Antes de gravar Asa Branca com Bobby Keys dos Stones, Téo ensaiou na casa de Michael Groissman, amigo de Dylan... |
Téo Azevedo é um dos mais prolíficos produtores musicais, com centenas de discos por ele produzidos no correr de meio século. Ele é também um dos autores com o maior número de obras compostas e gravadas por inúmeros intérpretes nacionais e estrangeiros, entre os quais Charles Musselwhite.
A maestrina Chiquinha Gonzaga, carioca desaparecida na terceira década do século passado, foi a autora do maior número de músicas compostas no País até hoje. Téo Azevedo, se ainda não a superou em quantidade, está próximo disso.
Calcula-se que Chiquinha é autora de muito mais de um milhar de composições, e com alguns clássicos como Ó Abre Alas.
Como Chiquinha, outros brasileiros compuseram quantidade quase absurda de músicas, como Ary Barroso.
Entre os intérpretes, o campeão em gravação de músicas no Brasil atendia pelo nome de Chico Alves, que gravou quase 1000 músicas.
ninguém o superou até hoje.
O rei do baião, Luiz Gonzaga, deixou sua voz gravada e 625 faixas de discos de 78 rpm, 45 rpm e 33 rpm.
O cantor e compositor bissexto Nelson Gonçalves, que começou a carreira em São Paulo e a encerrou no Rio de Janeiro também foi outro campeã de gravação de discos.
O tempo passa e todos passam.
Téo Azevedo, também um dos melhores violeiros do País - apelidado de o cantador de Alto Belo - aos 72 anos de idade, acaba de ser biografado por Amelina Chaves, que escreveu Téo Azevedo - Catrumano 70; e Carlos Felipe Horta, que está lançando Téo Azevedo - Um Poeta Cantador.
Esses livro são de rara importância para se compreender a produção autoral de Téo Azevedo, que, aliás, está preparando o lançamento de uma versão curiosíssima da toada Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, feita pelo próprio Téo, Cezar Abianto, que venha ser Cezar do Acordeon, os forreozeiros Bico Doce, Ivan, Zequinha, Totonho di Biassi, Adeildo Lopes e - pasmem! - o saxofonista do grupo de rock britânico Rolling Stones, Bobby Keys.
Bobby morreu faz duas semanas, mas cerca de dois meses antes enviou carta ao Téo autorizando-o a fazer da gravação o que bem quisesse.
Detalhe: pouco depois dessa gravação, Téo Azevedo almoçou com Michael Groissman, Jorge Mautner, Bobby Keys, Bob Dylan e os integrantes do Stones, à exceção de Mick Jagger.
Viva Téo Azevedo!
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