Contem nos dedos: 42, 52, 62, 72,
 82, 92...
No dia 9 de março
 de 1942, Manezinho Araújo gravou a valsa Minas Gerais. Essa valsa é resultado
 de uma adaptação da canção napolitana Vieni Sul Mar, que ele fez junto com o
 mineiro José Duduca De Morais (1912-2002). A primeira adaptação dessa música,
 que tem uns 300 anos de existência, foi feita em 1912 pelo cantor, palhaço,
 Eduardo das Neves em homenagem ao maior navio da esquadra brasileira ancorado, na ocasião, no porto do Rio de Janeiro.
Eduardo das Neves, carioca da gema, foi um negro fantástico esquecido pela história. Ele aparece de corpo inteiro no livro A Alma Encantadora das Ruas (1905), do jornalista João do Rio (1881-1921). Esse também foi um cara fantástico!
Minas Gerais
 é o hino não oficial do Estado de Minas Gerais, lançado em maio de 1942. Ouça:
A canção que
 gerou o hino extra oficial dos mineiros faz parte do repertório
 do cantor italiano Andrea Bocelli.
O pernambucano de Cabo de Santo Agostinho, Manezinho
 Araújo foi um dos mais importantes artistas da música brasileira. Ele compôs e
 gravou em diversos ritmos musicais, incluindo toadas e sambas. No total, cerca
 de 170 músicas em 78 RPM. Ficou conhecido como o Rei da Embolada. Suas
 primeiras gravações,  “Minha
 prantaforma”(6 de abril de 1933) e “Se eu fosse interventô” (11 de abril de
 1933)  foram feitas nos estúdios da
 Odeon (acima). 
Muita gente boa gravou música de Manzinho incluindo o
 Rei do Baião Luiz Gonzaga.
 Toda a obra de
 Manezinho Araújo se acha no acervo do Instituto Memória Brasil, IMB.
Manezinho nasceu no dia 27 de setembro de 1910 e
 morreu em São Paulo, no dia 23 de maio de 1993, exatos 60 anos depois de
 gravar seu primeiro disco. Na missa de sétimo dia do encantamento do Mané, celebrada numa igrajinha ali do bairro de Cerqueira Cézar, SP, convidei Rolando Boldrin, Téo Azevedo e outros amigos para uma roda de samba em embolada em homenagem ao amigo que se foi. A roda foi bonita. Lembra, Boldrin?
Ai na foto, eu e ele:


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