O cantor e compositor cearense Raimundo Fagner nasceu no dia
13 de outubro de 1949. Nesse mesmo ano, no dia 10 de novembro e cantor e
compósito e pernambucano Luiz Gonzaga entrava no estúdio da extinta RCA Victor
e gravava o primeiro forró da Discografia Brasileira, Forró de Mané Vito.
Depois de Dominguinhos, Fagner é o cantor que mais tem
gravado músicas do Rei do Baião. Gonzaga e Fagner chegaram, inclusive, a gravar juntos, 2 LPs.
Em 1971, Fagner tinha 22 anos de idade. Nesse ano, ele
estreou em disco ao lado do conterrâneo Cirino. Gravadora: RGE, já extinta. O
disco, um compacto simples, passou praticamente despercebido por todo o mundo.
Dois anos depois, já noutra gravadora (PolyGram), ele grava o primeiro LP:
Manera Fru-Fru, Manera: O Último Pau de Arara. E daí não parou mais.
Entrevistei Raimundo Fagner várias vezes nos programas que
comandei, nas rádios Capital e Trianon.
Em maio de 2013 o cantor cearense e eu (foto abaixo) chegamos
a receber o Troféu Gonzagão, criado na Paraíba (PB) para premiar pessoas que têm divulgado a
obra de Luiz Gonzaga.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acham todos
os discos de Fagner. Entre eles curiosidades como uma entrevista gravada em LP
(foto acima).
A jornalista Regina Echeverria acaba de lançar à praça o
livro Raimundo Fagner: Quem me levará sou eu. Nesse livro o biografado conta
muitos e muitos lances da sua vida, como o que que dá conta da sua decisão em
defender a canção Quem me levará sou eu, de Dominguinhos e Manduka. Isso
ocorreu no festival da extinta TV Tupi, em 1979. Manduka era filho do poeta
Thiago de Mello.
Filha de paulistanos e neta de uma autentica nordestina de Carrapichel, BA, a historiadora Gabriela Nunes nasceu na Zona Leste da capital paulista há 28 anos. Gabi, como é chamada entre amigos, é uma dessas meninas apaixonada por arte e história. Seu diploma de historiadora é da UNIFESP. Gabi é encantadora e talentosa em tudo o que faz. Digo isso com a autoridade de quem tem passado já dois ou três ano junto falando, estudando, comentando, criticando o que há no mundo da cultura popular. Ela está se afastando momentaneamente, espero, do Instituto Memória Brasil, IMB, onde tem me ajudado bastante.Ah! Ia-me esquecendo: é ela quem faz as fotos em que apareço mostrando raridades do IMB que ilustram a coluna semanal que publico no newsletter Jornalistas & Cia. Por um desses belos acasos da vida, acabo de receber o querido cartunista Fausto. Fausto como cartunista é tão rápido quanto um raio e quando soube do afastamento de Gabi do IMB, mesmo provisoriamente, ele sacou do seu talento e rapidamente fixou para a posteridade a beleza radiante de Gabi. Ia-me também esquecendo: Fausto acaba de publicar o 13º livro a que intitulou Gataiada (Editora Criativo). E eu o que faço ai na foto? Ora, só rindo feliz da vida por ter pessoas tão bonitas no entorno.
Meu amigo, minha amiga, você já foi visitar a exposição multimídia Luiz Gonzaga na Eternidade dos 30? Se não foi vá e leve amigos e parentes e quem mais quiser. A exposição permanecerá aberta à visitação pública até o próximo dia 7 de novembro no Centro Cultural Santo Amaro, a Av. João Dias, 822. Santo Amaro é um dos bairros mais populosos da capital paulista, e também, talvez o maior reduto de nordestinos e descendentes de São Paulo. A segui clique nos links abaixo.
