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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

IMPRENSA E CACHORRINHO DE MADAME

Leitores de jornais e revistas do mundo todo estão em revoada, se alojando nas asas da Internet desde fins dos anos 1990. 
É fato.
É fato também que o rádio, a televisão e, principalmente, a indústria da mídia impressa assustou-se com a WEB - gigante de múltiplos braços, pernas, dedos e cérebros - no primeiro momento e até agora.
A WEB chegou de repente, com a força de um terremoto acenando uma bandeirinha norte-americana que esvoaçava aparentemente ingênua e sem propósitos no redemoinho da ignorância do mundo.
Duas décadas se passaram.
Tonteada, o que fez a indústria impressa?
Nada; preferiu o modo mais fácil de padecer, que é a acomodação.
O resultado é dos mais catastróficos da história desde Gutenberg, que dizem que morreu pobre, pobre, porque nem a patente de sua invenção ele a registrou.
Nem tudo, porém, parece estar perdido; mas que o arrepio é grande, ah! Isso é.
Por iniciativa da Mega Brasil - que é associada à Jornalistas&Cia -, foi à prática ontem no Auditório Mário Henrique Simonsen do Jockey Club, administrado pela BM&FBovespa, no centro da capital paulista, o mote Caminhos da Sustentabilidade: Como as Novas Tecnologias Estão Impactando o Modelo de Negócios na Imprensa, o Fazer Jornalístico e o Relacionamento Com o Mundo Empresarial.
As novas tecnologias têm um nome próprio: WEB, World Wide Web, isto é: rede mundial de tudo que se refere a nosso planeta e às pessoas, de modo geral.
A WEB é a grande revolução dos tempos.
Pois bem, a discussão do seminário durou exatas duas horas e meia e contou com a presença de preparados profissionais à frente de alguns dos principais jornais do País, como Folha de S.Paulo (Sérgio Dávila), Vera Brandimarte (Valor Econômico) e Pedro Dória (O Globo), sob a mediação do ex-editor do Estadão e ex-ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Falou-se de obviedades, como a importância da imprensa no mundo; e que sem a imprensa os governos, quaisquer governos, deitam e rolam e podem até se transformar em ditadores.
Falou-se da queda de assinantes de jornais e revistas, é claro.
Falou-se do mais importante jornal do Japão (Yomiuri Shimbun), que nos últimos anos perdeu cerca de 1,5 milhão de leitores.
Falou-se, inclusive, que para sobreviver os jornais precisam de redações qualificadas etc.
E tudo ou quase tudo isso dito num palavreado bonito e recheado de expressões próprias da língua do esperto Tio Sam, que aos ouvidos do padrão médio brasileiro nos soam um tanto esquisitas.
A Folha, disse o seu representante, procura fugir dos lugares-comuns nos casos de grandes notícias ou tragédias, como renúncia de presidente, papa ou incêndio de proporções como o ocorrido recentemente em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
O representante d´O Globo, a respeito da tragédia sulista, disse que seu jornal procurou fazer o mesmo, indo além da notícia e incluindo nas informações a ideia de levar emoção aos leitores. E não à toa, versos do poeta gaúcho Carlos Nejar apareceram ao lado de uma foto que por si só traduzia toda a tristeza que a tragédia provocou.
Pouco antes do término, três profissionais dirigiram perguntas à mesa.
Uma delas do jornalista multimídia ex-Folha e ex-Estadão, Luciano Martins Costa, como um torpedo atingiu o alvo.
Tinha a ver com homogeneidade.
A mesa se mexeu, mas não conseguiu convencer a plateia com a resposta de que não há homogeneidade na imprensa.
Ou seja: tudo continua igual como antes, no quartel de Abrantes.
Uma imagem? 
Vejo a imprensa hoje como um cachorrinho de madame correndo em volta do próprio rabo.
E ainda ouvi alguém dizer que os leitores não têm tempo para ler grandes reportagens.
É o fim.
Pois é, é o fim!
E com isso eu também morro de tristeza, porque jornalismo é a minha profissão.
Orgulho-me de ser jornalista.

BBB13
Acabo de receber informação que o BBB13 bateu recorde ontem à noite, de 31 pontos.
E aí, o que fazer?
E ninguém põe em discussão a importância da educação, para a conquista e retomada de leitores de jornais e revistas.
É preciso plantar.
Quem ler mais sabe mais e não fica nessa bobagem de BBB, por exemplo.

