O mês do folclore,
que muita gente chama de mês do cachorro louco, começa hoje com comemorações em
torno do Dia do Poeta de Cordel.
Folclore é uma
palavra criada pelo arqueólogo inglês William John Thoms (1803-1885), que em 1846 enviou uma
carta à revista The Atheneum, de Londres, sob o pseudônimo Ambrose Merton, na
qual ele fazia referências a tradições e lendas do seu país. A carta foi publicada
no dia 22 de agosto daquele mesmo ano. Não demorou e a data se transformou no Dia
Internacional do Folclore.
Em
anglo-saxão, folk significa povo e lore, conhecimento e tradição.
O
estudioso da cultura popular Luís da Câmara Cascudo não gostava da expressão https://www.youtube.com/watch?v=5AoY8wZHIE4, mas essa é outra história.
O Poeta de cordel é
como é chamado o poeta de bancada, aquele que escreve sem a marca da
improvisação, que é a marca dos poetas repentistas, de viola, como Ivanildo
Vila Nova, Sebastião Marinho e Oliveira de Panelas, entre muitos outros.
Os paraibanos Leandro
Gomes de Barros e Silvino Pirauá de Lima (1848-1913) foram os pioneiros no
campo da poética de cordel.
Leandro, que nasceu
em 1865 e morreu em 1918, foi também o mais caprichoso e talvez o mais completo
dentre todos os cordelistas brasileiros.
Há muitos bons
autores de folhetos de cordel ainda hoje, como Mestre Azulão, os irmãos
Klévisson e Arievaldo Viana, Marco Haurélio, Rouxinol do Rinaré, Pedro Costa, Varneci
Nascimento, Beto Brito, Jorge Mello, Bule-Bule e até o mestre de mamulengo Valdeck
de Garanhuns.
Existe até uma
entidade no Rio de Janeiro criada há muitos anos para representar esses poetas,
que é a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, ABLC, cujo presidente é o
cearense de Ipu Gonçalo Ferreira da Silva.
A literatura de
cordel é um dos pilares da cultura popular, tema de um opúsculo (acima,
reprodução da capa assinada por Ionaldo Cavalcanti) que publiquei em 1998 via
Cia. Do Metropolitano de São Paulo – Metrô. escrevi .
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