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sexta-feira, 24 de julho de 2015

THE ECONOMIST, VITAL E ARIANO


Do repertório dos violeiros Tião Carreiro & Pardinho consta uma bela composição que diz “a coisa tá feia... / a coisa da preta...” que, em parte, traduz o momento que nós – simples brasileiros – vivemos hoje.

A nova edição da revista britânica The Economist que está chegando às bancas traz reportagem em destaque que trata da corte planaltina. Diz a revista, em matéria assinada por seu correspondente no Brasil, que põe o vice-presidente Michel Temer, como “primeiro-ministro”.
Primeiro-ministro é figura principal do sistema parlamentarista. Não é o caso, mas a revista o coloca nessa posição por estar ele desenvolvendo, aparentemente, as funções que cabem à dona Dilma como “presidenta” da nossa capenga e judiada República Federativa do Brasil, criada pelos militares que ocuparam o poder após o movimento de botinas que resultou em 21 anos de tristeza, pancada e escuridão (1964-1985).  O título da reportagem, em tradução livre: “o poder por trás do trono”.
Vamos ver até onde isso vai dar, não é mesmo?
Na noite de segunda-feira passada, no palco da Sala São Paulo, o menestrel Vital Farias teceu algumas palavras elogiosas à minha pessoa. Que bom. Aliás, foi ele muitíssimo aplaudido ao interpretar, de sua autoria, a pérola musical A Saga da Amazônia, que está completando 36 anos de existência.
Vital é paraibano de Taperoá, do mesmo modo que foi o erudito brincante Ariano Suassuna.
Ariano, figura ímpar e inesquecível da vida cultural brasileira, nasceu no dia 16 de junho de 1927.
A ausência de Ariano entre nós dá uma saudade danada. Ele partiu rumo às estrelas no dia 23 de julho do ano passado. Ou seja: faz um ano e um dia, mas a impressão que se tem é que ele nos deixou há mais tempo, não é mesmo?
No Planalto, terra onde se planta nasce sempre um político safado, há um chafurdo danado. Lá ninguém se entende, tá tudo quebrado.
Certa vez, Ariano disse, entre sério e brincando, que morreria sim, mas os personagens que criou, não.
Tem muito João Grilo aprontando por aí, não tem mesmo?

Em Vital Farias e em Ariano Suassuna a esperança morou e fez festa. Não à toa, continua atualizadíssima a bela guarânia “Pra não dizer que não falei de flores”, de outro grande menestrel paraibano Geraldo Vandré. Ouçam: 



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