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terça-feira, 22 de julho de 2014

HOJE É DIA DE RONIWALTER JATOBÁ

Jornalista e escritor, Roniwalter Jatobá (aí na foto, ao lado de Geraldo Vandré e Darlan Ferreira) nasceu em Campanário, Minas, no dia 22 de julho de 1949, criou-se em Campo Formoso, Bahia e ficou famoso a partir de São Paulo, capital, onde, diga-se, ambientou várias de suas histórias publicadas num monte de livros para leitores de todas as idades.
Roni, como os mais chegados o chamam, é vice-presidente do Instituto Memória, IMB.
Nossos parabéns pelo aniversário.
Tim, tim, viva Roni! 
Na foto, da esquerda para a direita: eu, Andrea Lago, Audálio Dantas, José Ramos Tinhorão, ar irmãs cantoras Celia e Celma e Roniwalter 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

SERTANEJOS & SERTANOJOS

Nivelado por baixo, este mundo globalizado de guerras e injustiças sociais tem servido para mostrar quão descabida - e ridícula - é a insaciável gula por grana de algumas figurinhas-chave do showbiz nacional.
Esse mundo a que me refiro, perigosíssimo, tem servido para glorificar seres situados abaixo da linha da mediocridade e desejosos de sucesso e dinheiro fáceis.
O nosso filósofo de plantão nas tardes e noites televisivas de domingo, Sílvio Santos, há muito tem espalhado o bordão que nos leva a crer que na vida “É tudo por dinheiro”, mesmo, ou nada feito.  
A realidade mais das vezes ultrapassa a perversidade e a ficção, transformando gente em coisas.
Agora mesmo, por exemplo, a TV Globo, através do programa Fantástico – só podia ser -, com 13'36'', anuncia que seguirá os passos de Michel Teló no seu desejo de contar a história da música sertaneja nas estradas Brasil adentro, mostrando que o nosso País mudou, virou sertanejo pop.
Que tal Teló como historiador musical, hein?
Sete entre dez músicas tocadas no rádio brasileiro em 2013 eram, dizem, de estilo “sertanejo”.
Mentira!
Música sertaneja é outra coisa e seus autores não atendem por Luan, Léo, Victor e tampouco por Michel Teló.
Essas músicas que invadiram o dial a custo de muito investimento financeiro são “sertanojas”, isso sim, de estilo “sertanojo”, de gosto duvidoso, de letras chulas e repetitivas, ou, segundo o imaginário popular, "música consola corno", chorosas, piegas etc.
Pois é, e este ano já são duas em três coisas dessas tocadas no rádio com o carimbo “sertaneja”, donde é de se concluir que o Brasil, sempre tão rico, está piorando em movimentos largos, em todos os sentidos.
E assim o Brasil vai perdendo sua identidade... E assim, a galope, o Brasil vai perdendo, infelizmente, a sua identidade.
“Quando chegou na nossa mão (Ai se eu te Pego), a gente falou: ‘cara, nós vamos fazer uma música simples, como ela é, mas fazendo a nossa batida’. O violão com levada de vaneirão, mais sertanejinho um pouco, a sanfona. São esses os elementos da nossa música sertaneja de hoje. Uma música caipira pop. Eu fui cantar em países que eu nunca imaginei um dia nem pisar, nem ouvi falar muito, tipo Croácia. Cantei na Rússia, cantamos na Holanda, Japão”, conta Michel Teló.
E lixo por lixo, uma curiosidade: a autoria de Ai se eu te Pego, lançado com estardalhaço por Teló há três anos, permanece até hoje disputada na Justiça paraibana por várias pessoas, entre as quais Karine Vinagre, Amanda Cruz e Aline Medeiros, supostas autoras do refrão que teria sido feito durante uma viagem aos Estados Unidos.
É muita criatividade, não é mesmo?
Essa coisa, que fez um sucesso dos infernos mundo a fora, foi registrada por Sharon Acioly e Antonio Dyggs, também supostos autores.
A proposta do Teló é contar a história da música sertaneja.
Então, tá.
E pensar que fiz isso em 1994, na série Som da Terra...
VOCÊ QUER SABER O QUE É MÚSICA SERTANEJA? Então, clique:
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Jornalistas&Cia - Edição 17

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domingo, 20 de julho de 2014

UM SHOW NOTA DEZ!

