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domingo, 16 de fevereiro de 2014

REPÓRTER, PROFISSÃO ARRISCADA

Comemora-se hoje, 16 de fevereiro, o Dia do Repórter.
Repórter é quem faz reportagem, e quem faz reportagem é um tipo de profissional meio criança, meio maluco, que atua no jornalismo, desde sempre uma profissão desgastante e altamente arriscada, inicialmente regulamentada por lei nos fins dos anos de 1960.
As perguntas básicas para a elaboração de qualquer reportagem, em qualquer língua e lugar, são: quem, como, quando, onde e por quê?
O bom profissional do jornalismo precisa, necessariamente, saber perguntar e ouvir muitíssimo; ter calma, muita calma, e respeitar o entrevistado; jamais forjar notícias ou induzir o entrevistado a responder sob qualquer tipo de pressão.
Alguns grandes repórteres viram grandes escritores, como Audálio Dantas, Joel Silveira e Caco Barcelos, entre muitos outros.

Estou no jornalismo desde o final dos anos de 1960, quando iniciei a profissão no velho e bom jornal O Norte, PB (acima); até chegar à Folha (ao lado), no começo da segunda metade da década seguinte, bati pernas e comi o pão que o Diabo amassou.
Caso eu tivesse de recomeçar a vida, recomeçaria como repórter.
Em tempo: O bloco carnavalesco Imprensa que eu Gamo, que saiu ontem pelas ruas do Rio de Janeiro, homenageou o repórter cinegrafista Santiago Andrade, em pleno exercício da profissão.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

NÊUMANNE DEIXA O SBT

Nestes pobres tempos de prática do “politicamente correto” e ação de patrulheiros vadios é de se lamentar profundamente o corte dos comentários políticos e oportunos de José Nêumanne da grade dos jornalísticos do SBT.
Junto com os comentários, foi banido o seu autor; e também seus colegas, Carlos Chagas e Denise Campos de Toledo.
E não à toa, isso acontece no momento em que a nossa frágil democracia, conquistada a duras penas, sangue, suor e lágrimas, é ferida nas ruas por vândalos alugados por sabe-se lá quem.
Pobres e tristes tempos estes em que minguam cada vez mais as opiniões - principalmente as opiniões críticas – nas mídias, incluindo o facebook desta vidinha corrida e banal de valores inversos.
Com a saída de Nêumanne do SBT, perdemos todos nós. Mas seus comentários continuam sendo feitos diariamente na Rádio Jovem Pan, de onde, aliás, saí graças também ao atual diretor de Jornalismo do SBT.
Pois é, esse Marcelo é mesmo uma parada.
Quem quiser saber mais um pouco sobre a saída de Nêumanne do SBT, recomendo a leitura da última edição do newsletter Jornalistas&Cia.
Clique:
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/jornalistasecia935sa12.pdf

TEO AAZEVEDO
Hoje, a partir das 21 horas, o cantor, compositor e instrumentista mineiro Téo Azevedo estará se apresentando pela primeira vez no Hotel San Rapajel, no centro da capital paulista. Na ocasião ele estará lançando o CD Salve Gonzagão, 100 Anos, vencedor do prêmio Grammy Latino 2013, do qual, aliás, participo com uma faixa declamando e contando um pouco da história do rei do baião, Luiz Gonzaga. Azevedo aproveitará a ocasião para autografar o livro Catrumano 70, uma biografia sua escrita por Amelina Chaves. Vamos prestigiá-lo? O San Raphael fica ali no largo do Arouche, 150/200.
Clique:

http://pordentrodamidia.com.br/cascudo-e-loas-4/

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

HOJE É DIA DE OSVALDINHO DA CUÍCA

O empresário da noite Paulinho Rosa, do ramo de forró e congêneres, foi o único, no País, a se organizar para comemorar em alto estilo os 73 de idade que hoje faria o pernambucano José Domingos de Morais, o Dominguinhos. Paulinho é paulistano, dono da casa de espetáculos Canto da Ema.

Dominguinhos nasceu em Garanhuns e foi um dos 17 filhos gerados por dona Mariinha e seu Chicão, ou mestre Chicão, como era conhecido por ser sanfoneiro e afinador de sanfonas.
Dona Mariinha e seu Chicão eram alagoanos e muito pobres, como toda família.

A sorte de Dominguinhos, dos pais e irmãos começou a mudar no dia em que o trio Os Três Pinguins conheceu o rei do baião, Luiz Gonzaga, no final dos anos de 1950, quando tocava pra turistas a troco de tostões à entrada do hotel Tavares Correia, que existe até hoje totalmente remodelado.