ESPECIAL CÂMARA CASCUDO, clique:
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular05.pdf

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O MUNDO PEGANDO FOGO

No começo dos anos 1950, o sanfoneiro Sivuca, o multitudo musical Hermeto e o seu irmão pianista Zé Neto, todos nordestinos albinos e fantásticos, criaram um trio musical que jamais subiu ao palco. 
Nome: o Mundo Pegando Fogo.
Por que lembro isso?
Porque estou achando que o Brasil tá pegando fogo, mesmo.
Por que penso isso?
Vocês não estão vendo o que está acontecendo em Porto Velho, RO?
Pois é, na última madrugada integrantes do PGC deram ordens a seus comandados para tacar fogo em carros e aterrorizar cidadãos comuns que pagam impostos e cumprem seus compromissos perante o Estado.
E o Estado nada faz?
Pobres de nós.

ARRUMAÇÃO E DESORDEM
Como dizia o Barão do Rio Branco: no Brasil, organizados mesmo só o carnaval e a desordem.
No verão paulistano, por exemplo, a chuva tem caído às 4 da tarde.
Aparentemente, isso predominou até segunda última.
Anteontem a chuva chegou com atraso de uma hora, às 3.
E até agora, ansioso, espero a chuva voltar e nada.

OI
Nos últimos cinco dias, a operadora Oi foi multada pela Anatel por não cumprir obrigações perante clientes. As multas lavradas chegam a R$ 39,3 milhões.
Uma pechincha, como se vê.
E ainda diz a empresa que vai recorrer.
Que coisa!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

EM TEMPO DE HOMENAGEM

Sob o auspício dos editores do Anuário Brasileiro de Comunicação Corporativa 2013 (Megabrasil) será realizado na próxima quinta 21, no Auditório Mário Henrique Simonsen, o seminário Caminhos da Sustentabilidade. 
Esse seminário tem por objetivo abrir discussões em torno das novas tecnologias que estão surgindo e impactando o modelo de negócios na imprensa. Quer dizer que há tudo a ver com o exercício jornalístico e, consequentemente, com o relacionamento dessas tecnologias em volta do mundo empresarial.  
O tema é, sem dúvida, pra lá de oportuno nesses dias incertos que vivemos.
Exposição e debates ocorrerão entre às 10 e 12h30, a cargo dos jornalistas Ascânio Seleme (O Globo), Ricardo Gandour (O Estado de S.Paulo (Sérgio Dávila (Folha de S.Paulo) e Vera Brandimarte (Valor Econômico). O mediador será o ex-ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
O Auditório Mário Henrique Simonsen fica no prédio do Jockey Club, à Rua Boa Vista, 280, 11º andar, Centro da capital paulista.
Mais informações com Amanda Castro, pelo e-mail Amanda@megabrasil.com.br
HOMENAGEM
O cantor, compositor e advogado especializado em direitos autorais Jorge Mello, piauiense de Piripiri, 
é uma das oito personalidades que serão homenageadas logo mais à noite em solenidade aberta ao público na sede da Associação Comercial de São Paulo, à Avenida Mário Lopes Leão, 406, em Santo Amaro, 
Distrito localizado na zona Sul da cidade que está completando 461 anos de fundação.
Santo Amaro, com forte presença nordestina, foi fundado dois anos antes da capital paulista, 
em 15 de janeiro de 1552. O artista mora em São Paulo desde dezembro de 1973. Foi aqui, ele diz, “que gravei o meu primeiro LP, Besta Fera (Crazy, 1976), e prossigo no dia a dia dando andamento à minha vida de cidadão e artista”. No referido LP, Jorge Mello, nascido Jorge Francisco de Carvalho Melo, insere a primeira homenagem
 que fez à Sampa: São Paulo Zero Grau, um xote com cheiro de blues.
Salve, Jorge!

