metaleiro João Gordo no meio, eu numa ponta e o diretor de arte da revista Placar, Rodrigo Maroja, na outra.
Comandando a prosa, o experiente Celso Freitas.
Em torno da Copa, muita fala solta.
A gravação foi há pouco.
Falou-se sobre o desempenho da estréia da Seleção ontem em campo, da nova cutucada de Maradona em Pelé, chamado de “moreno da camisa 10” pelo “loiro” portenho; da música brasileira, da culinária africana, incluindo churrasco de girafa; dos torcedores daqui e dos de lá, com suas vuvuzelas irritantes a incomodar até ouvidos moucos, mas minimamente sensíveis.
Enriquecendo o quadro a repórter Adriana Bittar, diretamente de África.
Do Rio de Janeiro Maurício Torres, que está melhor do que nos tempos de Plim, Plim.
O que nos levou ao bate-papo com Freitas foi a exposição fotográfica Placar 40 Anos, que pode ser vista na FAAP até o fim do mês, e o livro A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira, que lancei oficialmente anteontem no Museu do Futebol, após palestra no Auditório Armando Nogueira e que me levará a uma noite de autógrafos com vinho e tal depois de amanhã 18 na Livraria Martins Fontes, à Avenida Paulista, 509.
João Gordo foi o contraponto da conversa, inclusive por ser medalha da casa.
Não vou entrar nos detalhes.
Convido vocês a acessar o canal 42 da TV aberta ou os canais 93 (digital) e/ou 55 (TVA) para se inteirarem d papo rolado.
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TEATRO
- Recebo e-mail de Adriana Balsanelli e Fernanda Teixeira, da Arteplural Comunicação, informando sobre a prorrogação em cartaz da peça O Poeta e as Andorinhas até 28 de novembro, no Teatro Imprensa (Rua Jaceguai, 400, Bela Vista). As sessões acontecem aos sábados e domingos, às 16 horas (a partir de 3 de julho). De graça, os ingressos podem ser retirados uma hora antes do início do espetáculo, na bilheteria do teatro. A peça traça de certa maneira a trajetória do escritor inglês Oscar Wilde. Trata principalmente dos contos de fada escritos por ele: O Rouxinol e a Rosa, O Príncipe Feliz e O Aniversário da Infanta. Há referências também ao romance O Retrato de Dorian Gray. Mais informações pelo telefone 3241.4203.
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JUNINA
- Grande animação está prevista para os dias 24 e 27 próximos no Clube Pinheiros. informações pelos telefones 3598.9780 e 9204.5694.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

