O
13 é um número enigmático. O 13 é sorte, é azar, é isso, é aquilo. É o que é, pra quem quer. Eu acho o 13
fantástico. Treze, ao avesso, é 31, e nada não digo mais, porque o 31 pra vocês
aqui que me leem é um número importante.
O
13 de hoje me trouxe pessoas incríveis na minha vida.
O
13 de hoje me trouxe Rosely, bem no começo da manhã.
O
13 de hoje, no comecinho da tarde, me trouxe um amigo da TV Globo de tempos d’antanho:
Davi Almeida. E com Davi, veio Silene.
Silene
me lembra Celene; Celene Sintônio, minha professora de artes plásticas na
Universidade Federal da Paraíba, junto com Raul Córdula e João Câmara Filho.
Mas essa é outra história.
O
13 de hoje também me trouxe um grupo de pessoas também muito queridas, a
começar por Colibri, Vitor e Tinhorão. Esse Tinhorão é aquele: José Ramos
Tinhorão, o terror dos imbecis.
O
13 de hoje, que está terminando, foi incrível.
Tinhorão,
com seu charme e conhecimento naturais, monopolizou que o ouvia.
Tinhorão
disse um monte de coisas importantes a respeito deste País tão judiado por
governantes maus gestores. E aí não vamos entrar na questão de quem é quem. País
intelectualmente pobre é o nosso. O aluno finge que aprende e o professor finge
que ensina. E ai do professor que discutir com o aluno, a respeito dessa ou de
questão parecida...
Tinhorão
hoje estava extremamente bem-humorado, dizendo coisas incríveis a respeito de
si próprio, a respeito de sua formação – você sabia que ele também é advogado? –, a respeito do Rio antigo, a respeito do
mundo.
E
pensar que Tom Jobim achava Tinhorão um chato...
Tinhorão
hoje, conosco, falou sobre música e gente chata. Falou sobre Pixinguinha, futebol, Garrincha... E falou até do grande sambista Wilson Batista, que nos deu, por exemplo, o magnífico samba Chico Brito. E de rock, David Bowie...
Como
jornalista, Tinhorão contribuiu enormemente para a profissão. Um exemplo? Foi
Tinhorão o cara que definiu contextualmente o que significa uma foto-legenda.
Ele era tão bom nisso que levou Nelson
Lins e Barros, junto com Carlos Lyra – aquele da Bossa Nova –, a se inspirar no
seu texto e gerar uma bela música bossa-novista, Maria do Maranhão, que diz: Maria
pobre Maria/ Maria do Maranhão/ Que vive por onde anda/ E anda de pé no chão...
Neste
13 de hoje, estiveram até a boca da noite os colegas Nuzzi (autor do livro Geraldo Vandré – uma canção interrompida,
que vocês todos têm de ler) e Colibri, da Rádio Brasil Atual.
Meus
amigos, minhas amigas; este 13 foi um dia fantástico. O mais importante
historiador do Brasil, José Ramos Tinhorão, completará no próximo dia 7 de
fevereiro 88 anos de idade – 88 ao contrário é 88. Tim-tim...
Neste
ano de 2016 o mesmo Tinhorão começa a entrar na história do Brasil com o livro Música Popular: um tema em debate, cujo lançamento está fazendo 50
anos.
Viva
Tinhorão!
Ah! Os livros de José Ramos Tinhorão deveriam estar, todos eles, obrigatoriamente nas escolas públicas e particulares deste País, meu Deus, analfabeto.
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