RODA DE CHORO - Como previsto, inaugurou-se ontem à noite a roda de música instrumental Tem Alemão no Choro, no Bar do Alemão, fundado há 45 anos por Dagoberto Caldas, um cara que fumava até sete marços de cigarros por dia e morreu um ano depois de deixar de fumar a pedido médico, sem fumar mais nenhum. Vários artistas foram prestigiar o evento, entre os quais as artistas Dona Inah e Socorro Lira. Tocaram lá Barão do Pandeiro, Zé Roberto Figueiroa e Artur (pandeiros), Milton de Mori, Mike e Luis Nassif (bandolins), Rui Kleiner (violão tenor), Serginho Arruda,Valdo Gonzaga, João Macacão e Marquinhos (violões), Thadeu Romano (sanfona) e John Bermman (clarineta). Também presente à roda vi/ouvi um menino de 12 anos tocar à flauta, irrepreensivelmente, o chorinho 1 x 0, de Pixinguinha (abaixo, no registro de DArlan Ferreira).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

DOMINGUINHOS CONTINUA EM COMA


O DVD Gonzaga – de Pai Pra Filho nem bem chegou às lojas, na praça de São Paulo já há cópia pirata ao preço de R$ 2,50 a unidade.
O filme de Breno Silveira foi visto nas salas de cinema de boa parte do País por cerca de 1,5 milhão de pessoas, fora os telespectadores que também o viram na telinha da Plim, Plim.
É um bom número.
Na minha modesta opinião, o filme sobre a história do Rei do Baião e seu filho postiço Gonzaguinha é muito bom, mesmo não retratando com fidelidade a realidade vivida pelos personagens.
Esse, aliás, não era e nem foi o propósito.  
A minha presença foi simples, com a cessão de imagens e informações.
Quem ainda não assistiu, recomendo o DVD.
E por falar em Gonzaga...
O herdeiro musical do Rei do Baião, Dominguinhos, continua internado em estado grave no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O filho Mauro conta que os batimentos do coração do pai estão bons, “mas ele não se mexe, não reage a perguntas ou a conversas a sua volta e só dorme”.
Faz dois meses hoje que Dominguinhos entrou em estado de coma.
Ele perdeu muito peso.

MORTE ANUNCIADA
A menina Isadora Faber e sua família estão sendo ameaçadas de morte. O motivo é a repercussão enorme que o seu Diário de Classe - página na Internet criada com o objetivo de denunciar as mazelas da escola onde estuda, em Santa Catarina.  
Que surjam outras Isadoras Brasil a fora.

MAIS VIOLÊNCIA
A população de 35 cidades catarinenses continua alarmada, mesmo com a transferência de presos perigosos para presídios de segurança máxima de outras regiões do País. Automóveis e ônibus já foram destruídos pelo fogo criminoso ateado por vândalos. A onda de violência começo no dia 30 de janeiro. Já passa de 100 o número de ocorrências policiais.

CHUVA
A chuva das 16 está se anunciando, enchendo com suas nuvens negras e ameaçadoras o céu de verão da capital paulista. Tomara que não nos afogue.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

TEM ALEMÃO NO CHORO

O Bar do Alemão (Avenida Antártica, 554, Água Branca), há muito tocado por seu proprietário Eduardo Gudin, inaugura amanhã uma roda de choro batizada de Tem Alemão no Choro, à frente os chorões Valdemar Gonzaga e Luís Nassif.  
A roda toma forma a partir das 21 horas.
O Bar do Alemão, por onde já passaram figuras imortais do samba e do choro, como Cartola, Nelson Cavaquinho, Toquinho, Vinicius e Márcia e Clara Nunes, entre outros, está completando 45 anos de existência. 
Eu vou estar presente lá, amanhã; Paulo Vanzolini, Théo de Barros e Luís Avelima (aí comigo, Théo e Gudin, no clique de Darlan Ferreira) também vão estar.
E você?
Acho que vale a pena ir, no mínimo para saber, se ainda não sabe o que é choro e suas origens, que datam da segunda metade do século 19.
Joaquim Antônio da Silva Callado Júnior, que era flautista e funcionário público nascido no Rio, em 1848, um dia reuniu um grupo de amigos para tocar. E aí eles formaram um time musical que entrou para a história como O Choro de Callado.
A princípio, o grupo tocava lundus, modinhas, valsas e polcas, gêneros e ritmos da época.
Um dos clássicos do choro é Flor Amorosa, originalmente instrumental e depois letrada pelo poeta maranhense Catulo da Paixão Cearense.
Callado morreu cedo, com 31 anos de idade.
Gudin, um paulistano da safra dos 50, iniciou a carreira profissional aos 17 anos, a convite ou provocação da Pimentinha Elis Regina, que o levou a se apresentar no programa O Fino da Bossa, em 1966. Dois anos depois, ele foi classificado num festival de música da Record, junto com Chico, Caetano e outros nomes que se tornariam famosos.
Sua discografia chega à casa das 300 composições gravadas e editadas, algumas delas compostas em parceria com Paulo Vanzolini, Paulo César Pinheiro, Elton Medeiros e Paulinho da Viola e gravadas por João Nogueira, Dona Inah, Clara Nunes e muito mais gente. 
É dele e de Paulo César o clássico E aí se Vão Meus Anéis.
Outro clássico é Velho Ateu, com Roberto Riberti, lançada por Beth Carvalho.