MPB: CORINTHIANS É O TIME MAIS CANTADO

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(Clique no título e ouça a mais nova música sobre a seleção brasileira)
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Não esquecer, agendar: Hoje às 19 horas estaremos no Auditório Armando Nogueira do Museu do Futebol, num bate-bola sobre a relação do futebol com a nossa música. Em seguida, lançaremos o livro A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira, cuja capa é do artista plástico Kobra e a introdução do tricolor paulista Ives Gandra da Silva Martins. O livro, que traz encartado um CD com uma música assinada por mim e pelo parceiro Jarbas Mariz e outras duas, incluindo a primeira composta sobre o tema (“Foot-Ball”), traça a trajetória do futebol no Brasil a partir da música popular. A edição, cuja direção é da produtora Andrea Lago, é de luxo: couchê, quatro cores etc., saída das máquinas moderníssimas da TypeBrasil, de São Paulo. A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira traz muitas curiosidades, entre as quais:
- A primeira música sobre o Campeonato Mundial de Futebol: um cateretê intitulado “A Copa do Mundo”, de Raul Torres e Serrinha, lançado em 1938, pela Columbia.
- A primeira moda de viola sobre o tema: “Futebol”, de Alvarenga, Ranchinho e Ariowaldo Pires, o Capitão Furtado, lançada em abril de 1936, pela Odeon.
- A primeira marcha humorística abordando o tema, entremeada com política: “É Sopa, 17 a 3”, de Eduardo Souto, lançada também em 1936, pela Odeon.
- A primeiro tango dedicado a um time brasileiro: “Fluminense”, de Américo Jacomino, o Canhoto, lançado pela Odeon.
- As primeiras músicas sobre a Seleção e os “canarinhos”, surgidas a partir de 1950: “Vingamos Maracanã”, de Denis Brean e O. Guilherme, com Coro e Orquestra Columbia; “O Frevo do Bi”, de Braz Marques e Diógenes Bezerra, com Jackson do Pandeiro; “Pra Frente, Brasil”, de Miguel Gustavo, com Demônios da Garoa; “A Taça do Mundo é Nossa”, de Maugeri, Dagô e Lauro, com Titulares do Ritmo.
- Músicas em homenagem a Pelé, o jogador mais lembrado na música popular brasileira. Algumas: “Pelé e o Brotinho”, de João Chamo e Souza Cruz, lançada pelo selo Carnaval por volta de 1958; “Pelé, Pelé”, de Alceu Menezes, composta em 1959, gravada no ano seguinte pela Orquestra e Coro e nesse mesmo ano, em janeiro, lançada ao mercado pela extinta RGE. “Pelé”, de Oiram Santos; “Ataca Pelé”, de Tico-Tico; “Marcha do Pelé”, de Paulo Borges e Magdalena Correia; “Pelé”, de Amasílio Pasquim e Caçulinha; “Rei do Futebol”, de Wilson Batista e Jorge de Castro; “Marchinha do Pelé”, de Alvarenga e Ranchinho”; “Coitadinho do Pelé”, de Mariano Nogueira; “Pé de Pelé”, de Cambuí e Nhô Zé; “O Rei Pelé”, de José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro; “O Nome do Rei é Pelé”, de Jorge Bem. - Terminada a chamada “Era Pelé”, Zico passou a ser o jogador mais lembrado pelos compositores. Algumas músicas nas quais é citado: “Saudades do Galinho”, de Moraes Moreira, “Galinho de Briga”, de Fagner, “Brazuca”, de Gabriel O Pensador, “Camisa 10 da Gávea”, de Jorge Benjor.
- Dentre os clubes de futebol, o mais cantado por compositores e intérpretes é o Sport Club Corinthians Paulista. Algumas músicas sobre o Timão: “Vasco x Corinthians”, de Baptista Júnior, gravada por ele próprio e lançada à praça em 1929;“Corinthians x São Paulo”, de Nhô Pai e Nhô Fio; “São Paulo x Corinthians”, de Murilo Caldas; “Corinthians x Palmeiras”, de José Fortuna; “Campeão do 4º Centenário”, de Alfredo Borba; “Corinthians, Campeão do Centenário”, de Billy Blanco; “Campeão dos Campeões”, de Lauro d´Avila; “Brazão Preto e Branco (Hino ao Corinthians”), “Corinthians Religião”, de padre Aparecido e Nélson Correia; “O Corinthians Dando Olé”, de Bráulio de Castro e Castanha; “Corinthians, Campeão de Amores”, de Geraldo Cunha, Antônio Albino e Osinete Marinho; “Transplante Corinthiano (“Coração Corinthiano”), de Manoel Ferreira, Ruth Amaral e Gentil Júnior; “Vai, Corinthians”, de Oswaldinho da Cuíca e Papete; “Corinthians, Alegria do País”, de Aldo Zarim e Nelsinho Melo; “Bandeira do Timão”, de Elzo Augusto.
- Artistas que compuseram obras sobre a temática do futebol. Alguns: Benedito Lacerda/Pixinguinha (“1 x 0”), Wilson Batista/Jorge de Castro (“Samba Rubro-Negro”) Noel Rosa (“Conversa de Botequim”), Lamartine Babo (“Sempre Flamengo!”), Antônio Borba (“Goal do Brasil”), Antônio Sergi/José Luiz da Silveira (“A Taça é Nossa”), Lupicínio Rodrigues (“Grêmio Futebol Portoalegrense”), Chico Buarque (“O Futebol”), Sérgio Ricardo (“Beto Bom de Bola”), Rolando Boldrin (“Moda do Corinthiano”), Paulinho Nogueira (“O Jogo é Hoje”), Luiz Queiroga (“Escola de Feola”), Milton Nascimento/Fernando Brant (“Aqui é o País do Futebol”), Zé Fidélis (“Vasco x Arsenal”), Teddy Vieira/Zé Carreiro (“Bi-Campeão Mundial”), Zé Fortuna (“Pelé e Rivelino”), Jacob do Bandolim (“Vascaíno”), Gilberto Gil (“Balé da Bola”), Waldyr Azevedo/Edinho (“Mengo”), Luiz Gonzaga/Zé Dantas (“Siri Jogando Bola”).