Quem foi viu, ouviu e gostou.
Quem não foi, perdeu.
Refiro-me ao espetáculo de única noite, ontem, apresentado por Socorro Lira (acima, na foto de Patrícia Ribeiro) no concorrido e disputado Auditório Ibirapuera no parque de mesmo nome, na capital paulista.
E como se esperava, Socorro deu o seu recado e brilhou desde o primeiro ao derradeiro minuto, chegando a ser aplaudida de pé demoradamente em vários momentos a partir, mesmo, da primeira música cantada (Gaia), de Nilson Chaves e Eliakin Rufino a Amor Cósmico, do cantador repentista Oliveira de Panelas.
Foi de fato um espetáculo e tanto, com a artista passeando com desembaraço por um repertório que incluiu canções e toadas nortistas (Tambatajá, do paraense Waldemar Henrique) e nordestinas (Saga da Amazônia, do paraibano Vital Farias),
Algumas pérolas apresentadas ontem trouxeram a assinatura de inspirados parceiros da artista, como o poeta moçambicano Mia Couto (Poema Didático).
O espetáculo Amazônia, Entre Águas e Desertos (também título do novo CD da artista) durou cerca de duas horas e foi todo gravado e deverá virar DVD ainda este ano.
Eu, Luiza Erundina, Jorge Ribbas e Socorro Lira
Um grupo de oito exímios músicos, capitaneados pelo arranjador e diretor musical pernambucano Jorge Ribbas, acompanhou a cantora na sua impecável apresentação no Auditório Ibirapuera.
De tabela, Socorro deu uma aula de delicadeza e brasilidade.
A cenografia muito bonita foi chancelada pelo artesão das artes gráficas  Elifas Andreato (abaixo, comigo e Darlan Ferreira). 
Viva Socorro Lira!

DIA INTERNACIONAL DOHOMEM
Quem não compareceu ao jantar da Tertúlia Pensão Jundiaí, no último dia 15, clique:

sexta-feira, 18 de julho de 2014

HOJE É DIA DE SOCORRO

Como há muito não ocorria, confesso que dormi muito bem de ontem pra hoje, mas infelizmente acordei mal com a notícia da morte por embolia pulmonar do jornalista e escritor João Ubaldo Ribeiro, aos 83 anos. Ubaldo era um cara incrível, conversador e bom ouvinte sempre de bem com a vida e que tive a alegria de conhecer através do amigo Roniwalter Jatobá, que também é escritor e dos bons como todo mundo sabe. 
João Ubaldo Ribeiro era minucioso nos seus textos e gostava de traduzir seus próprios livros, principalmente para edições em inglês. 
Fui leitor assíduo de suas obras, inclusive das crônicas semanais que publicava em jornais como O Estado de S.Paulo e o Globo.
Leiam seus livros e assistam o filme Sargento Getúlio - pra mim, uma obra-prima. Pra isso, basta clicar sobre a imagem ali em cima.

DIA DE SOCORRO
É hoje o dia! Vistam roupas bonitas, se perfumem e corram para se deliciar com a voz puríssima e bela da cantora Socorro Lira no Auditório Ibirapuera logo mais às 21 horas quando ela estará no palco sendo alvo de gravação de um DVD. O momento será raro e histórico. Socorro, como diz meu amigo José Nêumanne, é a Joan Baez do sertão brasileiro. Aliás, eu e o Darlan Ferreira tivemos a oportunidade de apresentar Socorro a Baez (aí ao lado), em março passado. Na ocasião eu fiz também a ponte entre Baez e Vandré, que há anos mantinha a vontade de conhecê-la pessoalmente.
Geraldo Vandré e Joan Baez

