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domingo, 26 de novembro de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (55)
sábado, 25 de novembro de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (54)
sexta-feira, 24 de novembro de 2023
O PAPA, LULA E TERROR. E AÍ?
Israel está fazendo o que o Hamas começou, há um mês e meio.
O noticiário dá conta de que o Exército israelense já matou mais de 15.000 palestinos, incluindo gatos pingados do Hamas. O mesmo noticiário internacional dá conta de que as baixas israelenses são, desde o fatídico 7 de outubro, 1.200 pessoas.
Tem muita coisa errada nessa história.
O que o Papa disse sobre o Hamas e Israel, Lula já tinha dito ali pelo dia 8 ou 9 do mês passado.
Hoje 24, caminhões com víveres e tal estão chegando a quem ainda está vivo na Palestina.
O grupo extremista Hamas soltou 30 e poucos reféns, dos 240 sequestrados. Em troca, Israel tem de soltar pelo menos 150 palestinos, entre crianças e mulheres.
No começo dos anos 1980, Israel homenageou a brasileira Aracy.
Aracy Moebius de Carvalho Guimarãe Rosa (1908-2011), no caso, era viúva do escritor mineiro João Guimarães Rosa (1908-1067).
A homenagem deveu-se ao fato de dona Aracy, que era paranaense do Rio Negro, ter salvado centenas e centenas de judeus das garras de Hitler. À época, a viúva de Guimarães Rosa trabalhava no consulado de Hamburgo, Alemanha.
Entrevistada sobre o assunto, dona Aracy disse apenas que agira certo, com justeza.
domingo, 19 de novembro de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (53)
quinta-feira, 16 de novembro de 2023
VAMOS FALAR DE BOA MÚSICA?
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Assis Ângelo e Manezinho Araújo |
É grande o número de cantoras e cantores e recomendo uma visita à obra de Manezinho Araújo, Carmem Costa, Maria Bethânia e por aí!
Manezinho Araújo, com quem tive a alegria de partilhar a amizade, deixou uma obra musical muito significativa. Neste ano de 2023 completam-se 90 anos da primeira gravação de de Manezinho em disco de 78rpm..
Além de emboladas, Manezinho gravou sambas, toadas, canções e outros ritmos.
Carmen Costa foi uma cantora muito importante para a nossa música. Cantava com alegria, extraíndo da garganta a beleza da sua alma. Nasceu em 1920. Eu a entrevistei. Perguntei sobre Luiz Gonzaga, Rei do Baião.
E Bethânia?
A filha de dona Canô é irmã de Caetano, recebeu na pia batismal o nome de Maria Bethânia por causa de uma canção de mesmo nome composta pelo pernambucano Capiba.
É bela e rica a cultura musical popular do Brasil.
É isso. Acesse:
terça-feira, 14 de novembro de 2023
BAMBAS NEGROS DO BRASIL. VIVA!
ESTÃO NO CÉU
domingo, 12 de novembro de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (52)
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Diário Carioca |
Era propósito de Tinhorão fechar o ciclo de pesquisas que iniciou em fins dos anos de 1940 com um livro sobre licenciosidade ou "putaria", como dizia fazendo graça aos amigos mais próximos.
Ele achava um barato e como tal respeitava os cordelistas, também chamados de "poetas de bancada".
De fato, os cordelistas são grosso modo bastante inspirados.
A literatura de cordel é classificada por ciclos temáticos: religião, cangaço, guerra, política, personalidades, esporte, erotismo, feitiçaria, gracejo e tal.
Dentre o material "garimpado" para fechar seu próprio ciclo como pesquisador ou historiador como preferia ser chamado e não como crítico musical, Tinhorão começou a reunir folhetos de cordel e livros nacionais e estrangeiros que tratassem de putaria. Foi assim que caíram em suas mãos Manoel Monteiro, Franklin Maxado, Klévisson Viana, Bastinha Job, Dalinha Catunda e outros.
No folheto de oito páginas Um Jumento e Duas Doidas as autoras, em peleja, se desafiam numa quase agressão. Começa assim:
DALINHA CATUNDA
Eu sou nordestina
Da cabeça chata
Raiva não me mata
E nem me alucina
Olhando sua crina
Pensei em montar
Se me derrubar
Não tem nem talvez
Até lhe amansar
BASTINHA JOB
Também sei montar
Cedinho aprendi
Jamais esqueci
Achei bom trepar
Melhor é gozar
De tanto prazer
Corpo e alma gemer
Sentir alegria
Que até contagia
Quem meu verso ler!...
O paraibano Manoel Monteiro sustentou a família publicando e vendendo folhetos Nordeste afora. Era chegado a gracejos e até explícito nas suas incursões que fazia no campo erótico. Em Mulher Gosta de Ouvir, por exemplo, indicava já na capa ser "impróprio para menores de 90 anos". Veja:
Qual a mulher que não gosta
De ter o homem que ama
Com o corpo nu sobre o seu
No vai e vem duma cama
Ofegante e meio torpo
Com as mãos a roçar-lhe o corpo
E a boca a sugar-lhe a mama?...