sábado, 12 de junho de 2010

IVES GANDRA: "UM GINGADO QUASE DANÇA"

Claro, fico feliz toda vez que topo com alguém que tem algo a mais a dizer.
Isso não é fácil, principalmente nos tempos bicudos de hoje, quando tudo é correria e objeto.
No caso aqui, no que se refere mais específicamente à cultura popular, posso dizer que sou um ser privilegiado.
Privilegiadíssimo, melhor dizendo.
Quantos Ives Gandra da Silva Martins o Brasil tem?
Quantos Tinhorões?
Quantos Vandrés?
Quantos Chicos?
Quantos Suassunas?
Equivocadamente, uma ou outra pessoa me chama de sábio ou mestre.
Deus do céu! Arrepio-me todo.
Sou novo ainda.
E saber tem a ver um pouco com idade e, principalmente, com antiguidade.
No tocante ao Brasil, mestres são esses citados; mais Gilberto Freyre, que disse que só me atenderia para entrevista se eu lesse toda a sua obra.
À época, fins dos 70, eu trabalhava como repórter para o jornal Folha de S.Paulo.
Cascudo foi mais generoso.
Aproveito a deixza para reproduzir texto de Ives Gandra para o livro A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira, que será lançado segunda 14, no Museu do Futebol, às 20 horas; antes um bate-bola como quem estiver por lá.
Você vai?
O texto é este:
"A imprensa, especialmente a européia, elogiou o fantástico malabarismo dos jogadores brasileiros de ataque, comandados por Luiz Felipe Scolari, no Mundial realizado na Coréia e no Japão em 2002. Foram elogios verdadeiros, acertados, justos, pois para os estrangeiros é muito difícil entender o gingado, quase dança, dos nossos atletas em campo.
Não, não dá pra estrangeiro nenhum imitar o bailado dos nossos jogadores. É um bailado rimado, ritmado; é como se jogassem ao som de uma música regida por um maestro invisível exemplar. É isso que deixa os estrangeiros embasbacados, maravilhosamente estupefatos. Diante disso é até fácil qualquer compositor musicar os passos sensacionais de um Ronaldo ou Ronaldinho Gaúcho, de um Denílson ou de um Roberto Carlos, por exemplo.
Estou convencido de que a nossa música popular antecede o futebol e o ritmo próprio do jogador brasileiro. Isso vale tanto para a dança, quanto para o domínio de bola dos nossos craques.
Lembro do velho são-paulino Estevan Sangirardi, que dizia que o bom futebol é música no ar.
Pois bem, sobre este trabalho, sobre este livrinho oportunamente intitulado A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira que Assis Ângelo agora, em boa hora, nos presenteia, posso dizer que é, por sua originalidade, uma relíquia que deve ser lida e guardada com muita atenção e carinho, pois mostra tanto a beleza dos nossos jogadores em campo, como a criatividade sem par dos nossos compositores populares, desde Ary Barroso e Lamartine Babo, passando antes por Pixinguinha, um pioneiro em tudo que fez, até Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.
Assis é um estudioso das nossas coisas, das raízes brasileiras e por quem tenho uma admiração muito grande. Repito: este livrinho é uma pérola notável por seu conteúdo, por seu tema até aqui nunca abordado por nenhum outro pesquisador ou escritor brasileiro.
IVES GANDRA MARTINS,
Do Conselho Consultivo e sócio nº 46 do São Paulo Futebol Clube".

