É o que todos ainda dizem dele, inclusive o revolucionário da canção Geraldo Vandré, que o conheceu de perto.
Geraldo, que nunca foi de tecer loas a ninguém, testemunha:
“Ele era uma pessoa incrível, muito boa”.
O papa da bossa nova, João Gilberto, o considera uma das três maiores vozes da nossa música popular, ao lado de Orlando Silva e Lúcio Alves.
E numa canção feita como resposta a um presente dado à primeira de suas filhas, Chico Buarque começou:
“Amigo Cyro
Muito te admiro
O meu chapéu te tiro
Muito humildemente...”.
Cyro era flamenguista e o presente que ofertou à filha de Chico, Sílvia, foi uma camisa do seu time, pois queria que ela também fosse flamenguista para contrapor com o pai, torcedor roxo do Fluminense.
Mas, enfim, hoje faz 100 anos que Cyro nasceu e nenhuma programação para lembrar a sua importância se acha em qualquer teatro ou casa de show.
O rádio não o toca mais e a TV não mostra sua imagem.
Especial sobre ele?
Lamentavelmente Cyro é passado, um nome esquecido e também por muitos - e há muito tempo - desconhecido.
Pena.
Cyro Monteiro entrou para a história da nossa música popular pelas mãos do seresteiro Sylvio Caldas. A primeira música que ele gravou foi a marcha Vê se Desguia, de Kid Pepe e João Barcelos, no dia 10 de dezembro de 1935.
Essa música foi lançada no ano seguinte.
Cyro, um simples carioca suburbano, gravou 65 discos de 78 RPM e alguns compactos e LPs na fase do vinil. Um deles, de 1965, foi produzido por Aloysio de Oliveira para o extinto selo Elenco. Esse disco era todo ocupado por músicas compostas por Baden Powell e Vinicius de Moraes, intitulado De Vinicius e Baden Especialmente Para Ciro Monteiro.
Esse é um LP raríssimo, ainda sem versão no formato de CD.
A primeira gravação feita por Cyro Monteiro saiu pela multinacional Odeon e a última pela etiqueta particular Rio.
Curiosidade: no dia 17 de abril de 1949, Cyro entrou num dos estúdios da extinta RCA Victor, no Rio de Janeiro, e gravou o único samba inédito Meu Pandeiro (reprodução do selo acima, ao lado) do rei do baião, Luiz Gonzaga, e do parceiro ocasional Ary Monteiro, que, aliás, nenhum parentesco tinha com Cyro.
JOSÉ MILTON
Depois de gravar uma faixa de seu novo disco com Zeca Baleiro, o cantor e compositor Chico Salles veio nos visitar junto com o produtor musical mais premiado do Brasil, José Milton (aí na foto, abaixo). Depois esticamos a prosa até o Sujinho, na Consolação, onde degustamos uma boa Original. E como não tínhamos muito o que fazer, apreciamos uma picanha no ponto!
IVES
GANDRA
Não
assisti hoje de madrugada a entrevista do tributarista Ives Gandra da Silva
Martins ao Jô Soares na Plim, Plim; mas ele me mandou e gostei. Tanto, que
divido com vocês um pouco da sua inteligência e sensibilidade apresentadas no
vídeo. Curtam-na, clicando: http://glo.bo/18wxZ6q
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