O trio era formado por Morais, Valdomiro e Neném, que tocava triângulo e pandeiro e viraria Neném do Acordeon antes de se tornar nacionalmente famoso pelo diminutivo Dominguinhos.

Eu conheci Dominguinhos na segunda parte dos anos de 1970 e sobre ele escrevi muitos textos, como o publicado no semanário O Momento (acima), de João Pessoa (acima) e em cerca de mais 50 jornais, via Agência Brasileira de Reportagens, ABR, em abril de 1980.

Ele, como Sivuca, Mário Zan, Waldonys, Bombarda, Oswaldinho, Cezar do Acordeon e Olivinho, entre outros grandes sanfoneiros, participou várias vezes de programas de rádio que apresentei, nas rádios Atual e Capital.

Foi Dominguinhos quem me telefonou para dar a notícia da morte de um dos seus mestres, Orlando Silveira, em dezembro de 1993.

Saudade.

DOMINGUINHOS NO CANTO DA EMA

Hoje, ali por volta da meia-noite, vai ter festa das boas em homenagem a Dominguinhos no Canto da Ema; a festa contará com a presença de Elba Ramalho, Anastácia e Oswaldinho do Acordeon, entre outros artistas que insistem a fazer boa música. Eu vou, você vai? Aí no link http://mais.uol.com.br/view/k77arz6psxw4/os-dez-dedos-de-ouro--anastacia-04020D9C3170D4C14326?types=A& , a canção Os Dez Dedos de Ouro, para Dominguinhos, cantada por Elba e Anastácia, a autora e principal parceira de Dominguinhos ao longo de mais de uma década.

Para saber mais um pouco sobre Dominguinhos ou simplesmente lembra-lo, clique:

http://www.youtube.com/watch?v=pwM9658fKtk

http://www.youtube.com/watch?v=owDSH_C4Cxk

http://www.youtube.com/watch?v=BczQh7ilpiE

http://www.youtube.com/watch?v=1okVsNbwjYM

OSVALDINHO DA CUÍCA

Com cara e jeito de menino arteiro, peralta, o paulistano do Bom Retiro Osvaldo Barro completa hoje 74 de idade. Alheio a loas, ele continua enfiado num estúdio de gravação dando retoques finais no novo disco, que será lançado à praça ainda neste semestre. Atenção: antes do carnaval, ele estará na telinha da TV Globo participando da minissérie O Atravessador de Samba, que também traz no elenco o craque Germano Mathias.

Parabéns e muitos anos de alegria, Osvaldinho!

Clique no link abaixo para ouvir o mestre da cuíca:

http://www.youtube.com/watch?v=zBs6yz-6rQM

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

DOMNGUINHOS, NO CANTO DA EMA

Dominguinhos faria 72 anos de idade depois de amanha, 12. Nos últimos anos, ele comemorava a data na casa de espetáculos paulistana Canto da Ema, do Paulinho Rosa, seu amigo e parceiro no programa Vira e Mexe, da Rádio USP. Mas a sua ausência física não muda e nem extingue a comemoração. Pelo contrário: a data será alegremente comemorada, “pois é como se seu Domingos não tivesse viajado”, diz Pauliinho.
Foi numa quarta-feira, como a do próximo dia 12, que José Domingos de Morais nasceu, em Garanhuns, PE. Ele criança, junto com dois irmãos também crianças, tocava à porta de um hotel na sua cidade para ganhar uns trocados e, assim, ajudar na manutenção de casa, que era de uma pobreza franciscana. Por capricho do destino, os três foram ouvidos pelo rei do baião, Luiz Gonzaga, que se encantou e prometeu ajuda-los. Dito e feito.
O resto da história, todos conhecem.
Quarta que vem lembrarão a data vários artistas, entre os quais mestre Oswaldinho do Acordeon, Elba Ramalho e Anastácia (aí ao lado comigo, no programa do Jô Soares nos tempos do SBT), que viveu com ele durante mais de dez anos. Detalhe: Anastácia é a compositora com maior número de músicas compostas com um mesmo parceiro, no Brasil: mais de 200, incluindo sucessos como Eu só Quero um Xodó, gravada em várias línguas.