sexta-feira, 11 de junho de 2010

EM TORNO DO MEU NOVO LIVRO, UM PORRE

Antes de tudo, convido vocês para uma prosa em torno do mais importante torneio futebolístico do mundo...
Bonito, mas o melhor talvez seja eu dizer: convido vocês para juntos brindarmos a realização do mais importante espetáculo esportivo do mundo...
Não, talvez: o mais importante evento cultural, a Copa, que mobiliza o mundo...
Direto: o mais importante evento multitudo do planeta bola faz o globo girar 360 graus em segundos...
Enfim, às vésperas do primeiro centenário de gravação da primeira música a ver diretamente com o futebol no Brasil, “Foot-Ball”, e da realização da 19ª Copa do Mundo na África do Sul, entre 11 de junho e 11 de julho, tento fazer no meu novo livro uma retrospectiva inédita em torno do assunto que desde os primeiros anos do século passado tem inspirado artistas brasileiros dos mais diversos calibres e gêneros, desde os grandes Benedito Lacerda/Pixinguinha (“1x0”) a Jacob do Bandolim (“Vascaíno”); passando por Wilson Batista/Jorge de Castro (“Samba Rubro-Negro”), Ary Barroso (“O Brasil há de Ganhar”), Francisco Alves/Ismael Silva/Nilton Bastos (“Nem é Bom Falar”), Noel Rosa (“Conversa de Botequim”), Lamartine Babo (“Sempre Flamengo!”) e Chico Buarque (“O Futebol”).
Além desses, outros compositores abordaram o tema nas suas obras, como Haroldo Lobo/David Nasser (“Fla-Flu”), Rolando Boldrin (“Moda do Corintiano”), Palmeira/Celso dos Santos (“Balanço do Garrincha”), Capiba (“O Mais Querido, Santa Cruz”), Luiz Gonzaga/Hugo Costa (“Hino do Batistão”), Papete/Osvaldinho da Cuíca (“Vai Vai Corinthians”), Hianto de Almeida/Jurandi Prates (“Meu Flamengo, meu Brasil”), Gérson Filho (“Maracanã”), Adauto Santos (“O Torcedor”), Antônio Borba (“Goal do Brasil”), Antônio Sergi/Gennaro Rodrigues (“Hino S. E. Palmeiras”), Lupicínio Rodrigues (“Grêmio Futebol Portoalegrense”), Sérgio Ricardo (“Beto Bom de Bola”), Tom Zé (“Neto, do Corinthians”), Odair Cabeça de Poeta (“Mulher Corintiana”), Toquinho (“Corinthians do meu Coração”), Teixeirinha (“Bom de Bola”), Roberto Mário (“Meus Parabéns, Flamengo”, Milton Nascimento/Fernando Brant (“Aqui é o País do Futebol”) e Gilberto Gil (“Balé da Bola”), sem falar de craques do humor, como J. Baptista Júnior (“Futebol”), Chico Anísio/Irvando Luiz (“Gol de Placa”), Ernesto Palazzo (“Futebol Complicado”), José de Vasconcelos (“O Futebol e o Italiano”), Zé Fidélis (“Vasco x Arsenal”) e Carlos Alberto de Nóbrega, interpretado por Ronald Golias (“Copa do Mundo”).
Muitos artistas da área rural também abordaram o tema, como Teddy Vieira/Zé Carreiro (“Bi-Campeão Mundial”), Alvarenga/Ranchinho/Ariowaldo Pires (“Futebol”) e Zé Fortuna, que, ao lado de Pitangueira, compôs “O Adeus de Pelé” e, sozinho, “A História dos Times” e “Pelé e Rivelino”.
Pelé, que já foi tema de trintenas de músicas no Brasil e no Exterior, vez ou outra se arrisca também a compor. São suas, por exemplo, “Meu Mundo é uma Bola” (1971), “Em Busca do Penta” (2002) e “Sou Brasileiro”, essa em parceria com Edson, da dupla desfeita com o irmão Hudson, e Flavinho, lançada no Programa da Hebe, do SBT, na noite de 5 de abril de 2010. Curiosidade: o time mais cantado no Brasil, até no campo da literatura de cordel e da poesia improvisada ao som de violas, é o Sport Club Corinthians Paulista, pela torcida chamado de Coringão ou Timão.
Pois bem é por aí, acho...
O selecionado africano tinha hoje tudo para ganhar do México. Jogou melhor etc. Empatou. Houve acomodação. Clima de que ganhamos etc. Uruguai x França também foi jogo empatado no 0 x 0.
Arriba!
A nossa seleção estreia dia 15, contra a nervosa Coreia do Norte.
Vinte e quatro horas antes da derrota do Coreia por 3 x 0, reunirei, a partir das 19 horas, amigos velhos, novos e futuros no Museu do Futebol, aqui em São Paulo, capital (Praça Charles Miller, s/n), para um porre em torno do meu novo livro: A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira.
Vamos todos lá?
A idéia é lotar o estádio do Pacaembu...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