CENA DO DIA Fausto chega esbaforido dizendo que acabara de presenciar uma cena histórica e que permanecerá na sua memória por muito tempo. A cena, segundo ele, foi registrada por seus olhos que um dia a terra a de comer. Foi num vagão de trem do metrô: todo mundo com seus benditos celulares grudados à orelha enquanto uma solitária passageira viajava na leitura de um livro cujo título, não à toa intitulava-se O Milagre da irlandesa Emma Donoghue. A curiosa cena registrada por Fausto lembrou-me os tempos em que eu promovia leituras nos trens do metrô de São Paulo.
Começou ontem, 23 e seguiu hoje 24, sessão especial no Plenário do STF, em Brasília. O assunto debatido: prisão em segunda instância. Ontem o ministro Barroso terminou sua explanação citando o poeta Vinícius de Moraes. Achei curioso o ministro se escorar num poeta para reforçar suas convicções políticas. Hoje foi a vez de a ministra Rosa Weber apelar também, elegendo um poeta grego como o que mais lhe toca o coração. Não disse quem. E se disse não ouvi. Pelo jeito, pelas indicações dos faróis os poetas estão com tudo e muita prosa. As praias de todos os estados nordestinos foram poluídas por óleo crú, de origem desconhecida. E pegando embalo no gosto pela poesia dos ministros do Olimpo brasileiro...lá vai: Agora é óleo crú Que mancha o nosso mar Que mata nossos peixes Num leve pestanejar
É terrível o que se vê e difícil acreditar: por que se mata tanto Impunemente no mar? É horror o que ocorre Lá longe em alto mar Navios assassinos matando só por matar Esse é crime grave que alguém deve pagar É crime ambiental pintar de pixe o mar O mar está gemendo sufocado quer gritar Lutar, pedir socorro Para não se afogar
O que mais se comenta na zona sul de São Paulo é a exposição Luiz Gonzaga na Eternidade dos 30. A imprensa da região e de todo o canto tem feito comentários elogiosos ao material e história expostos sobre o criador do baião e do forró. Um exemplo, é o que publicou o Diário do Grande ABC (reprodução de reportagem acima) A propósito, foi no dia 10 de novembro de 1949 que Luiz Gonzaga entrou nos trabalhos de estúdio e gravou para a extinta RCA Victor o primeiro forró da Discografia Brasileira: Forró de Mané Vito, do próprio Gonzaga e do seu conterrâneo José Dantas. Você já foi e legou à exposição seus amigos e parentes? Luiz Gonzaga na Eternidade dos 30 permanecerá aberta à visitação pública no Centro Cultural de Santo Amaro, ali na rua João Dias, até o próximo dia 7 de novembro. Nas fotos abaixo, um registro da abertura ocorrida no dia 8 deste mês.
A jornalista, apresentadora do programa Bem da Terra, Renata Maron, gravou uma ótima entrevista com Sylvia Jardim e eu. Confira:
A noite do dia 8 deste sagrado mês de outubro foi muito bonita, mesmo. Pra ficar na história de quem por lá esteve. O final dessa noite contou com o genial violonista Marquinho Mendonça e a cantora cearense Laya. Por mim, aquela noite continuará pelo tempo que eu viver. Clic: https://www.facebook.com/assis.angelo.9/videos/2465829746831483/
Hoje pra ti eu planto
mais um pé de poesia
Da cor da esperança
Da cor da alegria
Para que logo nasça
Um ramo de fantasia
Ninguém vive sem sonhar
O sofrer de nostalgia
Pra quem gosta do que faz
Todo dia é dia
De juntar letra com letra
Em nome da poesia.
O dia nacional da poesia existe desde 2015. Foi criado em homenagem ao poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, que nasceu no dia 31 de outubro de 1902. Sobre Drummond, click:
Ontem sexta 18 a Academia Brasileira de Letras, ABL, anunciou ao mundo um novo imortal: Ignacio de Loyola Brandão, 82, brasileiro de Ararquara, SP.
Loyola é um cidadão a toda prova e a sua obra, importante e originalíssima.
Conheci Loyola no meus tempos de Folha de S.Paulo. Cheguei até a entrevistá-lo para o suplemento Folhetim, que circulava aos domingos no Folhão. Term Estadão, tem Folhão. O tempo passou e fui lá eu desenvolver a minha profissão nos outros jornais, revistas e emissoras de rádio e TV.