quinta-feira, 17 de julho de 2014

SOCORRO LIRA AMANHÃ NO IBIRAPUERA

Socorro Lira é uma das grandes vozes do Brasil atual. E não à toa, ela recebeu há dois anos o necessário e oportuno reconhecimento público como cantora já de longa estrada, através do Prêmio da Música Brasileira – no gênero, o mais importante do País.
Mas além de cantora afinadíssima que é, com presença mundo a fora, Socorro também cada vez mais se firma como uma das nossas melhores e mais inspiradas instrumentistas e compositoras nacionais.
Prova disso é o repertório de seus shows e discos, quase todo de sua autoria.
Reprodução da capa do novo CD de Socorro Lira
Agora a sua sensibilidade e talento acabam de nos surpreender de modo agradável com o CD de 14 faixas Amazônia – Entre Águas e Desertos, de produção independente, capa do artista gráfico Elifas Andreato e distribuição Tratore que será lançado amanhã à noite no Auditório Ibirapuera onde, aliás, fará show para gravação do seu primeiro DVD ainda sem título.
E certamente mais novidades ela nos brindará em breve.
Paraibana de origem sertaneja, Socorro já anda às voltas com o projeto Sertões do Mundo, no qual mergulha fundo no mar revolto da história em busca de elos partidos pelo abandono e descaso de quem pode e nada faz em prol dos rejeitados pés descalços da vida, sejam do Brasil sejam de África.
A cada disco e projeto a artista nos mostra que sonhar é fundamental e que sem sonho ou ideal nada de bom se constrói.
O show no Auditório Ibirapuera será, sem dúvida, um marco na sua carreira e um presente para seus fãs.
Arriba, Socorro Lira!

TROFÉU MORINGA
Eu sou de uma terra de homens e mulheres valentes que engendram ideais para o bem comum e os realizam.
Eu sou de uma terra cujos habitantes acreditam que a vida não se resume apenas a tragédias gregas.
Navegar é preciso, já disse o poeta português.
No Dia Internacional do Homem - 15 de julho - eu recebi com alegria das mãos do compositor e maestro paulistano Mário Albanese (aí embaixo, no clic de Clarissa de Assis), criador do ritmo musical Jequibau, o Troféu Moringa de Homem do Ano 2014, em momentos anteriores também recebido por João Carlos Martins e outras personalidades brasileiras e estrangeiras que marcaram presença neste mundinho prestes a explodir.
Fica o registro.
BANDA DE PÍFANOS
O zabumbeiro João Biano acaba de telefonar para dizer que está com saudade e que o seu tio, Sebastião Biano, criador da Banda de Pífanos de Caruaru, acaba de fazer 95 anos de idade. Sebastião, segundo João, continua fabricando pífanos artesanalmente e tocando na banda. O seu aniversário de nascimento é 23 de junho.
Viva Sebastião Biano!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

TROFÉU MORINGA

Terminou a Copa.
O Brasil perdeu, mas em compensação ganhou uma inesquecível e bela lição de cidadania dada com espontaneidade pelos rivais em campo, os alemães.
E assim sendo, a vida real ora doce ora amarga continua para todos, inclusive para o zangado e pouco humilde Felipão, que, a propósito, acaba de receber cartão vermelho da CBF.
Sim, é próprio da natureza perder e ganhar.
Eu mesmo acabo de ganhar o inimaginável Troféu Moringa da Tertúlia Pensão Jundiaí de Homem do Ano 2014.
Devo dizer que fiquei pasmo, como pasmo fiquei quando generosamente a Câmara de
Vereadores de São Paulo me premiou com o título de Cidadão Paulistano em 2008 (acima) e ano, ano passado, o Troféu Gonzagão junto com o cantor e compositor Raimundo Fagner (à direita). 
Claro que esses tipos de prêmios nos envaidecem, até porque são tidos e justificados como reconhecimento pelo trabalho 
que desenvolvemos ao longo da vida.
Grandes personalidades brasileiras e estrangeiras como o cientista Paulo Vanzolini, o geógrafo Aziz Ab´Saber, o filósofo Miguel Reale, o poeta Paulo Bomfim, o jurista Ives Gandra, o maestro Mário Albanese e o cineasta Akira Kurosawa receberam o Troféu Moringa, concedido anualmente no Dia Internacional do Homem, 15 de julho.
Compartilhamos com vocês o convite que nos foi enviado para o recebimento do prêmio. 
Ilmo Sr.
Assis Ângelo

