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sexta-feira, 9 de abril de 2021

VIVA O NORDESTE EM SAMPA!

São Paulo é uma terra gigante, de gigantes.
São Paulo é uma Babel, de gigantes nordestinos. Homens e mulheres, lembremos. Pretos e brancos, altos e baixos, todos.
Pelo menos 3,5 milhões de nordestinos habitam o território paulistano. 
Eu, Tom Zé, Jarbas Mariz, Cacá Lopes, Costa Sena, Darlan Zurc, Carlos Silvio, José Cortez, José Nêumanne, Luiza Erundina, Zeca Baleiro, Luiz Wilson, Gereba, Chico César, Anastácia e uma "galera do barulho", como diz Anninha da Hora.
Eu sou de lá, e por ser de lá como lembrava o compadre Dominguinhos em gravação "reincidente" de Zé Ramalho, cá estou em Sampa desde 1976.
Ô cidade boa.
Aqui desenvolvi a carreira de jornalista iniciada em João Pessoa, PB.
Aqui encontrei e reencontrei muitos conterrâneos, Vandré, Hermeto, Roberto Luna e tantos e tantos.
O professor e amigo Anderson telefona pra dizer que seu pai Luiz Gonzaga Sobrinho está completando 60 anos de idade. Já passei por isso.
Seu Luiz Gonzaga, homônimo do Rei do Baião, nasceu no município potiguar de Bom Jesus. Chegou em São Paulo em 1974 e cinco anos depois casou-se com sua conterrânea Elza, com quem gerou três filhos: Emerson, Anderson e Robson.
Seu Luiz, pai desses meninos aí, é o nordestino que honra o torrão paulistano.
E assim do nada, de repente, Anna da Hora que ora me escuta pergunta: "E a Tia Ciata do samba, era nordestina?".
Pois é, que pergunta!
Hilária Batista de Almeida (1854-1924), por todos chamada por Tia Ciata, nasceu na Bahia e viveu a vida toda no Rio de Janeiro. Foi na sua casa famosa que o samba deu os primeiros passos, ainda agarrado às pernas do maxixe: Pelo Telefone.
Ouça na voz do primeiro cantor profissional do Brasil, Bahiano: 

 

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