Na telinha do SBT, o cantor brega Amado Batista e a jornalista Marília Gabriela, de tantos e bons serviços prestados ao Brasil através de seus programas, desde TV Mulher (Globo).
Marília incisiva, perguntadora e solidária, sempre ao lado do Brasil e dos brasileiros mais simples.
Um parêntese: em 1983, quando o governo de São Paulo me processava com alegada base na Lei de Imprensa por eu ter escrito e publicado uma reportagem (de 1ª pág.) sobre violência na região do chamado Grande ABC, na Folha, empresa das qual eu era repórter, ela fez comentários em minha defesa na TV Mulher, sem sequer me conhecer.
Como esquecer?
O editor do jornal era Boris Casoy, que - convenhamos - não estava e nunca esteve nem aí com essa tal de democracia...
E como não ter a garganta apertada ao ouvir um brasileiro ídolo de milhões dizer na TV que mereceu ser preso e torturado pelos agentes da ditadura, por “acobertar pessoas que estavam querendo tomar este país à força"; e esse mesmo brasileiro afirmar com toda naturalidade do mundo que o passado para ele está enterrado e, por isso, não tem nenhum interesse e nem nada a dizer à Comissão da Verdade, formada para por os pontos nos is da nossa história recente?
Doeu.
E doeu ainda mais por lembrar que eu mesmo, no correr do advento do processo Abertura de Geisel, que durou até 1985, publiquei entrevista de três páginas (clique na imagem) com o mesmo Amado falando da sua história de pessoa humilde, na extinta revista Homem (nov/1982; nº 52) da Ideia Editorial, um dos braços ou selos da Editora 3, que até hoje edita Istoé.
A entrevista é curiosa, e dela se depreende que o objetivo do entrevistado era seguir o rastro de Roberto Carlos, seu ídolo, e ser famoso como ele, com muito dinheiro no bolso etc.
O cantor Amado Batista sempre foi um homem triste.
Conseguiu.
Freud explica?
Ah, sim. Depois do processo que o Estado me moveu, e do qual fui absolvido, jamais a Lei de Imprensa foi aplicada.
ANTONIO COMEÇOU A ANDAR...
No dia 4 de março do ano passado, eu iniciei o texto para este espaço, assim:
“Hoje, pouco antes de o sol nascer às 6h06 por estas plagas, mais uma vez o milagre da vida se concretiza num leito da Maternidade São Luiz, na capital paulista: a menina Dri deu à luz o menino Antonio (foto), que chegou forte e saudável pesando 2,97 kg, para a alegria do pai Alê, de primeira viagem, familiares e amigos.
O casal era só alegria após o nascimento de Antonio, ocorrido de parto normal e pontualmente às 5h39.
Antonio veio num dia de sol, com os termômetros girando em torno dos 20 graus e sob os bons fluídos da Lua Crescente”.
Pois é, Antônio começou a andar faz duas semanas.
Ele rir à toa e a nós nos aparenta ser a prova de que Deus existe.
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