PETER ALOUCHE
O poeta Peter Alouche, mais conhecido por Pedro Nordestino, acaba de ter um cordel musicado e gravado em disco, com produção do Cantador de Alto Belo, Téo Azevedo. Detalhe: Téo acaba de ser agraciado com uma estatueta Grammy, pelo CD Salve Gonzagão.
Ouça a coluna Por Dentro da Mídia, clicando:
http://www.mixcloud.com/pordentrodamidia/cascudo-e-loas-29-de-janeiro-de-2014/

domingo, 9 de fevereiro de 2014

ARY BARROSO, UMA LEMBRANÇA

Num dia como o de hoje, de sol escaldante, morria no Rio de Janeiro o mineiro Ary Barroso, criador do gênero musical samba-exaltação, que tem em Aquarela do Brasil a sua primeira versão.
Ary morreu aos 60 anos num domingo de carnaval, vítima de cirrose hepática.
A sua obra é extensa.
Antes dele, só o compositor e maestro campineiro Carlos Gomes havia ultrapassado as fronteiras do País com sua obra.
Gomes, considerado até hoje o maior autor operístico das Américas, lotou o Ala Scalla de Milão em 1879, ao estrear Il Guarany, cujo libreto é baseado na obra homônima do cearense José de Alencar.
O sucesso internacional https://www.youtube.com/watch?v=qoRrpBSQxfw de Ary tem como ponto de partida Aquarela do Brasil, que integrou o repertório do espetáculo do teatro de revista Joujoux e Balagandans, em 1939.
No teatro, essa música foi interpretada por Cândido Botelho e lançada em seguida em disco pelo chamado rei da voz, Chico Alves https://www.youtube.com/watch?v=yyhPL2Q_Bog.
Debitem-se a abertura das portas do mundo para Ary aos bruxos Nelson Rockefeller e Walt Disney, pau mandado do governo norte-americano à América Latina.
Fica o registro.

As cantoras mineiras Celia e Celma, de Ubá -  como Ary - gravaram há anos um CD (Ary Mineiro) muito bonito, só com músicas de Ary Barroso (acima), lançado sob a chancela do selo musical Revivendo. As duas artistas moraram perto de onde morou Ary e cantam o seu repertório nos palcos da vida e onde mais podem (abaixo).
http://www.youtube.com/watch?v=pJMNFYBAxSs
 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

AULA GRINGA PARA UM BRASIL DOENTE

http://pordentrodamidia.com.br/cascudo-e-loas-4/
O Brasil vai mal das pernas e da cabeça há muito tempo.
Na verdade, o Brasil está doente dos pés à cabeça.
E o diacho é que está se tornando lugar comum dizer que a solução de tudo, para todos os problemas dele é a educação.
É, claro; mas não só a educação.
Junto a educação a cultura, por exemplo.
Escutando hoje a rádio Jovem Pan, me arrepiei com os ensinamentos de uma norte-americana, estes:
http://jovempan.uol.com.br/noticias/brasil-melhor/brasil-melhor-para-donna-hrinak.html
O detalhe é que a entrevistada é norte-americana e foi convidada para falar num espaço da Pan, chamado Quem faz um Brasil Melhor. Nesse ponto, ela não tem culpa.
Ai de nós.

CORDÕES E BLOCOS
Estou levantando informações sobre as cidades que ainda mantém a tradição de blocos e cordões carnavalescos, ou que estão tentando trazer de volta essa tradição. E também sobre cidades que promovem concursos de marchas de carnaval. Mandem informações a respeito para o e-mail assisangelo@uol.com.br
Sobre o tema, cliquem:

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O CARNAVAL DAS MARCHINHAS

Naturalmente sabemos que aquele carnaval espontâneo, do povo, acabou; e faz tempo, embora aqui e ali – no Nordeste e em Recife, notadamente - ainda reste dele alguma boa lembrança, representada por blocos e cordões que, é claro, raramente aparecem na programação das emissoras de televisão, a não ser quando fatos extraordinários (brigas e mortes, por exemplo), ocorrem entre seus resistentes foliões, a maior parte deles saudosos e persistentes.
Certa vez o maestro Eleazar de Carvalho me contou http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular03.pdf que nos anos de 1940 costumava desfilar em corso pelas ruas do Rio de Janeiro, ao lado de Villa-Lobos e outros expoentes da nossa música, como Donga, João da Baiana, Pixinguinha na flauta, depois tuba; e Almirante, cantando.
Agora das heroínas mineiras Celia e Celma, gêmeas no canto e na alma, incríveis, recebo a informação de que estão trazendo de volta um pouco do Villa e seu Cordão da Sodade, projeto que apresentarão logo mais às 20 horas no auditório do Sesc São Caetano e terça que vem, em Campinas.
As duas têm formação musical no Instituto Villa-Lobos do Rio de Janeiro. 
Bom, não é?       
Você quer saber um pouco sobre a historia do carnaval, das marchinhas e compositortes, como Braguinha, Nássara e Zé Ketti?
Cuique: 
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular10.pdf
 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ADEUS, HÉLIO CHAGAS!