LIXO
E antes de Gudin chegar quinta aqui, Théo comentava irritado - e eu concordando - o incompreensível com o sucessos alcançado no mundo todo com a bobagem Ai se eu te Pego, de Teló. O pior é o mundo todo acreditar que isso é a música do Brasi. Teló: ai se eu te pego!

VIRADA CULTURAL
Você sabia que apenas cerca de 18% de cerca de R$10 milhões foram praticados comprovadamente na última Virada Cultural? E o resto pra onde foi, hein? E também que as atrações internacionais, 35, se apresentaram como "turistas"? Será verdade? Acho que não, mas a informação é da Ordem dos Músicos. 

VERÃO
Terminou ontem o horário de verão, que existe em vários países. Terminou o horário, mas não a estação que continua com chuvas, relâmpagos e trovoadas. Se chover mais como tem chovidos nos últimos dias, São Paulo se afoga e com ela todos nós. Se não todos, aumenta o desespero da população mais carente.

REDE
E a Marina Silva, hein? Acaba de criar um partido que não é de direita e nem de esquerda, "pois está à frente". À frente de quê, hein? Essa mesma história está explícita no partido do Kassab: nem é de esquerda nem de direita. Como um partido político pode existir sem idiologia, hein?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

DARLAN 50, IBYS 60, DOMINGUINHOS 72

O sanfoneiro, cantor e compositor pernambucano José Domingos de Moraes, o Dominguinhos (na foto ao lado, no programa de rádio São Paulo Capital Nordeste), faz hoje 72 anos de idade e continua internado no hospital paulistano Sírio Libanês.
O seu estado de saúde continua delicado, mas estável.
Dominguinhos é um dos mais importantes artistas da música popular brasileira.
Ele começou a carreira ainda criança, tocando pandeiro com o trio que formava com os irmãos Moraes (sanfona) e Valdomiro (melê).
Nome do conjunto: Os Três Pinguins.
Foi num sábado, quando tinha oito anos, que Dominguinhos conheceu o rei do baião, Luiz Gonzaga.
Mas nem Dominguinhos nem seus irmãos sabiam quem era Gonzaga.
O trio tocava onde arrumasse espaço, fosse na rua, na praça ou onde partisse convite para se apresentar em casa de família etc.
Moraes era o mais velho.
Os integrantes do trio, que se somavam a outros 13 filhos de dona Maria e seu Francisco, tocavam porque precisavam tocar.
Era pouco o que ganhavam, mas necessário como ajuda na manutenção de casa.
Aquele sábado, um sábado especial de 1949, foi muito importante para todos, principalmente para o menino Dominguinhos, já dono de um talento que encantou o Rei do Baião.
O Rei então se apresentou aos três e disse: "Quando forem ao Rio de Janeiro, me procurem".
E deu o endereço.
Cinco anos depois estavam o trio, o pai e a mãe batendo à porta de Luiz Gonzaga.
A primeira vez que Dominguinhos entrou num estúdio de gravação para acompanhar Gonzaga à sanfona foi no dia 21 de março de 1957. Três meses depois o disco foi lançado à praça, com os baiões A Feira de Caruaru, de Onildo Almeida; e Capital do Agreste, de Onildo e Nélson Barbalho.
O resto da história o Brasil todo sabe.
Acorda Dominguinhos!
Nós te esperamos para uma festa e um brinde à vida.