Saudações,
A Tertúlia Pensão Jundiaí é uma entidade cultural, fundada por Mariazinha Congílio em maio de 1983.
Comemoramos anualmente o Dia Internacional do Homem, data criada por sua fundadora, em 1993. Em julho, pois quando o homem chegou à Lua.
Homenageamos homens que se destacaram por sua profissão, dedicação a uma causa ou internacionalmente.
Estes homens recebem o Troféu Moringa, símbolo da Pensão Jundiaí.
Temos o prazer de convidá-lo para ser o Homem do ano 2014 da Tertúlia Pensão Jundiaí.
Pedimos que confirme se aceita o convite e sua presença ao jantar, para que possamos tomar as providências necessárias.
Desde já, grata.
Pela Tertúlia Pensão Jundiaí,
Silvana Congílio

Dia Internacional do Homem 2014 - jantar
Data: 15/07/2014
Hora: 20 horas
Local: Alameda Santos, 2393 - Restaurante Bovinus – S. Paulo, SP
Fone: (11) 4521-0007
Cel: (11) 9.9966-0570

sexta-feira, 11 de julho de 2014

FELIPÃO NÃO TEVE INFÂNCIA

A teimosia infinita, a sisudez despropositada, o jeito bronco de Felipão me faz lembrar Zangado, um dos sete anões do conto infantil Branca de Neve.
Esse paralelo entre o ser real e o fantasioso ficou mais evidente no embate que tirou a seleção brasileira da final do mundial de futebol na última terça, no Mineirão.
Foi um vexame e tanto, histórico, mas jogo é jogo mesmo perdendo feio como perdeu para os alemães a seleção verde-amarela que deixou roxos de raiva os seus torcedores.
Talvez para mostrar que é mesmo da raça dos machos que apagam lâmpadas espremendo-as nas mãos e não, simplesmente, apertando levemente o interruptor, Felipão é grosso dentro e fora de campo.
Os jornalistas são suas presas mais fáceis, e a quem jamais pede desculpas.
Seu comportamento leva a crer que ele não teve uma infância saudável, de brincadeiras e risadas.
A propósito recomendo que ele assista o bonito documentário Tarja Branca, a Revolução que Faltava. O filme, dirigido por Cacau Rhoden, trata de uma das mais antigas e lúdicas atividades do ser humano, que é brincar e rir.
Mas a essa altura do campeonato é quase certo que Felipão e Zangado não têm salvação, mas a Seleção Canarinho, que sábado disputa o terceiro lugar na Copa 14 e o prêmio de 43 milhões de reais, tem.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

VIVA JACKSON! VIVA ROSIL CAVALCANTI!

O paraibano de Alagoa Grande José Gomes Filho, famoso pelo talento e pseudônimo Jackson do Pandeiro, e o pernambucano de Macaparana Rosil de Assis Cavalcanti, chamado de Zé Lagoa por causa de um personagem com esse nome que criou, eram amigos e parceiros e até formaram uma dupla de humoristas de sucesso na




rádio campinense: Café com Leite (ao lado).
Jackson nasceu em 1919 e Rosil, em 1915.  
O amigo Rômulo Nóbrega , biógrafo de Rosil, lembra que os dois artistas morreram num mesmo dia: 10 de julho; Rosil em 1968 e Jackson, que era diabético, em 1982.
Rosil Cavalcanti compôs oitenta e quatro músicas gravadas por nomes como Teixeirinha, Luiz Gonzaga, Biliu de Campina e próprio Jackson, certamente o seu maior divulgador. Aliás, a primeira composição gravada por Jackson, nos estúdios da Rádio Jornal do Commercio, de Recife, foi o coco Sebastiana (abaixo), em 1953. 




O professor de música e instrumentista Jorge Ribbas pôs melodia nos versos que alinhavei em homenagem a Rosil. Ouça (letra abaixo):


Rosil de Assis Cavalcanti
Foi compositor e ator
Primeiro sem segundo
E bela é a obra que deixou
Viva Rosil!
Viva o Brasil!
É maravilha de fina flor
A obra qu´ele deixou

Fez muitas jóias
Para o povo cantar
Para o povo dançar
Com Jackson e Luiz
Puxando o refrão
Viva Rosil!
Viva o Brasil!
É maravilha de fina flor
A obra que Rosil deixou

Amigo Velho, cê não sabe?
O Cumpadre João
- Ô Véio Macho!
Foi dançar rojão
Foi dançar baião
Com a nega Sebastiana
No Forró de Zé Lagoa
- Ô coisa boa, ô coisa boa
Pra lembrar Rosil
Pra lembrar Rosil
Viva o Brasil!
Viva o Brasil!