O SEDUTOR CASANOVA
É provável que você nunca tenha ouvido falar em Aretino, Pietro Aretino.
Casanova e Aretino amavam amar mulheres e escrever tudo que sentiam e viam ao derredor. Os dois tinham em comum, além disso, o fato de serem italianos. Viveram, porém, em tempos diferentes.
Casanova nasceu em 1725 e morreu em 1798. Seu livro mais conhecido é A História de Minha Vida, em quase 4 mil páginas manuscritas.
Aretino morreu em 1556, aos 64 anos de idade. Seu livro mais conhecido é Sonetos Luxuriosos.
Casanova tinha um ídolo: Pietro Aretino.
Para Casanova, acabo de gerar o poeminha abaixo:
Ora pois eu sei que fui
Bom aluno e professor
Na escola aprendi
Os segredos do amor
Desde então eu parti
Pra viver com destemor
Eu sou o personagem
Das histórias de amor
Muitos mentem sobre mim
Comigo fazem terror
Eu não sou o que dizem
Tampouco sou sedutor!
Era veneziano
O mais famoso sedutor
Nascido para ser padre
Desistiu foi professor
Pra com calma ensinar
Os caminhos do amor
Foi um aventureiro
Diferente dos demais
Não pensava duas vezes
Pra quebrar regras legais
Pra ele certas coisas
Eram muito naturais
A mãe era uma atriz
E o pai um bom ator
O casal teve seis filhos
Entre eles um pintor
Que fixou em tela
O mano galanteador
Era um cara simples
Bonito e elegante
Andava bem vestido
Com firmeza, confiante
Chamava a atenção
Por ser também galante
Varão, forte e viril
— E bem dotado também!
Andou por todo canto
Num eterno vai e vem
Verdade seja dita
Nunca dormiu sem ninguém
Casanova era fã
De Pietro Aretino
Um poeta sem vergonha
Devasso e cretino
Diziam inimigos
Do ousado libertino
Mas ele não ligava
Pois tempo não perdia
Gostava de bom vinho
De mulher e putaria
Quando queria chamava
O Deus Baco pra orgia
Por um rabo de saia
Tudo fazia num piscar
Leão caçava a pau
E onça fazia miar
Do céu tirava o sol
Somente pra se mostrar
Casanova foi um cara
Que gostava de pecar
E pecava todo dia
Sem poder se controlar
Sua fama ele fez
Pra na história ficar
No seu tempo fez de tudo
Com beleza, alegria
Seu prazer era o prazer
Que dava e recebia
Casanova fez de tudo
Com mulher o que queria
Um amante completo
No rigor da perfeição
Casanova sempre foi
Um mestre da sedução
Pra ele toda mulher
Era benção da Criação
Esse cara tudo fez
Inda mais até faria
Pra um dia ser lembrado
Pelas coisas que sabia
No seu mundo aprendeu
A viver com ousadia
Casanova nunca teve
Nem limite nem noção
Por uma mulher gostosa
Agarrava até o cão
o Inferno todos sabem
É o mundo da perdição
Pode ser pode não ser
Verdade o que contou
Mas ele contava bem
As batalhas que travou
Sua luta era na cama
Com as mulheres que amou
Nesse mundo ele passou
Amando e sendo amado
Pra onde quer que fosse
Era sempre desejado
As mulheres viam nele
Um macho apaixonado
Casanova não fumava
Casanova não bebia
Casanova tinha medo
De brochar em plena orgia
Por isso se cuidava
Pra fazer o que fazia
O cara no entanto
Não era brinquedo, não
Estava sempre pronto
Para entrar em ação
Mulher ele chamava
Para chamegar no chão
Viver é coisa boa
Mas é bom ter cuidado
Quem anda sem destino
Pode pegar trem errado
Um trem de pés pra cima
É um trem descarrilado
Pacato de bom papo
Detestava confusão
De briga ele fugia
Sem nem topar discussão
Porém um dia foi preso
E atirado na prisão
Fora vítima de quem
E qual a acusação?
Quem seria seu carrasco
Alguém da inquisição?
Ou um maluco qualquer
Sem rumo, sem direção?
Agora o que fazer
Ali encarcerado
Que nem um preso qualquer
Depois de condenado?
Fugir, tinha de fugir
Pra não ser crucificado
Pra isso fez um plano
Pra lá de bem bolado:
Furar uma parede
Subir lá no telhado
E pronto! Estava livre
Que nem um ser alado
Muita coisa ele fez
Até mesmo por compulsão
Estudou e aprendeu
A arte da tradução
Não à toa encantou-se
Com Homero e com Platão
Teve tempo pra ouvir
Muito tempo para ler
Escutando aprendeu
A cultura do saber
Seguindo essa trilha
Completou-se no prazer
Traduziu Elíada
Para italianos
Livro trata da guerra
Entre gregos e troianos
Que começou com um rapto
E durou mais de dez anos
Aprendeu tudo que quis
No belo campo da cultura
Leu Dante, Camões e Sade
Mestres da literatura
Porém ele aprendeu
A viver com pica dura
Tinha sorte no amor
E no jogo tinha azar
Não sabendo o que fazer
Ajoelhou-se pra rezar
Seu destino era perder
Muitíssimo antes de ganhar.
