Brasil de grandes craques
De Pelé, Zico e TostãoDe grandes escritores
De mestres da criação
Landell criou o rádio
E Santos Dummont, o avião
Em 1881, Roberto Landell de Moura tinha 20 anos de idade.
Naquele ano, e lá se vão 140 primaveras, o “bruxo do Cosme Velho” inaugurava o movimento Realista na literatura nacional com o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas.
O bruxo, no caso, era o escritor Machado de Assis (1839-1908).
Naquele mesmo ano, em Roma, Landell de Moura era estudante da Universidade Gregoriana.
Brás Cubas inicia sua narrativa falando de quando morreu e porque morreu aos 64 anos, solteirão. Causa mortis: pneumonia. À beira da cova 11 amigos, mais a irmã Sabina e uma mulher de preto, cujo nome ele deixa em suspense.
Roberto Landell de Moura concluiu os estudos e ordenou-se padre, retornando ao Brasil 1887.
Paralelamente aos estudos teológicos, Moura concluiu os cursos de Química e Física.
O mundo vivia em estado de ebulição.
O padre, sem desviar de suas funções religiosas, dedicava-se a pesquisas que o poriam nos caminhos da descoberta do rádio. Foi pioneiro nesse campo, embora boicotado até por autoridades brasileiras.
O caso é que Roberto Landell de Moura é o verdadeiro inventor do Rádio, e não o italiano Guglielmo Marconi (1874- 1937). Essa história é longa, mas está chegando ao final. Num bom final.
A segunda parte do século XIX foi muito movimentada, em todos os setores do cotidiano.
E ao mesmo tempo que novidades revolucionavam o século, o povo sofria com mazelas de todo o tipo.
No romance inaugural do movimento Realista, personagens são atacados pela febre amarela. Incluindo a jovem com quem Cubas pretendia se casar: Nhã Lo Ló.
A febre amarela chegou ao Rio quando Machado tinha 10 anos de idade, atingindo quase a metade da população, que era de 266 mil habitantes.
E voltou em 1928, matando mais de 400 pessoas em 40 regiões diferentes.
Landell de Moura morreu no dia 30 de junho de 1928, de tuberculose. Quer dizer, as desgraças continuam ocorrendo de todos os modos e em todos os cantos do Brasil e do mundo.
Já existem vários livros contando a história de Roberto Landell de Moura.
A obra machadiana é extensa. E nela o autor procurou deixar à posteridade o comportamento da sociedade do seu tempo. Era cáustico, ferino, crítico, irônico...
Ah! A mulher de preto atendia pelo nome de Virgília, que fora amiga de infância e o tempo a fez sua amante.
Cubas morreu aos 64 anos de idade, sem filhos.
Landell de Moura, nascido no dia 21 de janeiro, morreu aos 67 anos de idade, sem filhos.
Leia mais:
https://assisangelo.blogspot.com/2012/09/e-brasileiro-o-inventor-do-radio.html
https://assisangelo.blogspot.com/2011/05/antes-tarde-do-que-nunca-viva-landell.html
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