O bom Rosil deixou
Xote, forró e toada
O bom Rosil deixou
Obra pra ser cantada
Nosso Rosil é memória
Pra ser lembrada
Em todo canto e lugar
Viva Rosil!
Viva o Brasil!
CANTO DA EMA
Cá na capital paulista há uma excelente casa de espetáculos voltada à música nordestina denominada Canto da Ema, em memória a Jackson do Pandeiro por ter gravado o batuque O Canto da Ema, de Alventino Cavalcanti, Ayres Vianna e João Vale, em 1960.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

A REVOLUÇÃO DE 9 DE JULHO

O nove de julho foi um sábado frio para paulistas e paulistanos e de Lua cheia brilhando encantadoramente no céu.
No palácio do Catete, no Rio de Janeiro, o presidente Getúlio Vargas estava indócil.
Corria o ano de 1932 e São Paulo tinha sete milhões de habitantes.
Naquele dia 9 os relógios indicavam que faltava uma hora para a meia-noite e a agitação nas ruas (ao lado, nos registros da imprensa) com tiros e explosões davam conta de que a revolução acabara de estourar. Mas pode se dizer que a Revolução – Constitucionalista, como ficou para a história - começou com o fim da chamada “Política café com leite” entre os poderosos de São Paulo e Minas Gerais.
A expressão foi resultado de um acordo firmado entre caciques políticos desses Estados, que permitiam revezamento na cadeira de presidente da República a cada eleição, esperto, o gaúcho que ficaria famoso como Pai dos Pobres deu um golpe e acabou com a lambança.
Os revolucionários de 32 comandados pelo general Isidoro Dias Lopes, que foi tema de várias músicas, e coronel Euclides Figueiredo queriam, basicamente, a retomada das eleições diretas para presidente e governadores e uma nova Constituição, pois a que estava em vigor desde 1891 até 1930 Vargas rasgara.
A Revolução Constitucionalista durou 87 dias e 87 noites e deixou um saldo 830 mortos, oficialmente, e um número não sabido de feridos.
Foi o maior enfrentamento armado entre brasileiros desde o século 20.
Os paulistas – cerca de 150 mil homens, mulheres e adolescentes - lutaram atabalhoada e voluntariamente com apenas sete aviões e 44 canhões, enquanto as forças getulistas, federais, somavam 24 aviões e 250 canhões de grosso calibre.
Ao fim de tudo foram exiladas as principais lideranças da revolução: 48 oficiais do Exército, três oficiais da Força Pública e 53 civis, incluindo jornalistas.
A Revolução Constitucionalista consagrou um poeta: Guilherme de Almeida.

A CAMINHO DO HEXA
Que vexame, hein? Agora é disputar o terceiro lugar. Mas até esse posto a seleçãozinha do Felipão pode deixar escapar, pois já o perdemos em 1974. Arriba, moçada!

terça-feira, 8 de julho de 2014

A CAMINHO DO HEXA

A manhã do domingo 30 de junho de 2002 me pegou vibrando pela conquista do inédito título de pentacampeão pela seleção brasileira de futebol no Japçao, ocasião em que os meninos de Felipão derrotaram a Alemanha por 2x0. Na hora dei de garra de uma caneta e escrevi a letra (ao lado e abaixo que o amigo Gereba melodiou.
Quem sabe logo mais à tarde de novo o Felipão leva seus garotos a despachar a sempre perigos a Alemanha pra casa, hein?
Lembre os canarinhos calando o bico dos alemães naquela manhã garoenta de 2002, clicando:


segunda-feira, 7 de julho de 2014

SÃO PAULO EM FESTA. VIVA SÃO JOÃO!