Houve um tempo em que nos reuníamos na livraria cultura, ali no conjunto Nacional. E nessas reuniões, tomando uma cervejinha, Jose Neumanne, Arnaldo Xavier, Roniwalter Jatobá, Marcos Rey, Loyola Brandão e tantos outros amigos jornalistas escritores.
No dia 20 de julho, o apresentador do programa Paiaiá Carlos Sílvio (Conectados) recebeu o novo imortal para um bate papo. Foi muito bonito.Foi um encontro de craques ao vivo.Confiram aí, clicando:
São Paulo é a principal capital do Brasil. Esta cidade reúne o maior número de nordestinos do país. É uma megalópole, a 4a. ou 5a. maior do mundo. Nas ruas dessa cidade circulam cerca de 70 línguas, quer dizer: de pessoas, de nacionalidades as mais diversas.
Já foi dito, em música inclusive, que São Paulo não pode parar. E não pára.É uma cidade que não dorme.
A noite paulistana ferve nas suas entranhas. São milhares de bares, restaurantes e todo tipo de casa comercial com suas luzes acesas e a clientela falando, cantando, comendo, brincando, fazendo o diabo a quatro.
Ontem a noite 18 fui levado a conhecer um barzinho por essas bandas em que moro, Campos Elíseos, para ouvir os amigos Brau e Antonio Gauber. Brau é violonista, compositor e cantor, e o seu parceiro Gauber, toca violino como quem toca rabeca.
A rabeca é o irmão pobre do violino. O violino é instrumento das salas de concerto. A rabeca dos ambientes populares.
Gostei de ver a rabeca se entrosando de modo natural com o violão.
O violão fala grosso e a rabeca se impõe com sua alma feminina.
Palmas para Brau e Gauber ( aí ao lado).
Domingo à tarde 13 fomos o amigo escritor Darlan Zurc e eu, abraçar o querido cartunista Fausto num ambiente cheio de gente ali pelos lados de Ana Rosa. Não era propriamente uma livraria, mas um lugar cheio de gente falante. Esse público era formado basicamente, por quadrinhistas, ilustradores, etc. O Fausto chegou de viagem de fora quase direto para lançar seu novo livro. Chama-se Gataiada (aí na foto). E ele é muito observador. Vejam vocês: outro dia, conversa vai conversa vem, ele me pergunta o que eu acho de gato. Aqui em casa, além de mim, tem Geraldo e Luna. Esse casal é formado por gato mesmo. Pois bem, foi então que respondi "que não sei, você não sabe, mas há quem ache que gato já foi gente" e não é que essa bobagem de frase o Fausto incluiu no seu livro?
Após abraçar o Fausto lá fomos Zurc e eu tomar um chopp com o paiaiaense Carlos Sílvio, que estava comandando um evento com umas três mil pessoas. A grande maioria, de Paiaiá, BA, e redondezas. Uma zoada dos infernos. E de repente, não mais que de repente, lá fui eu chamado para dizer umas coisas. E eu disse esse poema aí, que escrevi há pouco:
Téo Azevedo em entrevista à Assis Ângelo, Carlos Sílvio e Helvídio Mattos, ao canal Instituto Memória Brasil
Na foto menor, ontem, 17, reunimos amigos para falar sobre o dia nacional da Música Popular. Essa data foi inspirada no aniversário de nascimento da maestrina Francisca Edwiges Neves Gonzaga, que entrou para a história da nossa música como Chiquinha Gonzaga (1847-1935), Chiquinha deixou centenas e centenas de músicas de sua autoria. Ela foi incrível. Sua história é incrível. É preciso conhecer mais e mais a história dessa grande compositora e instrumentista brasileira. Estiveram conosco na sede eternamente provisória do Instituto Memória Brasil, IMB, Maurício Pereira (grande mestre cuca!), Téo Azevedo, que nos concedeu uma excepcional entrevista transmitida ao vivo pelo cinegrafista Chico Silva; Cris Alves (uma das batutas do IMB); Carlos Sílvio, apresentador de raro talento (Paiaiá, Rádio Conectados) e Helvídio Mattos. A IDADE ESTÁ CHEGANDO... Há poucos dias acrescentei mais um ano à minha idade. Na ocasião tive a alegria de receber Wilson Baroncelli, José Hamilton Ribeiro e Yolanda; Darlan Zurc, Carlos Sílvio, Luiz Wilson, José Cortez, Germano Jr., violonistas César Amaral e Gislânia; Marquinho e Ibys Maceioh; a cantora Laya, Cris Alves, Ana e Geremias; Lúcia, Márcia e Andréia, Vanira e Mari; Sílvia Jardim e Marcelo, Silene. Recordar é viver. É só clicar:
A irmã Dulce virou santa e o padre Cícero, hein?
