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Dona deste pouco conhecido nome comprido Emília Savana de Sousa Costa da
Silva Borba, a carioca Emilinha Borba foi uma das mais aplaudidas
cantoras do Brasil. A carreira ela a iniciou aos 14 anos de idade, ao ganhar o
primeiro lugar num concurso de calouros da Rádio Cruzeiro do Sul, Hora Juvenil.
Cinco anos depois, no dia 2 de março de 1939, ela entrava num estúdio da
extinta Columbia e gravava seu primeiro disco de 78 RPM, com o samba-choro Faço
o Mesmo (Nássara/Frazão) e o samba Ninguém Escapa... (Frazão)
No carnaval de 1949 ela ganhava as paradas de sucesso com a marcha
Chiquita Bacana (João de Barro/Alberto Ribeiro), lançada em janeiro daquele ano
pela gravadora Continental, que também não existe mais.
Aliás, diga-se de passagem, já não há mais nenhuma gravadora nacional em
atividade no País, pois os gringos compraram todas com o propósito criminoso de
esconder os acervos e pôr no mercado as suas porcarias.
Emilinha gravou em vários ritmos: mambo, bolero, batucada, valsa, canção,
fox-trot e até baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, estes: Paraíba (na
reprodução do selo, acima) e Baião de Dois, lançados entre março e abril de
1950, antes mesmo do conjunto Quatro Ases e um Coringa (RCAS Victor, outubro de
1950) e do próprio Gonzaga RCA Victor, maio de 1952).
Eleita em concurso como Rainha do Rádio em 1951, Emilinha ganhou fama
como a cantora Preferida da Marinha e Marlene, da Aeronáutica.
Por anos, seus fãs alimentaram saudável disputa de quem era a melhor.
Marlene, de batismo Victória Bonaiutti de Martino, nasceu São Paulo e ano que vem fará 90 anos.
Emilinha
no dia 31 de agosto de 1923 e morreu no dia 3 de outubro de 2005.
DALVA DE OLIVEIRA
Os jornais do dia 31 de agosto de 1972 (aí ao lado) trouxeram a notícia
da morte, aos 55 anos de idade, da cantora paulista de Rio Claro Dalva de
Oliveira. Numa entrevista ao programa São Paulo Capital Nordeste, que apresentei
por quase sete anos na Rádio Capital, o seu filho Pery Ribeiro contou que era
comum o Rei do Baião frequentar a sua casa aos sábados, dia em que a mãe Dalva
reunia amigos e artistas em torno de uma saborosa feijoada que só ela dizia
saber fazer. Rolavam uísque e cachaça, mas gato escaldado Gonzaga evitava
beber.
Dalva sofreu muito na unha de Herivelto Martins durante boa parte do
tempo em que esteve casada, entre 1938 e 1950.
Pra mim ela, que era chamada de Rouxinol e Estrela Dalva, foi a voz feminina mais afinada
e bonita do Brasil.
Incentivada por Carmen Miranda, Dalva começou a cantar em 1933, com 16 anos.
Em 1936, ela passou a integrar o Trio de Ouro assim batizado pelo radialista
Cesar Ladeira, ao lado de Herivelto e Nilo Chagas.
A sua primeira gravação em disco data de 11 de maio de 1938, pela Odeon.
Ela cantoiu tangos, fados, marchas, boleros, um jongo e dois baiões de
Humberto Teixeira, Kalu, gravado em Londres; e Sem Ele, com acompanhamento de
Roberto Inglez e sua Orquestra, em 1958.
Viva Dalva!
REI DO BAIÃO
No Teatro do Núcleo Experimental, à Rua Barra Funda, 637, na zona Oeste
da cidade, seguirá até o próximo dia 8, aos sábados e domingos às 16 horas, o
musical Menino Lua, baseado na vida - e obra - de Luiz Gonzaga. Thiago França vive
o artista e Vivian Bertocco, a personagem Rosinha. Estreou no dia 27 do mês
passado. Direção de Fernanda Maia e figurinos de Zé Henrique de Paula. Vamos
enquanto não sai de cartaz?
Ouça-a cantando o baião Sem Ele, clicando:
E também Bandeira Branca:
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