Ali pelas dez e pouco da noite de ontem, logo após a sua apresentação com a participação de Oswaldinho no grande palco instalado diante da sede do Museu da Língua Portuguesa – no histórico bairro paulistano da Luz -, o compositor, cantor e sanfoneiro pernambucano Targino Gondim, todo feliz, disse: “Essa foi a primeira apresentação pública que fiz nesta cidade incrível que é São Paulo”.
Verdade, e foi muito bonita essa sua estreia em Sampa testemunhada por um enorme e festivo público que com ele cantou e dançou músicas próprias e outras repertório do rei do baião, Luiz Gonzaga.
Targino, coautor com Raimundinho do manjado arrasta-pé Esperando na Janela, já esteve várias vezes na capital paulista participando de programas como São Paulo Capital Nordeste, que apresentei na Rádio Capital por quase sete anos.
0essa vez ele veio para se integrar à programação do Arraiá de São Paulo, uma idealização da Associação Raso da Catarina e do Instituto Memória Brasil com o apoio da Secretaria de Cultura do município paulistano.
Esse foi o segundo ano consecutivo de realização do Arraiá.
Aí no retrato o palhaço Charles, criação do ator Alessandro Azevedo, eu e o conterrâneo Ramalho
Ano passado o palco do projeto São João do Brasil, do qual faz parte o Arraiá de São Paulo, foi o Vale do Anhangabau, com shows de Alceu Valença, Zé Ramalho,Amelinha, Anastácia e outros grandes artistas da música popular.
Este ano, além de Anastácia, participaram, entre outros, o Trio Virgulino, o grupo Bicho de Pé, Passoca, Mariângela Zan, a Orquestra Forrobodó do maestro Spok, vinda diretamente de Recife e que teve participação especial de artistas como Zé Pitoco e Maciel Melo; As Galvão, Falamansa, que encerrou o Arraiá no final da noite  entrando pela madrugada, com o público aceso cantando e dançando.
A paraibana romântica Roberta Miranda também foi uma das atrações do Arraiá.
Eu e Alessandro Azevedo com seu personagem o palhaço Charles, há 15 anos amado por crianças e adultos do Brasil apresentamos em palco todas as atrações, como no ano passado.
O Arraiá de São Paulo este ano foi dedicado à cantora paulistana Inezita Barroso, que há tantos anos tanta beleza musical tem apresentado a todos nós.


E muita gente bonita esteve por lá como o Madruga, o Pablo, Sara, Samanta, Paulinho Rosa (aí na foto, com seu primeiro filho, Chico e sua companheira de realidades e sonhos).
Viva a alegria, que é saúde.
Viva a saúde, que é música.
Viva a música, que é forró.
Viva Inezita Barroso.

domingo, 6 de julho de 2014

SÃO JOÃO NA LUZ, EM SAMPA


Hoje o dia está bem apropriado para passeios e brincadeiras. Portanto pegue seus filhos e suas caras metade e vá, por exemplo, ao Parque Jardim da Luz para curtir o Arraiá de São Paulo, que é um São João fora de época iniciado ano passado no Vale do Anhangabau, por iniciativa da Associação Raso da Catarina e Instituto Memória Brasil, com apoio logístico e estratégico da Prefeitura Municipal.  
A programação da festa começa logo mais às 14 horas, com o violeiro Passoca, seguida de Mariângela Zan às 15:30h e à 17h a rainha do forró, Anastácia interpretando músicas próprias e outras compostas em parceria com Dominguinhos, com quem viveu por mais de dez anos.   
Essas atrações ocorrerão no coreto do parque.
Às 18 horas Targino Gondim e Oswaldinho do Acordeon prosseguirão animando o São João de São Paulo na área externa ao parque, num enorme palco instalado defronte do Museu da Língua Portuguesa.
A programação do Arraia de São Paulo será encerrada  com a apresentação do grupo paulistano Fala Mansa.
Ontem, primeiro dia da festa junina fora de época na cidade de São Paulo começou com o Trio Virgulino, seguido do Grupo Bicho de Pé e as Galvão. A segunda parte da programação prosseguiu na área externa do parque, com a orquestra Forrobodó do maestro Spok e Roberta Miranda.
Houve participação especial de alguns artistas na orquestra do maestro, entre as quais, Zé Pitoco, cantando em homenagem a Dominguinhos e Maciel Melo, num pot-pourri de músicas autorais e do rei do baião, Luiz Gonzaga.
Foi bom eu estar ao lado de tantas pessoas queridas, ontem.
A apresentação dos artistas da programação do arraiá será antecedida de uma fala minha e do brincante Charles, uma criação do paraibano Alessandro Azevedo.
Uma dezena artistas brincantes estará circulando e divertindo crianças e adultos em toda a extensão do parque Jardim da Luz.
Repito: o dia está ótimo para passeios e brincadeiras. Vamos lá. Não fique em casa.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