Dos nove Estados nordestinos, o Ceará é o que oferece mais candidatos à eternização no correr dos tempos: quatro, além do Padim.
Em 1928 a menina Benigna Cardoso da Silva preferiu morrer na ponta de uma faca a ceder aos instintos sexuais de um tresloucado adolescente. Ela tinha só 13 anos de idade e já à época foi considerada uma santa mártir pela população cearense.
Os outros três candidatos a santo são religiosos, como José Antônio de Maria Ibiapina (1806-1883).
O padre Ibiapina nasceu no Ceará e morreu na Paraíba. Ele foi um dos mais completos cidadãos que andaram pelo árido solo nordestino desenvolvendo bondades e todo o tipo de assistência aos miseráveis que topava pela frente. Foi um dos grandes intelectuais da Igreja Católica.
Todos esses candidatos, mais o padre Padim Ciço esperam reconhecimento para beatificação pelo Papa Francisco, que acaba de canonizar a soteropolitana Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (1914-1992).
Para o povo nordestino, Ciço já é santo há muito tempo, mesmo antes de ser excomungado pela Igreja.
O Padre Cícero faz parte do imaginário popular desde sempre.
No início do século XX, quando a industria fonográfica passou a florescer, o nome do padre apareceu num disco da casa Edson (1902) na música A Farofa gravada pelo primeiro cantor profissional do país, Manoel Pedro dos Santos (Bahiano). Depois de Bahiano, o primeiro cantor a cantar o nome do padre do Ceará foi Luiz Gonzaga (1912-1989), na música Légua Tirana. Essa música foi gravada no dia 9 de junho de 1949 e lançada em outubro desse mesmo ano.
O mês de outubro jamais deveria ser esquecido na história do Brasil. Por uma razão gritante: foi nesse mês, precisamente no dia 5, que as Forças Armadas liquidaram com toda a população do
Arraial de Canudos, na Bahia.
Quem mandou acabar com o povo de Canudos, entre os anos de 1896 e 1897, foi o então presidente da República Prudente de Morais. Prudente foi o primeiro presidente civil do País.
Ontem 12 foi o aniversário de nascimento do cantor country do Brasil, Bob Nelson.
E por falar em country, ali na Zona Sul paulistana, no Terra Country, está rolando um som da pesada, como diz o pessoal aí mais novo.
O nova-sourense Darlan Zurc conta que todos os anos, desde 2016, é promovido em São Paulo o Encontro dos Baianos Nova-Sourenses perdidos na capital dos bandeirantes. Esse encontro, ainda segundo ele, é cometido com o intuito de localizar os conterrâneos e pô-los frente a frente. O primeiro que sacar a arma, qualquer arma, pode morrer, mas sabendo o motivo.
Nova Soure é um município distante uns 230km de Salvador, capital-berço de personagens de grande relevância na cultura nacional como o compositor, ator, poeta e músico Xisto Bahia, autor da primeira composição gravada em disco no Brasil: o "Lundu Isto é Bom", gravado por Bahiano, de batismo Manuel Pedro dos Santos (1870-1944).
Deixo aqui uma sugestão para o próximo encontro dos nova-sourenses: que se mostre a cultura daquela região.