Hoje o dia chegou com a notícia, triste, da ida do técnico de estúdio Hélio Chagas para a eternidade.
Hélio ou Helinho, como o chamávamos, era uma pessoa incrível, profissionalmente competente e solidária.
Gostava imensamente do que fazia.
Trabalhamos juntos na Rádio Capital, eu no comando do programa São Paulo Capital Nordeste e ele na operação dos teclados e botões que definiam com vinhetas criativas e efeitos sonoros as palavras que eu imprimia ao microfone da rádio, diante dos artistas, políticos, poetas, jornalistas e outros profissionais que convidávamos para alegrar, sempre ao vivo, as noites brasileiras de sábados.
Helinho, que era acreano, deixa mulher e um filho.
Ele tinha uma legião de amigos e fãs (aí na foto, ele comigo e o sanfoneiro Mário Zan).
A notícia da sua viagem nos foi passada por Darlan Ferreira, que por sua vez recebeu do seu quase irmão, José Gomes, também um craque dos bastidores técnicos do rádio.
O rádio está de luto.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

SÃO PAULO É A CIDADE MAIS CANTADA DO MUNDO

Estamos na semana do 460º aniversário de fundação da maior cidade do Brasil e do hemisfério Sul: São Paulo, a 5ª maior megalópole do mundo, em território e população.
A capital paulista coleciona milhares me milhares de curiosidades.
Você sabia que em São Paulo há mais de 10 mil restaurantes, a maior parte deles com pratos custando o olho da cara?
E você sabia também que essa cidade supercontraditória é a mais cantada em verso e prosa do mundo todo?
Para ficar por dentro do tema acesse:
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular16.pdf

domingo, 12 de janeiro de 2014

HOJE É DIA DE FLÁVIO TINÉ

Eu sou paraibano de João Pessoa, também chamada de Capital das Acácias; ele é de Gravatá, a Terra do Morango e dos Turistas, no Agreste pernambucano. Comum entre nós, além de nordestinos, há a profissão de jornalista, da qual nos orgulhamos muito.
Eu sou mais novo, da safra de 1952, ano do acidente de carro na Dutra que levou deste para o outro mundo o rei da voz, Chico Alves.
Ele de 1937, dia 12 de janeiro.
Estou falando de Flávio Tiné.
Tiné nasceu sob o signo do Estado Novo implantado por Getúlio Vargas e que durou até 1945.
Já exercendo a profissão em 1964, Tiné não esperou o tempo piorar e trocou Recife por São Paulo onde, digamos, deu-se bem, pois escapou da ira dos perseguidores.
Conheci Tiné ali pelos fins dos anos de 1980, quando eu trabalhava na TV Globo e ele no Hospital das Clínicas, como assessor de imprensa.
Ele, sempre afável e discreto, ajudou a muitos coleguinhas; a mim, inclusive.
Além da profissão, a amizade nos une há muitos anos.
Tenho orgulho de ser seu amigo.
Viva Tiné!
Quer ouvi-lo?
Pois é, quando não está paparicando os netos, pega o violão e os males espanta.
Clique:
http://www.youtube.com/watch?v=0iDsRERx-y4

sábado, 11 de janeiro de 2014

ADEUS, MARLY!

O meio teatral paulistano está de luto: morreu a atriz, cantora e produtora e diretora Marly Marley ontem no final da noite, no Hospital São Camilo.
Marly era natural de Três Lagoas, MS, e chegou a São Paulo ainda mocinha.
Atuou em filmes nacionais e estrangeiros, e gravou muitas marchinhas de carnaval,
Eu a conheci ali pela metade dos anos de 1980, quando o amigo e conterrâneo Vital Farias me levou ao seu apartamento.
Marly era casada com o humorista Ary Toledo, com quem viveu durante 45 anos.
Marly era uma pessoa admirável, alegre e prestativa.
Naquele fim de tarde, junto com Ary, Marly nos abasteceu durante horas com uma caipirinha que jamais eu e Vital conseguimos fazer.
Ela deixa saudades.
Para lembrar Marly, clique:
http://www.youtube.com/watch?v=RdVQ_cQFy2U

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

BRASIL, IDENTIDADE PERDIDA

O Brasil parece, de fato, muito empenhado no propósito de por fim a sua identidade cultural, formada a duras penas num século e pouco, se tanto. Os instrumentos utilizados tem sido todos os que se acham à mão, incluindo os do ensino para a educação básica.
Persistente, vai conseguir.
Esse tresloucado processo começou faz tempo, com a invasão do seu território por diversos povos, entre os quais portugueses, franceses, holandeses etc.
Os norte-americanos chegaram aqui e não saíram mais, incutindo na mente e no coração do povo os seus hábitos e costumes – musicais, inclusive.
É mais do que sabido, aliás, que a Casa Branca dita modos a países pobres e emergentes, como o Brasil.
Lembremos 1964.
Quando seremos uma nação livre?
A propósito, clique
http://www.youtube.com/watch?v=aSrRD-nLgyE
Clique também:
http://www.youtube.com/watch?v=24d91uJiw18

domingo, 5 de janeiro de 2014

ENSAIO, 45 ANOS!

