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terça-feira, 6 de junho de 2017

A COISA É SÉRIA: DIRETAS OU CONSTITUIÇÃO?









Dia desses andei falando sobre Congresso e Cangaceiros.
Que diferença pode haver entre o histórico bando de Lampião e nossos ilustres representantes na Câmara e no Senado?
Sei não, mas acho que Cabeleira, Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Lampião e o Diabo Loiro foram moços um tanto ingênuos e não tão violentos quanto o são os nossos congressistas. Quem matou mais Lampião e seu bando ou os bandos do Congresso liderado pelo Planalto?
Estão entendendo?
Pensem comigo: Só de uma empresa, a dos irmãos Batista, o PT levou 616 milhões, o PMDB 553 milhões. O PSDB, apenas 90 milhões...Se esses partidos e os outros partidos também, é claro, embolsaram tanta grana, por que ainda estão aí e o povo se lascando? Alguma coisa está errada, muito errada, e há muito se faz necessária uma limpeza geral.
Será que Moro e o pessoal da Lava Jato vão conseguir lavar a sujeira que envergonha o país e o povo de bem?
Temer está riquíssimo, e o Aécio, hein?
Serra anda em silêncio, por onde?
Renan, um dos cancros do País, está bufando raivosamente e já com medo de ir prás grades, merecidamente. E o seu filho, o Renanzinho governador das Alagoas, o que deverá fazer para ajudar o seu papai?
Sérgio Cabral está em cana em Bangú e de lá, se depender do povo, jamais sairá. 
E Marcelo Odebrecht e seu pai, hein?
E Jucá, e Lobão, e Eunício? E o cara de idiota presidente da Câmara, hein?
Na verdade meus amigos, minhas amigas, nesse jogo de cangaceiros engravatados não há idiotas.
Chega a ser engraçada a tragédia criada e encenada por nosso políticos e seus advogados pagos a peso de ouro. Hoje começa a desenhar-se mais uma grande farsa no STJ.
A chapa Dilma-Temer será ou não cassada?
A Constituição continuará, certamente, a ser violada. Já passa de 100 o número de estocadas na nossa Constituição.
Grupos de analfabetos ou interesseiros começam a agitar bandeiras de cores diversas clamando por eleições diretas. Ai, ai, ai.
No dia que o Brasil for habitado por cidadão, cidadãos de verdade, cidadãos que conheçam seus direitos e respeitem os direitos anotados na Constituição por um Congresso livre, teremos Ordem e Progresso. Aliás, esse é o lema que se acha estampado na Bandeira do Brasil, não é mesmo.
A tevê Globo continua emplacando suas novelas.
A vida real brasileira não é a vida que se acha na televisão.
A coisa é séria, meus amigos e minha amigas.
E o Temer largará ou não o osso que pegou por um desses acasos da vida?



 BRINCANDO COM A HISTÓRIA (22):




segunda-feira, 5 de junho de 2017

MEIO-AMBIENTE E CIDADANIA

O mundo está se acabando. Melhor, não. Pior: estamos acabando o mundo. E pelo andar da carruagem, o mundo já era para estar acabado a tempo.
Hoje as pessoas lúcidas abraçaram-se, talvez, em nome de um futuro melhor. Um futuro sem poluição, cof.
O dia mundial do Meio Ambiente, foi instituído pela organização das Nações Unidas, ONU. A ideia sempre teve por principio a restauração do meio em que vivemos, por nós judiado, sem dó nem piedade.
No total somos um grupo de 7 bilhões de almas penadas...
Na semana que passou, o dono do mundo Donald Trump berrou aos quatro ventos que estava rompendo com o acordo de Paris. Quer dizer, o bicho anunciou que é mais do que alto suficiente para não precisar de ninguém. Por isso, deixou claro: não quer papo com governo ambientalista. 
O acordo de Paris recebeu a assinatura de 195 governos.
Hoje 5, é o dia mundial do Meio Ambiente.
Metido em quinhentas encrencas, o Temer fez uma onda danada em nome da natureza.
Sei não, mas cá com meus botões fico imaginando que estamos involuindo numa velocidade dos diabos.
Precisamos nos cuidar com mais carinho.
O mundo ainda pode ser salvo, apesar do dono do mundo.