Ah! Pra quem não sabe: Luiz Gonzaga, rei do baião, abria os espetáculos de Bob Nelson. Em vinte e quatro músicas da discografia de Nelson, traz o som da sanfona do grande exuense.
Você, meu amigo e minha amiga, já foi pousar os olhos na belíssima exposição multimídia sobre Luiz Gonzaga, ali no Centro Cultural de Santo Amaro?
Luiz Gonzaga morreu, mas a sua obra está viva. O Rei do Baião, como ficou conhecido, deu vida a vários ritmos que hoje integram o cancioneiro popular. Além do baião, que lançou com o cearense Humberto Teixeira em 1946, Gonzaga e o sei conterrâneo Zé Dantas criaram o forró como ritmo e gênero musical. O forró foi gravado pela primeira vez no dia 10 de novembro de 1949, há 70 anos portanto. É tempo, pois, de comemorarmos essa ultima criação do pernambucano de Exu Luiz Gonzaga do Nascimento. Gonzaga é o mais biografado artista da música popular brasileira. Mais de 50 livros já foram escritos a seu respeito. Eu mesmo escrevi e publiquei três: Eu vou contar pra vocês, Dicionário Gonzagueano e Lua Estrela e Baião, a História de um Rei. Fora isso, o artista já foi personagem de mais de 400 folhetos de cordel. Em sua homenagem já foram compostas e gravadas mais de quinhentas músicas. A partir de quarta 9 estaremos apresentando ao público uma grande exposição sobre a vida e carreira artística do Rei do Baião. Isso, no Centro Cultural de Santo Amaro. Vale a pena dar uma espiada nessa mostra. Para saber mais, acesse os links ai:
É impressionante como ainda há brasileiros e brasileiras que
não sabem o tamanho do Brasil, novos e de ontem.
O Brasil é do tamanho dos melhores pensamentos, das melhores
ideias.
Não há um Brasil fora do Brasil, tão grande quanto este em
que vivemos. O Brasil é especial.
Foi no Brasil que nasceu o maior compositor de todas as
Américas: Antônio Carlos Gomes (1836-1896).
Amar o Brasil, é amar quem mais a gente ama: pessoas iguais
a nós, de todos os sexos.
No campo da cultura popular, o Brasil não tem igual dentre
quase 200 nações catalogadas pela Organização das Nações Unidas, ONU.
Eu andei por aí, procurando Luiz Gonzaga em tudo quanto é
lugar. E eu achei o Brasil em todo canto.
O Brasil é único, nos seus mais de 8,5 milhões km².
Os capitães idiotas passam, e o Brasil fica.
Tudo isso, até aqui dito, tem uma razão: Luiz Gonzaga
(1912-1989).
O brasileiro Luiz Gonzaga do Nascimento corneteiro 122 do
Exército brasileiro transformou-se no Rei do Baião, do Xote, do Xaxado, da Marchinha Junina e do Forró.
Luiz Gonzaga e o seu conterrâneo José Dantas , o Zé Dantas (1921-1962)
inventaram o forró. Isso aconteceu, historicamente, no dia 10 de novembro de
1949.
O Forró, como gênero musical, está completando, pois, 70
anos de vida.
No próximo dia 8, estarei junto com o Brasil contando a
história do forró no Centro Cultural Santo Amaro. O endereço é este: Av. João
Dias, 822, Santo Amaro.
É coisa bonita o que ocorrerá nesse 8 de outubro, a partir
das 19h. Lá estaremos com a fabulosíssima Laia, cantora por todos os astros a
nós enviada e o menino-mestre Marquinhos Mendonça (do violão, incrível).
Nessa noite de 8 de outubro de 2019 estarão comigo, além de
Laya e Marquinhos, o caboco forte das Alagoas Ibys Maceioh.
Isso tudo tem a ver com Luiz Gonzaga: Na Eternidade dos 30.
É muita história.
Ou a gente redescobre o Brasil e o ama ou estaremos perdidos.
Atenção: A visitação pública a essa exposição ocorrerá a partir de quarta feira 9, até o dia 7 de novembro.
