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terça-feira, 24 de novembro de 2020

RACISMO NA NOSSA MÚSICA (3)

Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, todos nós sabemos quem foi.
Gonzaga era negro e talvez nem soubesse que fosse.
O problema maior do Gonzaga, que eu conheci bem de perto, era a pobreza. Ser preto, era condição secundária. Na verdade, quero crer que ele nem punha isso como fato dolorido da vida cotidiana.
Eu acho que Gonzaga fechava os olhos a pretos e brancos, homens e mulheres.
Gonzaga, ele me disse mais de uma vez, que desde moleque queria ser cartaz da música (leia: O FOLCLORE NA OBRA DO REI DO BAIÃO).
O baião como gênero/ritmo foi lançado no dia 22 de maio de 1946.
Em 1951, Luiz Gonzaga já era considerado o Rei do Baião.
Nesse ano, 51, Luiz Gonzaga foi barrado à entrada da Rádio Gazeta.
A Rádio Gazeta, SP, em 1951, era uma das mais importantes do País.
Pois bem, convidado para uma entrevista à rádio, ele foi barrado. Motivo? A cor da pele.
Luiz Gonzaga do Nascimento, pernambucano de Exu, o 2º dentre 9 irmãos, nasceu pra ser artista...
A negritude para Gonzaga não significava muita coisa.
Gonzaga, que o mundo passou a conhecer como Rei do Baião, era a reunião de tudo de bom e conflitos: cidadão.
Ser negro ou ser branco, para Luiz Gonzaga, significava uma coisa só: gente.
Luiz Gonzaga nasceu, viveu e morreu como um ser simples.
A alma não tem cor, não é mesmo?
Isso achava o pernambucano Luiz Gonzaga do Nascimento. Pra mim, foi bom conhecê-lo.
Meu amigo, minha amiga, ouça:

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