Morreu longe de casa
Esquecido sem ninguém
Distante das mulheres
E dos seus filhos também
No jogo perdeu tudo
Um por um cada vintém
sábado, 11 de novembro de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (51)
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Franklin Maxado |
A poesia popular é a poesia feita por pessoas não letradas, sem nenhuma ou pouca frequência nos bancos escolares; ao contrário do que podemos classificar de erudito ou erudita.
Olavo Bilac, Manuel Bandeira, Drummond eram eruditos, por exemplo.
Populares aí falei de homens, mas não são poucas as mulheres que se aventuram nesse campo. Entre essas Dalinha Catunda (Maria de Lourdes Aragão Catunda), Bastinha Job (Sebastiana Gomes de Almeida Job), Nevinha (Maria das Neves), que entrou para a história da cultura popular ao publicar o primeiro folheto intitulado O Violino do Diabo ou o Preço da Honestidade. Ela usava o pseudônimo do marido. Mas essa é outra história.
sexta-feira, 10 de novembro de 2023
EU E MEUS BOTÕES (74)
Confesso que achei meio esquisito, pois ainda não me acostumei a certas coisas. Digo isso porque nem bem cheguei à casa e logo fui cercado pelos amigos que atropeladamente perguntavam o que havia ocorrido comigo. Pedi calma. Contei que fizera uma viagem de última hora à Grécia. Deu tudo certo, não fosse a irresponsabilidade que me levou a esticar as pernas até Israel. Eu jurara a mim mesmo que na primeira oportunidade iria pagar pecados de amigos no Muro das Lamentações. Eu nem acabara de dizer isso, justificando minha ausência na casa, os amigos caíram na risada.
"Desculpa, chefe", disse se levantando o brutamontes Lampa, acrescentando: "Desculpa de novo, mas eu não consigo imaginar o chefe ajoelhado rezando num muro e pedindo a Deus que apague os pecados dos amigos!".
Dessa vez fui eu que não aguentei e caí na gargalhada. Outros me acompanharam.
Zilidoro pediu a palavra e antes mesmo que todos cedessem o aparte pedido, foi logo dizendo que Lampa estava enganado. Explicou: "Lá no Muro pecador não se ajoelha pra rezar".
"Lampa é uma besta!", falou em voz alta Barrica. Bil, seu irmão, disse que Lampa é uma besta mesmo. E nem acabara de dizer isso, Lampa deu um pulo do tamborete ameaçando: "Se repetir eu te sangro!".
Barrica repetiu.
Lampa, suando e babando feito um bicho, partiu pra cima dos irmãos Barrica e Biu.
Tumulto feito, Lampa foi imediatamente imobilizado. E desarmado.
A turma do chega disso, que somos todos nós, evitou que algo grave pudesse acontecer.
Ânimos acalmados, pedi que Barrica e Biu se desculpassem apertando a mão de Lampa.
Com cara de poucos amigos, Lampa apertou a mão dos irmãos cuspindo de lado. E resmungando disse: "Na próxima não vou apertar a mão de feladaputa nenhum".
Bom pessoal, recomecei. Faltei a várias reuniões porque fiquei preso em Israel.
Zoião, Zé, Jão e Mané se levantaram e curiosos perguntaram em uníssono: "Seu Assis, o Sr. viu a guerra?".
Não só vi, eu disse, escapei dela no primeiro avião que pude.
E todos bateram palmas.
Encerrando, Zilidoro abriu a boca pra dizer que "Estamos no fim do mundo!".
quinta-feira, 9 de novembro de 2023
OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE
O IVO DA IVA
Dias depois, avançando nos estudos, a professora pedia pra repetir: Ivo viu a uva...
Pois bem, essas histórias continuam ilustrandi as paredes da minha memória.
Ontem 8 acompanhei a aprovação da Reforma Tributária no Senado. No placar: 53 × 24. Foi quando me lembrei do Ivo.
Vamos fazer de conta de que Ivo é Iva e Ivo é Ivo mesmo.
Ivo representa o governo que temos e Iva é o povo que ganha nada ou muito pouco.
Na reforma em pauta IVA é a sigla Imposto sobre Valor Agregado. Esse imposto reunirá IPI, PIS e tal. Ouça:
quarta-feira, 8 de novembro de 2023
HÁ 31 ANOS MORRIA PENSAMENTO
terça-feira, 7 de novembro de 2023
VIVA A PREGUIÇA!
GUERRA É COISA DO CAPETA!
Eles abandonaram seus cursos, deixaram seus países, mudaram seus valores, adotaram uma nova língua. Vieram construir o lar nacional judeu. Em Bror Chail — fazenda coletiva israelense —, nosso repórter Eurico Andrade presenciou o resultado da fusão do jeitinho brasileiro com os ideais socialistas e a mística da Terra Prometida. Em Israel, esse pequeno país encravado entre o mar, o deserto e a morte, 85 mil pessoas vivem na fazendaGUERRA E PAZ NO KIBUTZ
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