JUMENTO É CULTURA BRASILEIIRA

Não é de hoje a polêmica que gira em torno do abate de jumentos no Nordeste, ora para consumo humano, ora para outros fins. Na China, por exemplo, são abatidos anualmente quase dois milhões desses animais, maior parte transformada em matéria-prima para a indústria de cosméticos.
Eu ainda era menino quando já ouvia a conversa de que charque era carne de cavalo oiu de jumento feita para substituir a carne de anta que ia às mesas.
Ali pelos anos de 1950, a anta era animal em extinção.
Uma década depois, o número de jumentos, jegues ou asnos era de cerca de três milhões no território nacional; mais ou menos 90% no Nordeste.
Os jegues, que medem mais ou menos 1,5m e pesam entre 350k a 400k estão ao lado do homem desde as primeiras civilizações, sempre trabalhando.
O seu habitat é a zona rural.
Dócil, forte e resistente a quase todas as intempéries, esse animal parte para a extinção, como a anta.
Uma pena que hoje em dia seja tão facilmente descartável.
Integrado entre nós desde os primórdios, o jegue se acha na literatura de cordel, nos livros http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-pe/v/ariano-suassuna-prepara-lancamento-de-novo-livro-o-jumento-sedutor/3228344/, no cinema e no teatro, mas em quantidade cada vez mais diminuindo no sertão brasileiro.
O seu destino é quase certo: a quentura das panelas, pois está se aventando a possibilidade de ser servido em pratos para presidiários e estudantes do Rio Grande do Norte, onde acaba de ser construído um moderno matadouro para por fim a vida desses animais, e tudo naturalmente fiscalizado bem direitinho pela Vigilância Sanitária daquele Estado.
Há coisa de ano e pouco, Brigitte Bardot enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff rogando que tomasse providências para impedir esse “genocídio contra os jegues”.
Não consta que Dilma tenha se manifestado a respeito do apelo da atriz.
Ontem à noite, no Jornal da Cultura, eu falei um pouco sobre a presença do jegue na cultura brasileira.
Clique:
E clique também:

 SÃO JOÃO EM SÃO PAULO

Amanhã eu e Alessandro Azevedo – que consigo levará o palhaço Charles – estaremos divertindo e nos divertindo no Parque da Luz e também na área externa do parque apresentando as atrações musicais programadas para a festa de São João em São Paulo. O evento, que ano passado ocorreu no Vale do Anhangabau com Zé Ramalho (acima) e ouros artistas, prosseguirá no domingo. Vai ter um monte de barraquinhas com bebidas e comidas típicas. Cordelistas também vão estar presentes com seus folhetos

quinta-feira, 3 de julho de 2014

VEJA, FORRÓ E SÃO JOÃO

A mais recente edição da revista Veja, nas bancas especializadas, traz uma matéria especial em sete páginas assinada por Sérgio Martins sobre o forró como ritmo musical, suas origens e quem o representa nas salas de reboco destes tempos modernosos.
Dei lá uns pitacos (a~i ao lado, no detalhe). E lá estão grandes sanfoneiros, desde Oswaldinho do Acordeon, Waldonys e Targino Gondim; e forrozeiros da velha guarda sempre atuais, como Antônio Barros, Cecéu e Anastácia e jovens em fase de desabrochamento como a paraibana Lucy Alves, uma das integrantes do grupo Clã Brasil, em extinção.
É uma matéria que vale a pena ser lida.
E a propósito do gênero criado em 1949 por Zé Dantas e Luiz Gonzaga, irritado o cronista Onaldo Queiroga escreveu o seguinte, em tom de desabafo:

O forró merece respeito. Representa a cultura de um povo chamado Nordeste. Não podemos sair por aí dizendo que o som dessas bandas de plástico é forró. A batida é diferente, a mensagem contida nas letras é totalmente diversa do que propõe o forró.
O ritmo plástico, que agora também vem recebendo o título de estilizado, no palco se apresenta com muitas mulheres seminuas e com letras pobres. No São João, eu estava no terreiro do forró quando uma banda começou a anunciar no palco: “Amanhã é folga para quem não bicou. Eu quero ver. Levante o copo. Dá uma rodadinha. Só um golim e traga a cachaça, que ela libera. Você tá com medo de pedir um beijo pra ela. Gatinha mamadinha, levante o copo. Dá uma rodadinha. Só um golim”. Isso levou uns quatro minutos até que, em seguida, cantou: “É o chefe!”. Patrocina ousadia, e as novinhas se derretem / É o chefe / É o chefe / Considerado, respeitado, e com ele ninguém se mete / É o chefe, é o chefe/ Quando chega na balada, sempre chama atenção / Pelas roupas que ele usa, e a grossura do cordão / Deixa os playboys rasgar, sempre com muita fartura / Whisky com Redbull, a mais perfeita mistura / Trata todos com respeito, isso é já de costume / As novinhas ficam loucas com o cheiro do perfume / Gosta de ostentação e não tem problema algum / As novinhas ficam doidas pra andar de Ré.”
Nessa hora, fogos de artifícios no palco e a multidão enlouquecida, a dançar, beber e repetindo o refrão: É o chefe, é o chefe. Meu Deus! Uma ostentação repassada de forma selvagem e impiedosa para aquele povo, que mais parecia o admirável gado novo do poeta Zé Ramalho. As autoridades devem respeitar os festejos juninos, festa de tradição e que não pode ser transformada em micaretas ou mesmo em inóspitos e rudes festivais de música. Como conceber nos palcos do São João, as atrações principais serem figuras do mundo musical do plástico, sertanejo e do axé. Nada contra Bel Maques, Victor e Léo, César Menotti e Fabiano, Daniel, Asa de Águia e outros. Mas o fato é que São João é festa do forró, do xote, do xaxado e do baião. Cada um no seu lugar, no período próprio. O povo e os turistas querem ouvir forró!
Em entrevista, Targino Gondim, foi questionado se o seu forró era o de “pé de serra”. Com um sorriso franco, respondeu: “Não. O meu forró é forró. Por que forró só existe um! Ou é forró, ou não é forró! Hoje em dia, nossa juventude, de tanto ouvir, acaba achando mesmo que "nós" fazemos o "pé de serra" e as bandas "fulano-de-tal do forró" é que fazem o forró. O que é isso, gente? Gosto do som de muitas dessas bandas. Mas estão longe do nosso forró! Não estou aqui querendo atacar ninguém, mas responder de uma vez por todas a essa pergunta e chamar a atenção do povo e dos meus companheiros:
- O meu forró não é "pé de serra"! É simplesmente forró!”.

SÃO JOÃO EM SÃO PAULO
Sábado e domingo próximos, eu e o ator Alessandro Azevedo estaremos como em 2013 no Vale do Anhangabau, brincando o São João fora de época no Parque da Luz e proximidades, junto com Oswaldinho do Acordeon, Targino Gondim, Anastácia, Falamansa e Roberta Miranda, entre outros artistas. A grande homenageada será a rainha da moda, Inezita Barroso (aí ao lado, à esquerda).
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JORNAL DA CULTURA
Hoje à noite tem assunto importante na TV Cultura: o abandono e matança de jegues no Nordeste. Hoje cedo gravei meus pitacos para a matéria. Voltarei ao assunto que o rei do baião Luiz Gonzaga e Chico Buarque um dia cantaram. Gonzaga em 1968 http://www.kboing.com.br/luiz-gonzaga/1-1001280/ (O Jumento é Nosso Irmão) e Chico em 1977 http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/o-jumento.html (O Jumento, na peça Os Saltimbancos).

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