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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O SAMBA DO REI DO BAIÃO

Decerto nunca houve, não há e nem haverá dois Luizes do tamanho do Rei do Baião, aqui ou fora daqui. Sim, eu me refiro aquele nascido no pé da serra de Exu, PE, no dia 13 de dezembro de 1912 e batizado no dia 5 de janeiro de 1913, definitivamente o maior sanfoneiro que o Brasil já deu em todos os tempos.
Como cidadão, ele também era exemplar.
Eu o conheci bem.
Luiz Gonzaga nos deixou como herança um repertório enorme.
Refazendo as contas, lá vai: o número de músicas que ele nos legou chega a 676, incluindo as que ele compôs sozinho e com parceiros ou simplesmente de outros autores, gravadas nos mais diferentes ritmos e gêneros; desde sambas, marchas carnavalescas e até fado.
Nessa conta incluo as que ele compôs com o pai Januário e com nomes de peso à época como o jornalista David Nasser, gravadas por Isaurinha Garcia, Jamelão e Augusto Calheiros, entre outros.
Parte da sua obra desconhecida integra o projeto O Samba do Rei do Baião, de iniciativa do Instituto Memória Brasil e ora em andamento.
O primeiro ensaio (no registro acima) foi feito ontem com Oswaldinho do Acordeon, Papete, Jorge Ribbas, maestro-arranjador responsável pela transcrição em pauta; e Socorro Lira (de costas, na foto).
O júri do Prêmio da Música Brasileira reconheceu este ano Socorro Lira como a melhor cantora do País, na categoria regional.
É ela quem dá voz à obra gonzagueana garimpada por mim no acervo do Instituto.
Socorro dividirá faixas no disco O Samba do Rei do Baião com Papete, Osvaldinho da Cuíca e outros grandes artistas, incluindo a portuguesa Suzana Travassos e a galega Uxía, com quem, aliás, ela fará espetáculo na noite de 21 próximo na Funarte, na Sala Guiomar Novaes.

LUIZ GONZAGA
Acesse clicando:
jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular04.pdf

BOA COMPANHIA
O instrumentista Fábio Peron lança daqui a pouco o CD EM BOA COMPANHIA, todo com músicas de sua autoria e a participação de cobras, só cobras, como Zeli Silva (contrabaixo), Fernando Amaro (bateria), Tiago Saul (violão seis cordas) e o paizão Ítalo, no violão sete cordas. Ao lançamento seguirá um show no Teatro da Vila, que fica ali na Rua Jericó, 256, esquina com a Rodésia, no bairro de Vila Madalena.

BELCHIOR
Pois é, o cantor cearense Belchior agora está sendo procurado pela Polícia do Uruguai; mas ele não será preso ou condenado, pois lá dever dinheiro não é crime. Pelos cálculos de quem entende do riscado, o artista deve uns 200 mil reais. A pergunta que todo mundo faz é: por que Bel abandonou tudo para seguir o resto de seus dias à margem da vida?

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