O mais longevo – e importante – programa da televisão brasileira, Ensaio, está completando 45 anos de existência, no ar sob a direção e comando do seu criador, o sergipano de Aracaju Fernando Faro (comigo aí na foto, numa prosa após a gravação de uma entrevista ao Móbile). O Ensaio começou em 1969, na TV Tupi.
Pelo programa passaram todos ou quase todos os grandes artistas da música popular brasileira desde a década de 1960.
Os 45 anos de Ensaio valem comemoração e pauta para todas as mídias.
Fernando Faro, nascido no dia 21 de junho de 1927, é também o criador de Móbile (assista ao vídeo, abaixo).
Móbile estreou na extinta TV Tupi cinco anos antes de Ensaio: em 1962.

 
INEZITA BARROSO
Acabo de receber da titular do programa Viola Minha Viola, da TV Cultura, o seu primeiro DVD: “Trajetória: Seis décadas de música brasileira com Inezita Barroso e o Regional do Tico-Tico”. Junto com ele, recebi também o livro “Inezita Barroso: A história de uma brasileira”, com “orelhas” assinadas por mim. O livro demorou sete anos para vir a público, pois o seu autor, Arley Pereira, faleceu durante o processo de elaboração da obra.

POR DENTRO DA MÍDIA
Ouça a entrevista com o produtor musical Fernando Jatobá, clicando: http://pordentrodamidia.com.br/cascudo-15/

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

ALEGRIA TOMA CONTA DO IBIRAPUERA


Aos poucos, a multidão foi ocupando ontem os espaços do parque do Ibirapuera para assistir números musicais anunciados previamente pela imprensa. Tudo gratuitamente. O motivo era a despedida do ano de 2013 e achegada de 2014.
Por volta das 22hs o grupo Demônios da Garoa ja dominava a cena, interpretando músicas tradicionais do seu repertorio.
A euforia foi crescendo à medida em que eram chamados ao palco artistas como Fabiana Cozza, Toninho Ferragutti e Luiz Airão para cantar com acompanhamento do grupo musical que eternizou as músicas de Adoniran Barbosa.
Cantaram-se, além de sambas, marchinhas de carnaval e baiões de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira como Assum Preto e Asa Branca, com o brilho da sanfona de Ferragutti (abaixo) e do vocal/instrumental dos Demonios.
Dominguinhos - e Anastácia - foi lembrado através do clássico popular Eu só quero um Xodó.
O ápice da programação foi alcançado quando o Demonios da Garoa cantou Trem das Onze e logo depois iniciou a contagem regressiva.
Um porém: muita gente ficou frustrada pela não queima de fogos tão esperada no Parque do Ibirapuera.
Foi uma festa de paz, com a presença de muitas crianças, acompanhadas de pais e avós.

sábado, 21 de dezembro de 2013

VIVA REGINALDO ROSSI‼!


O verão chegou há pouco.
Há pouco foi sepultado, em Recife, o corpo de cantor e compositor Reginaldo Rossi
Há 33 anos se despedia deste mundo Nelson Rodrigues.
O que tem a ver entre Reginaldo Rossi e Nelson Rodrigues, além de ambos terem sido pernambucanos, de Recife?
Reginaldo interpretou, como poucos, o sentimento do povo para o povo.
Nelson, por sua vez, interpretou o cotidiano do povo para a elite.
Nascido em 1912. O recifense Nelson Rodrigues tornou-se polemico por suas frases curtas e bombásticas, e também por sua obra recheada de romances e peças teatrais.
No total foram 9 romances e 17 obras para teatro, entre as quais a dissonante Anti-Nelson Rodrigues, que foi a palco pela primeira vez em 1974, um ano depois de o autor por nela ponto final.
Reginaldo Rossi, que iniciou a carreira no começo dos anos 60, nasceu em 1944, deixando cerca de 300 músicas gravadas em mais de 30 discos, dos mais diferentes formatos. A sua música era simples e tocava fundo o coração do povo. Não será nenhuma surpresa se dentro em breve ele se tornar cult.
Nelson representou para a dramaturgia brasileira o que Willian Shakespeare representou para o mundo.
Em comum o que há entre ambos?
A busca de pérolas do poço da cultura popular. Mais: Eles detestavam Papai Noel.