DARLAN FERREIRA
Hoje outro amigo aniversaria: Darlan Ferreira, compositor e produtor musical.
Ele gosta do que faz e continua fazendo tudo de que gosta.
Darlan produz e multiplica amigos, por isso costuma sair ileso de situações adversas, mesmo diante de tempestades, de intempéries.
Como um mágico, ele parece estar em todo canto e lugar (aí na foto, ele com o trompetista dinamarquês
Jens Winther e o brasileiro Geraldo Vandré).
Parabéns, Darlan, seja bem vindo à casa por onde passei há dez anos e Dominguinhos, há 20.

IBYS MACEIOH
Há 60 anos, completados no dia 3 de julho do ano passado, nasceu o alagoano de Porto Calvo Valmiro Pedro Costa. Pouco mais da metade desse tempo ele dedicou à música, mas não se apressou a gravar nada em disco; coisa que só faria em 2000.
Ibys canta e toca muito bem.
E também compõe, como se não bastasse.
A sua voz é clara, bonita, com alguma semelhança ao timbre de Orlando Silva e, de certo modo, Nélson Gonçalves.
Isso, no campo da seresta.
No campo mais popular, de raízes nordestinas, impossível não encontrar nele um quê de Jackson do Pandeiro ou de Luiz Gonzaga.
Instrumentalmente Ibys segue com desembaraço a trilha de Dilermando Reis, Paulinho Tapajós e Baden Powell.
Isso, porém, não significa dizer que ele não tenha estilo.
Tem, sim.
A sua obra merece ser mais conhecida.
Ele é bom demais.
Arriba, Ibys!
CLIQUE:
http://www.youtube.com/watch?v=IBQIT9jCtOs
BLOCO AGORA VAI
Centenas de foliões voltaram a desfilar hoje no final do dia no bloco Agora Vai, criado em 2005.
Nenhum acidente ou incidente foi registrado, só descontração e alegria. Os foliões se concetraram no Largo Padre Péricles (foto acima, de Andrea Lago) e sairam depois por ruas próximas e viaduto Minhocão. Não é fácil criar um bloco na capital paulista, onde há cerca de 30. A burocracia é enorme e depende de conchavos políticos para que isso aconteça, ao contrário do Rio de Janeiro, Salvador, João Pessoa e outras cidades. No Rio, há mais de 400 blocos devidamente legalizados pela Prefeitura.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

MIGUEL DOS SANTOS NO CARNAVAL

Dezenas de blocos na capital paulista, centenas no Rio e milhares espalhadas Brasil a fora enfeitam e enriquecem o carnaval destes tempos bicudos de escolas de sambas vendidas ao poder irrecusável do dinheiro internacional, inclusive.
Blocos de São Paulo e de capitais como João Pessoa, na Paraíba, arrastam milhares de foliões de todas as idades, em cores, brilho e sexos.
Outros no Rio de Janeiro, como Bola Preta, e em Recife, como Galo da Madrugada, arrastam mais de 1 milhão de pessoas por ruas e bairros, cada um.
Mais aí a coisa já complica, pois um bloco com mais de 1 milhão de foliões já não é bloco: é um absurdo que beira a intranquilidade de todos.
Mas blocos com foliões ainda às centenas é bom ver.
Ontem mesmo, no final da tarde, fui ver o afro Ilú Obá de Min (acima, no clique de Andrea), que há uns anos sai daqui de perto de onde eu moro, no Campos Elíseos.
Achei legal.
Mas legal ainda foi ver e ouvir a percussão formada só por mulheres; umas noventa, todas craques.
Os marmanjos à frente do bloco dançavam, faziam evoluções até com uma perna só.
E tinha um deles que até engolia fogo arrancando vivas e aplausos.
Muitas flores foram atiradas ao público, entre batuques.
Circulamos um pedaço da Barão de Limeira, outro pela Conselheiro Nébias e outro pela Lopes de Oliveira.
O trajeto, seguido por umas 400 pessoas, durou cerca de três horas.
Nenhuma confusão, só alegria.
É bom ver blocos e saber que eles estão voltando, não é?

MIGUEL DOS SANTOS
O pintor e ceramista pernambucano radicado na capital aparaibana Miguel dos Santos brilhou sábado 9 no carnaval de Niterói. Mais precisamente na Marquês de Sapucaí. É que uma obra de sua autoria aparecereu em destaque num alegórico da escola Acadêmicos do Cubango. A obra, contratada pela Prefeitura de Niteró, será nos próximos dias instalada em praça pública daquela cidade.
Fica o registro.
CLIQUE:

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