No dia, mês e ano em que o cantor Francisco de Morais Alves,
o Chico Alves, também conhecido como o Rei da Voz, partia em direção ao céu
depois de um a cidade automobilístico na via Dutra, região de Taubaté e
Pindamonhangaba, eu desembarcava neste-mundinho-de-meus-Deus-do-céu também,
para poucos, conhecido como inferno. E cá estou eu chiando, mas vivo desde a
madrugada do dia 27 de setembro de 1952.
Chico Alves morreu aos 54 anos, uma semana e um dia de
idade, deixando 983 músicas gravadas em disco de 78 RPM, nos mais diversos
ritmos.
Em 1919, Chico gravou em Disco Popular a primeira música (ai
ao lado) do seu amplo repertório: O pé de anjo, marcha carnavalesca de Sinhô
(José Barbosa da Silva;1888-1930).
Sem dúvida, Chico é uma lenda. Até porque diziam ser ele um
grande “comprositor”. Mas essa é outra história.
Chico partiu para a Eternidade no dia em que também nascia
Manuel Pereira de Araújo (ai comigo, na foto), pernambucano da cidade de Cabo
de Santo Agostinho e que o tempo o transformaria no Rei da Embolada. Mané
nasceu no ano de 1910 e foi-se dia 23 de maio de 1993, deixando aqui a gente
chorando por ele. Para amenizar a dor eu chamei uma semana depois Teo Azevedo,
Rolando Boldrin e outros amigos para um canto de roda naquela igrejinha que há
ali por perto da rua Frei Caneca, bairro paulistano de Cerqueira Cesar.
Mané começou a gravar discos em 1933. Ele era admirador
quase fanático de Minona Carneiro (1902-1936). Minona era um embolador
arretado!
Quem descobriu Manezinho para a música foi o violonista
Josué de Barros (1888-1959), também descobridor da portuguesinha Carmem Miranda
(1909-1955).
Eu guardo com muito carinho, na memória, a imagem e a voz do
Rei da Embolada. Eu costumava frequentar a sua casa na rua Augusta, cá em
Sampa. Muitas vezes o querido colega de profissão e amigo Audálio Dantas
(1929-2018) ia comigo abraçar o Mané. Quanta história!
67 ANOS, UMA ETERNIDADE...
Até aqui, pelas minhas contas, eu já vivi 804 meses, 3500 semanas, 25 mil dias e pelo menos 580 mil horas. É tempo, não é? Pra comemorar esse tempo, a minha filha Ana e a santa Ivone resolveram chamar amigos para eu comer e beber com eles. Foi sábado, 28. Tem um registro ai, que abre este texto.
Agradeço a Deus por ter me dado pessoas tão queridas como essas que ai estão, na foto.
Comédias e tragédias da política nacional se acham
registradas em fotos e charges desde o Império. O pioneiro do traço satírico Angelo
Agostini (1843-1910) deitou e rolou fazendo graça e irritando os poderosos do
seu tempo.
No final de 1897, o presidente civil Prudente de Morais (1841-1902)
foi atacado por um soldado do Exército, que errou o alvo e matou o Marechal
Carlos Machado Bittecourt, ministro da Guerra.
Esses dois casos ganharam grande repercussão na imprensa,
como repercussão também ganhou o assassinato do super senador gaúcho Pinheiro
Machado, que segundo os observadores da época era quem mandava no presidente
Hermes da Fonseca (1855-1923). Machado foi apunhalado pelas costas por um
padeiro no hall do chiquérrimo Hotel dos Estrangeiros, no Rio.
Tivemos muitas revistas semanais de crônica e crítica à política,
importantíssimas.
O Malho, surgida em 1902 e finda em 1954, deixou nas suas
páginas um legado incrível sobre o comportamento e vida dos bambambans que
mandavas e desmandavam no Congresso, como ainda hoje.
Em 1929, o deputado federal Idelfonso Simões Lopes (1866-1943)
matou com dois tiros o seu colega de Câmara, Souza Filho.