ASSOMBRAÇÃO E PAPAI NOEL
 À meia noite de ontem para hoje fui conhecer a Casa do Núcleo, no Alto de Pinheiros. Surpreendi-me pela simplicidade e aconchego da Casa. Fui especialmente por duas razões: conhecer a casa, obviamente e ouvir o  violeiro meu amigo Paulo Freire, que cedo encantou-se com os mistérios de Minas e lá foi aprender os segredos da viola caipira.
Ele esteve fantástico, como sempre, contando causos de assombração e cantando ao som da sua viola, entre os causos, surgiu a figura ridícula de Papai Noel na capital de São Paulo.
O Noel vendido pelo capitalismo assustou e embasbacou Manoelzão, um dos grandes personagens do mineiro João Guimarães Rosa.
Tenho pena do Papai Noel e de quem o inventou.

INEZITA BARROSO
 Aos 89 anos de idade, a paulistana Inezita Barroso lançou na ultima 6a. feira o seu primeiro DVD.
Foca o registro.

sábado, 7 de dezembro de 2013

JOÃO SILVA, ADEUS!

http://www.youtube.com/watch?v=XlfAgl7PcM0

O pernambucano de Olho da Agua, João Leocádio da Silva, um dos mais inspirados compositores da chamada música nordestina, foi encontrado morto ontem no apartamento onde morava em Boa Viagem, Recife, aos 78 anos de idade.
João Silva, como ficou conhecimento nacionalmente começou a compor no final dos anos 1950. No começo da década seguinte, ele já se achava no Rio de Janeiro apostando na sorte.
Não demorou, e conheceu o conterrâneo Luiz Gonzaga, rei do Baião.
Antes de se tornar parceiro do criador do baião, João Silva já havia composto dezenas de músicas que foram gravadas pelos mais diferentes intérpretes. A sua relação com Gonzaga renderia pouco mais de 50 obras. Os dois últimos discos do artista de Exu teve o repertório todo recheado com a assinatura dos dois.
Em entrevista que me concedeu em São Paulo para o programa Tão Brasil, que apresentei na All TV, João Silva contou um pouco da sua história e do sonho realizado de conhecer Luiz Gonzaga e com ele fazer muitas parcerias musicais, algumas que alcançaram grande sucesso, como Deixa a Tanga Voar e Pagode Russo, um composição instrumental originalmente gravada em 1946 pelo próprio autor, Luiz Gonzaga. Detalhe: em 1978, João Silva atreveu-se a por letra, que virou um clássico.
Curiosidade: Pouco antes dessa música ser gravada com a letra de João, eu tive a alegria de escutá-la num quarto de hotel na capital paulista em primeira mão na voz do próprio Gonzaga, que ao fim da execução, soltou uma gargalhada e me perguntou:
- Gostou?
Nessa mesma ocasião ele me apresentou uma obra do compositor Jurandyr da Feira. Mas esta é outra história.
Agora clique lá em cima, para ouvir João Silva falando a seu respeito na entrevista que coloquei no ar.

domingo, 24 de novembro de 2013

GRAMMY LATINO E GONZAGÃO


Por telefone, recebi ontem no final de noite, que o meu nome se achava entre os discos premiados na 23ª edição do Grammy Latino. O disco em questão, traz repertório com músicas do cantor e compositor mineiro Téo Azevedo, ora em homenagem ao rei do baião, ora pelo rei do gravadas.
O disco, produzido por Téo, concorreu ao lado de dezenas de outros, de Roberto Carlos a Elba Ramalho, de Caetano Veloso a Clarice Falcão.
A festa da premiação ocorreu anteontem no final da noite em Las Vegas.
A ilusão a meu nome deve-se ao fato de eu ter participado do disco produzido por Téo Azevedo, gravando de minha autoria um poema e uma texto biográfico sobre Luiz Gonzaga. A faixa de número 15, poema: "Um baiãozinho para meu rei do baião".
Detalhe: o CD "Salve Gonzagão" está esgotado, e dele também participam Genival Lacerda, Caju & Castanha, Jackson Antunes, Fatel e Luiz Wilson, José Fábio e Cézar Abianto, Cézar do Acordeón, além de Dominguinhos ( sua última participação em discos).