CIDADANIA

O professor de música Roberto Ferreira deu um belíssimo exemplo de cidadania ao País. Semana passada ele pegou o violão e começou a tocar e a ensinar, seus alunos, crianças a cantar num corredor da escola onde ensina subúrbio fluminense para disfarçar, encobrir, os estampidos de armas de fogo que se sucediam num cerrado tiroteio entre policiais e bandidos.
Veja o vídeo: 



BRINCANDO COM A HISTÓRIA (21)





domingo, 4 de junho de 2017

CANGAÇO E CONGRESSO DE CANGACEIROS


O coronelismo é uma praga brasileira surgida com a criação da guarda nacional pela Regência em 1831, e ganhou força e aperfeiçoamento após o golpe militar que acabou com o Império.
A primeira república foi até 1930.
O coronelismo viveu de mãos dadas com o Cangaço.
Antes de Lampião, o Rei do Cangaço era Antonio Silvino (1875-1944).
Silvino, de batismo Manuel, era pernambucano e entrou para o Cangaço em 1896, dois anos antes de seu conterrâneo Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião nascer (1898-1938).
Lampião nasceu no dia 04 de junho e entrou para o Cangaço depois de a polícia matar seu pai, José Ferreira. 
O pai de Antonio Silvino foi assassinado a mando de um coronel de Afogados de Ingazeiras, PE.
Três irmãos de Virgolino, Antônio, Izaquiel e Levino, entraram para o Cangaço com o mesmo propósito de vingar a morte do pai.
Silvino não foi só para o Cangaço, junto com ele foi também o irmão Zeferino.
Essa história de coronelismo, Cangaço e políticos se interliga.
Os cangaceiros dos tempos atuais estão, muitos deles, no Congresso Nacional e nos governos estaduais.
Renan é cangaceiro, Jucá é cangaceiro, Eduardo Cunha é cangaceiro, Aécio Neves é cangaceiro, Collor é cangaceiro, Sarney é cangaceiro, Eunício Oliveira é cangaceiro, Lobão é cangaceiro, Perrella é cangaceiro, Jader Barbalho é cangaceiro, Lula é cangaceiro, Temer é cangaceiro...
Uma perguntinha: Os cangaceiros de ontem eram mais fracos do que os cangaceiros de hoje?
Na minha vida profissional de jornalista entrevistei muitos cangaceiros e cangaceiras como Sila, que entrou para o grupo de Lampião ao lado do menino cangaceiro Zé Sereno.
Entrevistei também uma irmã de Lampião, Dona Mocinha e a filha e neta de Lampião e Maria Bonita,  Expedita e Vera Ferreira, ainda vivas.
Há quinze anos eu promovi um julgamento simbólico de Virgolino Ferreira na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Leia texto que publiquei no Jornal a Nova Democracia nº 13:

Sessenta e cinco anos depois da sua morte, Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, foi condenado em júri popular simulado no Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito São Francisco, no Largo São Francisco, em São Paulo, a 12 anos de prisão em regime fechado. A condenação foi abrandada em um terço por ser o réu primário e beneficiário de atenuantes, segundo o juiz que presidiu o processo, Antônio Magalhães Gomes Filho, titular de Processo Civil. 
O rei do cangaço foi levado a júri sob a acusação de ter praticado, junto com o seu bando, uma chacina em Jeremoabo, na Bahia, no dia 13 maio de 1932. Nessa data tombaram mortas a tiros e a golpes de punhal, várias pessoas de uma mesma família. A sentença, baseada na votação do corpo de jurados formado por estudantes de Direito, levou em conta que o réu praticou a ação “com requintes de crueldade”. Cerca de 300 pessoas, incluindo jornalistas, escritores e artistas, assistiram a sessão. A cantora Socorro Lira cantou uma canção de sua autoria que falava de Lampião.
Na sala do júri, representou o acusado o ator Alessandro Azevedo, vestido a caráter. A seu lado a atriz Júlia Moura, no papel de Maria Bonita. Há dois anos, Alessandro viveu o rei do cangaço na peça Lampião vai ao inferno buscar Maria Bonita, de Altimar Pimentel.
Os trabalhos foram desenvolvidos pelo promotor Luis Marcelo Mileo Theodoro e pelo advogado de defesa Alamiro Velludo Salvador Netto. Antes de encerrar a sessão e elogiar os organizadores do evento, o juiz Gomes Filho disse que “esse processo pode ajudar a sociedade a refletir sobre as causas da violência no Brasil”.
O principal estudioso do cangaço e biógrafo de Lampião, Amaury Corrêa, que está lançando o livro Lampião e Maria Fumaça, não aprovou a condenação que, aliás, também contrariou consulta popular feita em julho com usuários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), idealizadora do julgamento. Consultados sobre se Lampião foi bandido ou herói, os passageiros escolheram a primeira opção.




BRINCANDO COM A HISTÓRIA (20):




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