Em 1928, surge no Rio de Janeiro a revista de maior tiragem
da época: O Cruzeiro, que também deixou um material de extrema importância para
o estudo da História. Essa revista durou 47 anos ininterruptos. A Manchete,
outra revista também importante, surgiu em 1952 e ficou nas bancas durante 48
anos.
Em 1954, depois de duramente atacado por Carlos Lacerda, o
presidente Getúlio Vargas decidiu encerrar seus dias com um tiro no próprio
peito. A consternação foi geral.
Em 1963 o senador Arnon de Melo (1911-1983), pai do
ex-presidente Fernando Collor, sacou o revólver e disparou vários tiros contra
um desafeto. Isso no Senado. Os tiros atingiram o suplente de senador José Kairala,
do Acre, que morreu na hora.
A revista semanal de maior duração é, hoje, Veja (11 de
setembro de 1968).
Curiosidade: o assassino do Marechal Carlos Machado
Bittencurt tinha Bispo no nome (Marcelino Bispo de Melo), como o cara (Adelíno
Bispo de Oliveira) que partiu armado de faca pra matar o candidato militar
reformado Jair Bolsonaro.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, há centenas de
títulos de revistas brasileiras, incluindo Fon-Fon, Cena Muda, Vida doméstica
etc. PROVOCAÇÕES José Hamilton Ribeiro, jornalista dos bons, estará amanhã 24 no programa Provocações, apresentado pelo provocador Marcelo Tas. Esse Zé tem muito o que dizer. E ele vai dizer muita coisa ao Tas ali pelos começos das 22h. Fiquem ligados. O Tas que se cuide, pois o Zé é bom de papo.
PROGRAMA PAIAIÁ O jornalista e biógrafo de Geraldo Vandré, Vitor Nuzzi participou nesse fim de semana do programa Paiaiá, apresentado pelo craque baiano Carlos Silvio. Foi uma conversa muito gostosa. Confiram:
O dia 20 de Setembro marca o
início da mais duradoura revolução brasileira. Foi no Rio Grande do Sul,
notadamente em Porto Alegre e Santa Catarina, que a coisa eclodiu. Duas
centenas de homens armados declararam guerra contra o Império. Queriam a
separação do Rio Grande, sua independência. Tudo começou quando o imperador
passou a cobrar altos impostos dos produtores gaúchos, privilegiando os
produtores argentinos e uruguaios. Mas o que isso tem a ver com música brasileira?
No começo do século passado,
surgiu no Rio Grande a 2a. mais importante fábrica de discos do País: A
Elétrica.
No correr do tempo, os gaúchos
registraram parte de sua história musical nos discos de A Elétrica, através do
selo Gaúcho. Mas foi na já extinta gravadora Continental que os artistas do Rio
Grande encontraram guarida para dar prosseguimento a sua história musical.
São do Rio Grande do Sul o
conjunto Farroupilha, surgido em 1948 e extinto no início dos anos de 1970. Fez
história. E fizeram história também muitos outros grupos musicais. É dessa região também Paixão Côrtes, Teixeirinha (Coração de Luto), Gildo de Freitas,
Gaúcho da Fronteira e tantos e tantos mais.
A revolução Farroupilha também
chamada de Guerra dos Farrapos começou em 1835 e terminou em Março
de 1845. Dez anos, portanto. Morreram 3.400 pessoas, mais ou menos.
Foram muitos os movimentos
separatistas no Brasil. Muitos desses movimentos continuam em Brasília, São Paulo, Rio
Grande do Sul e até na Paraíba.Voltarei ao assunto. Ah! ia-me esquecendo: a
expressão Farroupilha surgiu no Rio de Janeiro, nos anos 20 do século 19.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acha uma grande quantidade de discos registrando a musicalidade da terra de Bento Gonçalves, que nasceu no dia 23 de Setembro de 1788 e morreu, como herói, em 18 de julho de 1847. Ele foi presidente da República Farroupilha. Essa República contou com brasão, hino e bandeira. A bandeira do RGS tem as cores verde, vermelha e amarela representando, respectivamente, as florestas, as revoluções e as riquezas minerais. Além disso, exibe a data: 20 de setembro de 1835.