Especial Memória da Cultura Popular: quer saber mais sobre Luiz Gonzaga? Então clique aqui.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

PARA VER MELHOR (2)

É largo e profundo
O país da escuridão
Nele tateei e não achei
Um elo de ligação
Entre a realidade
E o sonho da salvação

Pelas mãos da solidão
Eu passei a caminhar
De repente eu encontrei
Um cantador popular
Que sabia como ninguém
Em versos filosofar

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

PARA VER MELHOR

Amanhã vou mergulhar
No país da escuridão
Para ver como é que é
A vida longe do sertão
Tomara que a dor não doa
Nas profundas do coração

Andar no breu da vida
Fortalece pés e visão
Quem tem medo de andar
Sucumbirá na solidão
Do desconhecimento
De sentir o próprio chão

sábado, 9 de novembro de 2013

AULA DE INTELIGÊNCIA NA JOVEM PAN

http://www.youtube.com/watch?v=nYDbO1ln6vk
O presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos, ANTP, engenheiro Ailton Brasiliense, deu ontem uma aula de sensibilidade, inteligência, profissionalismo e brasilidade aos jornalistas e apresentadores do programa Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan, que o entrevistaram. Ele falou do colapso no trânsito da capital paulista e criticou a omissão do poder público, que nada faz ou faz pouco para mudar a situação que aflige a população trabalhadora.
rasiliense fez uma ligeira retrospectiva do crescimento da cidade, lembrando o salto populacional que São Paulo sofreu nos últimos 200 anos, lembrando que o crescimento tem ocorrido aleatoriamente em benefício de particulares, e que isso não pode continuar.
Para ele, a cidade ideal pode ser uma realidade daqui a uns 20 anos.
Enquanto isso, o governo federal continua incentivando o uso de automóveis nas ruas do País; e a Fundação Getúlio Vargas, com base em pesquisa que acaba de divulgar, indica que 54% dos moradores de São Paulo estão endividados e os principais motivos são a emissão de cheque especial e a compra de automóveis.
O óbvio que o governo insiste não enxergar: é preciso melhorar a qualidade nos transportes públicos, investindo, inclusive, no transporte sobre trilhos.
Ainda estamos no século 12, disse Ailton Brasiliense aos ouvintes da Jovem Pan.
.........................................................................
Tendo um tempinho, clique nas linhas azuis lá de cima e cá de baixo, para saber um pouco sobre o INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL, IMB. E um bom sábado para todos nós.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

FARO E O PROGRAMA MÓBILE

http://pordentrodamidia.com.br/bandidagem-in-natura/
Hoje foi dado o tiro de misericórdia no moribundo modo de ouvir rádio na faixa AM no País. Decreto que dá fim ao AM, assinado por Dilma Rousseff, determina que essa faixa migre para o modo FM.
Atualmente há cerca de 10 mil emissoras espalhadas nos 26 Estados e no Distrito Federal.
Entre elas se acham as educativas e as comunitárias.
Quem ganha com isso é o ouvinte.
O rádio está presente em cerca de 90% das residências brasileiras.
Quem inaugurou oficialmente o rádio no Brasil foi o presidente paraibano Epitácio Pessoa, no dia 7 de setembro de 1922.
A primeira obra musical transmitida pelas ondas hertzianas foi O Guarani, do paulista Carlos Gomes, o maior compositor operístico das Américas.
A ópera O Guarani foi baseada no romance homônimo do cearense José de Alencar.
O pai do rádio brasileiro é o padre Roberto Landell de Moura, um gaúcho nascido em Porto Alegre, no ano de 1861.

RADIALISTA

E hoje também, Dia do Radialista, vai ao ar pela TV Cultura, canal 2, da Fundação Padre Anchieta, um dedo de prosa entre mim e o metre da televisão brasileira Fernando Faro, o “Baxo”, gravado há pouco mais de um mês.
Prosa boa, solta. Para o Baxo (aí em cima comigo, no clic de Jair Magri) a gente vai contando coisas já esquecidas, mas que voltam à lembrança como num passe de mágica. E lá estou eu falando da minha infância, da música,
do rádio que sempre me encantou e da tuberculose que me pegou
de jeito nos anos iniciais dos 70.
Com Faro rolou um papo totalmente fora de pauta.
Viva o Faro!
PS - A foto ao lado registra a presença de Faro numa das edições do programa São Paulo Capital Nordeste, que apresentei por mais de seis anos, ao vivo, na Rádio Capital, de São Paulo.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