CULTURA POPULAR E CRESCIMENTO DO PAÍS

Como eu disse outro dia: algo muito importante está ocorrendo no Brasil.
Isso de todos os lados, de todas as formas.
Nunca, na minha vida, ouvi dizer que o crescimento de um país atrapalha o desenvolvimento do próprio país.
Pois é: até isso está ocorrendo nos dias de hoje, no Brasil.
Basta ler ou ouvir o noticiário, para constatar o que digo.
Isso também quer dizer que o Brasil tem de correr, de preparar seus filhos profissionalmente, educacionalmente para ocuparem os primeiros lugares em todos os rankings, com categoria e respeito.
O presidente diz: consumam!
E todos consomem.
Mas para consumir, para evitar que crises externas contaminem a economia interna, é preciso trabalhar.
E tome trabalho!
Quando eu disse no último ou penúltimo texto postado neste espaço que algo muito importante está ocorrendo no país, é porque está.
Eu me referia, basicamente, à questão da cultura popular.
Até lembrei Villa-Lobos e Mário de Andrade.
A cultura popular não precisa de protetor, de tutor, de defensor etc. Precisa isto sim, que se olhe para ela e com ela se aprenda de maneira verdadeira como se deve aprender.
A cultura popular é canal da aprendizagem.
O que ocorreu ontem em Juazeiro do Norte, CE, no auditório do Centro Cultural do BNB foi uma das coisas mais bonitas que já vi.
O motivo foi Patativa do Assaré, nome de edital lançado pelo Ministério da Cultura.
Estavam lá grandes repentistas como Geraldo Amâncio. Também poetas do batente ou de bancada como, Chico Pedrosa. Cordelistas, como Klévisson Viana, Marco Haurélio.
Minutos atrás tomei conhecimento de que o Tribunal Superior Eleitoral foi a favor do povo, validando por 6 x 1 o projeto ficha limpa para as eleições deste ano.
Quer dizer: neguinho condenado pela Justiça não vai mais encontrar guarida no voto popular, inclusive porque o seu lugar é na cadeia e não num gabinete...
É isso.

NOTÍCIA TRISTE
- Em Juazeiro, fiquei sabendo do passamento do meu amigo cantador Diniz Vitorino. Foi lá pras bandas de Venturosa, PE, sábado último. Ele chegava em casa, quando foi traído pelo coração. Partiu assim mais um baluarte da cultura popular.

ANA RAIO
- Por acaso, ao ligar a TV ontem para assistir performance de Ayrton Mugnaini no programa do Arnaldo Duran, fui surpreendido pelo repeteco da novela Ana Raio & Zé Trovão, com Célia & Celma e Almir Sater. Gostei. E muito!

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