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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

EU E MEUS BOTÕES (38)

"Seu Assis! Seu Assis!", entrou esbaforido na casa o bom botão Mané.
O que ocorre? Você viu uma assombração por aí, Mané?
"Não, não, assombração coisa nenhuma! Eu vi agora na TV o louco do presidente Bolsonaro aproveitando a onda que tem provocado a morte da rainha Elizabeth para fazer política pessoal e partidária em Londres. Ele juntou um monte de fanáticos para esculachar seu principal oponente, o Lula, e pedir votos. Diz que vai ganhar no primeiro turno...", explicou seu estado assombrado o bom Mané, logo interrompido por Zilidoro: "O cabra é sem noção, Mané!".
"Esse sujeito aí precisa é de um corretivo", resmungou do seu tamborete o Lampa, cutucando as unhas com seu inseparável punhalzinho.
"É, pelo jeito não tem jeito. O Bulsa é sujeito perigoso e uma vergonha para o Brasil", disse Barrica. E Biu: "Eu concordo com o mano Barrica. O sujeito aí é uma vergonha nacional e nunca na nossa história houve alguém tão desqualificado comandando o Brasil".
"Seu Assis, o que é que o Sr. tá achando disso tudo?", perguntou-me o até então silencioso Jão. Respondi dizendo que os brasileiros que pensam e que querem um bom futuro para o nosso país, encontrarão a maneira mais adequada de tirar o Sr. presidente do cargo que ocupa. Esse caminho leva às urnas.
Zé e Zoião bateram palmas e Zilidoro, mexendo em seu celular, achou uma música intitulada Presidente Sem Noção: "É interessante essa música, é uma modinha. Vamos cantar juntos?" https://www.youtube.com/watch?v=o_uShAkXk54
Isso aqui tá virando uma festa. Estou gostando.
O tema Bolsonaro continuou despertando a atenção, para minha surpresa, até do circunspecto Lampa:
"É, o Brasil tá meio esquisito, chefe. O sinhô conhece isso: Presidente também morre/De morte matada ou não/Lugar de quem não presta/É lá no fundo da prisão!".
E Zilidoro: "Isso aí eu conheço, é do seu Assis". 
"Eu também conheço, eu também conheço! Fala até da Covid-19. É uma porrada!", falou entusiasmado de lá do fundo da casa o insuspeito Zoião. Para minha surpresa, Barrica levantou a mão dizendo que também conhecia o poema. E sem delongas, começou:

Já não são quinhentas mortes
Já não são quinhentas mil
A desgraça toma corpo
No coração do Brasil

Não são mortes naturais
As mortes de Silvas e Bragas
São mortes provocadas
Por vírus, pestes e pragas

Praga viva inda mata
Homem, menino e mulher
Mata completamente
Do jeito que o bicho quer

Maldito Coronavírus
Que pega e mata gente
O Brasil está morrendo
Nas garras do presidente

Presidente também morre
De morte matada ou não
Lugar de quem não presta
É lá no fundo da prisão!

A cadeia te espera 
Presidente matador 
Quem apanha hoje é caça
Amanhã é caçador

Meio sem jeito, fui encerrando a roda de conversa perguntando se alguém sabia quem foi Zequinha de Abreu. E Zilidoro, na ponta da língua: "Zequinha foi um paulista de Passa Quatro, autor do belíssimo chorinho Tico-Tico no Fubá. Ele nasceu em 19 de setembro de 1880 e morreu em 1935. Deixou uma bela obra. Ele nasceu no mesmo ano em que morreu o carioca Joaquim Antônio da Silva Callado: 1880".
Poxa vida, estou orgulhoso de você, Zilidoro. Você sabe que foi Carmen Miranda a primeira cantora a gravar Tico-Tico no Fubá?
E Zilidoro: "Sei, sim. Sei também que Charlie Parker também gravou essa música. Eu adorei a gravação dele, de 1951".

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