RC DISSE BESTEIRA

http://pordentrodamidia.com.br/caetano-empresario-esta-pulando-numa-frigideira-quente/
Outro dia Roberto Carlos, sem ter o que dizer, disse que ao escrever uma biografia o biógrafo vira dono da história do biografado.
Claro que isso não é verdade, pois a vida das pessoas é única e por isso mesmo intransferível;
A afirmação de Roberto, totalmente irresponsável, atinge e fere profundamente os profissionais do ramo.
Mas o pior é que ele pode ter dito isso inspirado em experiência própria.
Não custa lembrar que o velho monarca da juventude transviada de outrora já foi acusado de apropriar-se indevidamente de obras de outros autores e por isso condenado a ressarcir os reclamantes por decisão judicial.
Há muitas notícias a respeito, nos arquivos de jornais e revistas.
Hoje o jornal paulistano Folha de S.Paulo traz notícia (recorte acima) dando conta do afastamento de Roberto da Associação Procure Saber, até aqui comandada pela negociante Paula Lavigne.
Atenção! Na linha azul, lá em cima, tem coisa. Clique, não custa. Enfim, como dizia mestre Millôr: o livre pensar, é só pensar. E a livre expressão a nossa Constituição garante. No mais, pensar é bom e os neurônios agradecem. Pensem, pensem e opinem, minha gente.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

FORA, GIRAFA, HOJE É O DIA DO SACI!


É demais: Halloween, Obama e agora essa girafinha com cara de idiota a desviar atenções dos navegantes do Fecebook. Essa girafinha é zebra! E só os bestas caem na brincadeirinha ridícula que inventaram pra ela.
Ao invés de cairmos na esparrela de lhe dar bola, por que não continuarmos a discutir os problemas do nosso dia-a-dia, como a prisão dos quatro auditores que meteram a mão no cofre público da prefeitura paulistana e de lá sacaram para seus bolsos pelo menos 500 milhões de reais?
Por que não continuarmos a discutir a questão biografias que envolve alguns medalhões da MPB, como Chico, Caetano, Roberto, Gil e Erasmo, que estão enfiando o pescoço na terra e mostrando a bunda que nem avestruz.
Pois é, essa girafinha é zebra, embora seu canto seja uma espécie de canto de sereia: embriaga.
Vocês leram a notícia de que o Governo Federal continua gastando mais do que arrecada?
Pois é, o déficit primário chega a 10 bilhões e meio de reais. É o maior em 17 anos.
Não está na hora de dar um chute na bunda dessa girafa e manda-la para o quinto dos infernos?
Se o meu amigo saci tivesse duas pernas, eu o incumbiria dessa tarefa.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PEIA NO CAETANO

Em 1933, e aos moldes dos geniais repentistas do Nordeste, os cariocas Wilson Batista e Noel Rosa promoveram entre si uma peleja que resultou num punhado de pérolas musicais. A disputa visava identificar o melhor dos dois. Deu empate. Oitenta anos depois, o bicho grilo mano Caetano enfiou seu bedelho para faturar uma fatia chamando Noel de preconceituoso de seu tempo. O bicho grilo Cae Caetano é um bobão oportunista. Por isso...

Esse cara fala muito
Esse cara é baiano
Esse cara nada diz
Esse cara é Caetano

Pula fora Caetano
Essa praia não é tua
Corre, corre, corre, corre
Senão à peia vais pra pua

Noel Rosa, um dos gênios da música brasileira, encantou-se aos vinte e três anos, quatro meses e uma semana, deixando uma obra - em domínio público - que chega a 250 títulos.

Imagem: Clá.

sábado, 19 de outubro de 2013

ERA UMA VEZ...

Aquele sábado 19 de outubro de 1913 chegou trazendo à vida um menino carioca de nome Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, que o tempo faria famoso.  
O menino foi crescendo e estudando um monte de coisas, até que um dia se fez diplomata; e como tal passou a correr o mundo representando as cores do Brasil.
Mas o menino era ambicioso e queria mais e mais, muito mais: queria ser poeta.
E o menino, que virara diplomata, um dia se fez poeta.
E o diplomata e o poeta passaram a andar juntos por aí a fora.
Mas logo o diplomata começou a atrapalhar os passos do poeta, impedindo-o que brincasse, usasse roupas simples e chegasse de volta em casa tarde da noite.
O poeta gostava da noite, da lua, das estrelas.
O poeta gostava também de estar sempre ao lado de amigos e amigas, de caminhar na areia da praia e molhar os pés nas águas da beira-mar; o diplomata, não.
O diplomata era um homem sério
E por não mais querer ter seus passos cerceados, o poeta decidiu dispensar o diplomata e seguir a vida ao lado de outros poetas, como Bandeira, Drummond e Neruda.
Mas o poeta também gostava de música, e por gostar de música ele resolveu fazer música.
E fez um monte de músicas, junto com os amigos Paulo, Haroldo, Toquinho, Tom, João, Ary e muitos outros.
O poeta que um dia dispensou o diplomata ficou conhecido em boa parte do mundo pelo diminutivo de Poetinha.
E viva, pois, o Poetinha que um dia disse ser São Paulo o túmulo do samba! 
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