Ali estavam todos quietos, observando os movimentos do desassombrado Lampa. Achei esquisito. Perguntei: O que está havendo aqui, pessoal, alguém morreu?
Barrica olhou pra mim e foi dizendo: "Não sei porque Lampa alisa tanto esse punhal. Eu queria saber".
Tossi chamando a atenção de Lampa, que vagarosamente levantou as sobrancelhas e num tom de desabafo foi falando: "Chefe, meu sangue está subindo no zóio. Não paro de pensar naquele cabra lá de Brasília, que a todo instante ameaça nosso povo e nossos índios. Uma hora dessa eu vou dar um jeito nele".
Lembrei a Lampa que é crime fazer justiça com as próprias mãos. Interrompendo-me disse, decepcionado: "Aquele cabra faz e desfaz e sequer vai preso!".
O clima estava ficando chato, pesado, quando Jão levantou a mão e pediu a palavra pra por na roda outro assunto. Sim, concedi. E ele: "Não gosto do Caetano, mas gostei de ouvir o filho da finada dona Canô falar por todos nós no Congresso Nacional". Mané emendou: "Gostei também de tudo o que ele disse. Ora como pode um presidente incentivar a invasão de terras indígenas. Foram eles, os índios, os primeiros habitantes do Brasil".
A intervenção de Mané despertou a atenção de todos. Choveram palmas. Acanhado, mané balbuciou, no seu estilo tímido: "Obrigado, obrigado".
Caetano Veloso e dezenas e dezenas de artistas foram a Brasília ontem 9 para protestar contra um projeto de lei que está em tramitação no Congresso Nacional. Essa lei permite a invasão das terras indígenas. Já foi aprovada na Câmara.
"Tá vendo, tá vendo, chefe? Isso não pode acontecer. O nosso País está sendo destruído", interveio Lampa um tanto nervoso. Enquanto falava, dos seus olhos saíam faíscas de ódio. "Esse Lampa é um doido!", exclamou numa gargalhada Zoião que até então ficara quieto ao lado de Zé.
De fato, o Brasil e o povo estão em maus lençóis. Agora o presidente usa até a guerra de Putin contra a Ucrânia pra justificar seus crimes.
Barrica olhou pra mim e foi dizendo: "Não sei porque Lampa alisa tanto esse punhal. Eu queria saber".
Tossi chamando a atenção de Lampa, que vagarosamente levantou as sobrancelhas e num tom de desabafo foi falando: "Chefe, meu sangue está subindo no zóio. Não paro de pensar naquele cabra lá de Brasília, que a todo instante ameaça nosso povo e nossos índios. Uma hora dessa eu vou dar um jeito nele".
Lembrei a Lampa que é crime fazer justiça com as próprias mãos. Interrompendo-me disse, decepcionado: "Aquele cabra faz e desfaz e sequer vai preso!".
O clima estava ficando chato, pesado, quando Jão levantou a mão e pediu a palavra pra por na roda outro assunto. Sim, concedi. E ele: "Não gosto do Caetano, mas gostei de ouvir o filho da finada dona Canô falar por todos nós no Congresso Nacional". Mané emendou: "Gostei também de tudo o que ele disse. Ora como pode um presidente incentivar a invasão de terras indígenas. Foram eles, os índios, os primeiros habitantes do Brasil".
A intervenção de Mané despertou a atenção de todos. Choveram palmas. Acanhado, mané balbuciou, no seu estilo tímido: "Obrigado, obrigado".
Caetano Veloso e dezenas e dezenas de artistas foram a Brasília ontem 9 para protestar contra um projeto de lei que está em tramitação no Congresso Nacional. Essa lei permite a invasão das terras indígenas. Já foi aprovada na Câmara.
"Tá vendo, tá vendo, chefe? Isso não pode acontecer. O nosso País está sendo destruído", interveio Lampa um tanto nervoso. Enquanto falava, dos seus olhos saíam faíscas de ódio. "Esse Lampa é um doido!", exclamou numa gargalhada Zoião que até então ficara quieto ao lado de Zé.
De fato, o Brasil e o povo estão em maus lençóis. Agora o presidente usa até a guerra de Putin contra a Ucrânia pra justificar seus crimes.
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