SEMANA FARROUPILHA
Terminou hoje a Semana Farroupilha, que existe desde o início da segunda metade dos anos de 1940. A semana conta, tradicionalmente, com uma ampla programação e lembra os grandes personagens da Revolução. Detalhe: o personagem de destaque dessa semana foi o folclorista Paixão Côrtes (1927-2018). Côrtes deixou muitos livros sobre a cultura do RGS. Foi ele um dos criadores do CTGs. De sua autoria, deixou o hino do Rio Grande do Sul. Há uns sete anos eu o entrevistei para um programa de rádio em São Paulo. Ouça:
Em 1919, Juscelino Kubitschek de Oliveira tinha de idade 17
anos. Á época ele concorreu a uma vaga de telegrafista no município onde
nasceu, Diamantina, MG. Mas não seguiu carreira, pois queria mesmo era ser
médico. Virou médico. Mas de mansinho, como todo o bom mineiro, Juscelino foi
embrenhando-se no mundo da política. Antes de virar presidente do Brasil, em
1955, foi prefeito de Belo Horizonte. Quem o conheceu de perto lembra que JK
era uma pessoa muito simples, afável, comunicativa. Arranhava o violão e da
garganta extraia notas de modinha. Foi um seresteiro nato.
Um dia a cantora Inezita Barroso contou-me da beleza que era
estar com Juscelino.
Certa vez JK já presidente mandou um avião pra levar Inezita
de São Paulo à Brasília. Ela não acreditou que era ele quem estava do outro
lado da linha. Depois de duas tentativas de falar com Inezita, JK conseguiu
convence-la de que a voz que a convidava era, mesmo, do presidente. “Ai foi o
máximo, adorei. E cantamos muito, juntos”.
No final de 1969, Juscelino foi convidado para participar de
um LP que chamou-se J.K. em Serenata. Ele topou cantar e ser gravado. O LP
referido é esse ai que se acha nas minhas mãos.
A direção artística do disco coube a Yonne Lopes e
Crisantino Dionísio Gomes; e a coordenação geral a Serafim de Melo Jardim. Três
violões, um cavaquinho, uma clarineta e uma flauta, mais o grupo de seresta de
Diamantina acompanharam JK na empreitada que resultou no LP lançado em 1970
pelo extinto selo Beverly.
Já não se faz presidente como se fazia há bem pouco tempo.
Ah! Juscelino Kubistchek de Oliveira nasceu no dia 12 de
setembro de 1902, e morreu no dia 22 de agosto de 1976.
O repórter fotográfico é o profissional que gera fotografias
que dizem tudo de um momento.
Os momentos na foto jornalismo foram, são e serão sempre de
importância fundamental na história de qualquer país.
A fotografia nasceu nos começos do século 19, na França.
A fotografia como foto jornalismo começou a ganhar força e
importância no Brasil a partir da terceira década do século passado.
Falar da foto jornalismo no Brasil e no mundo é lembrar uma história
que movimentou a vida Nacional.
O jornal O Estado de S. Paulo mostrou, a partir do começo
dos anos 1930, que a fotografia instantânea seria um marco fundamental para se
compreender historicamente a realidade do mundo.
No começo de 1950, no Rio de Janeiro, Samuel Wainer criou o
jornal Última Hora. Esse jornal foi o jornal que apostou fundamentalmente na
fotografia como registro da história.
Em
1966, o jornal da Tarde fez o que fez a Última Hora.
Entre a Última Hora e o Jornal A Tarde, o jornal do Brasil
também mostrou a importância da foto jornalismo.
Grandes repórteres fotográficos integram e fazem parte dessa
história, da história da foto jornalismo. De bate pronto, lembro de Gil
Passarelli, José Pinto (O Cruzeiro) e Jorge Araújo. O Jorge, que conhece mundo
e meio, fez história com fotos históricas.
É dele a foto aí embaixo:
JORNALISTAS E CIA
Esta semana o NewsLatter Jornalista e Cia publicará um caderno
especial sobre o fotógrafo José Pinto.