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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A TRAGÉDIA BRASILEIRA EM REVISTA



Para lembrar:

Comédias e tragédias da política nacional se acham registradas em fotos e charges desde o Império. O pioneiro do traço satírico Angelo Agostini (1843-1910) deitou e rolou fazendo graça e irritando os poderosos do seu tempo.
No final de 1897, o presidente civil Prudente de Morais (1841-1902) foi atacado por um soldado do Exército, que errou o alvo e matou o Marechal Carlos Machado Bittecourt, ministro da Guerra.
Esses dois casos ganharam grande repercussão na imprensa, como repercussão também ganhou o assassinato do super senador gaúcho Pinheiro Machado, que segundo os observadores da época era quem mandava no presidente Hermes da Fonseca (1855-1923). Machado foi apunhalado pelas costas por um padeiro no hall do chiquérrimo Hotel dos Estrangeiros, no Rio.
Tivemos muitas revistas semanais de crônica e crítica à política, importantíssimas.
O Malho, surgida em 1902 e finda em 1954, deixou nas suas páginas um legado incrível sobre o comportamento e vida dos bambambans que mandavas e desmandavam no Congresso, como ainda hoje.
Em 1929, o deputado federal Idelfonso Simões Lopes (1866-1943) matou com dois tiros o seu colega de Câmara, Souza Filho.
Em 1928, surge no Rio de Janeiro a revista de maior tiragem da época: O Cruzeiro, que também deixou um material de extrema importância para o estudo da História. Essa revista durou 47 anos ininterruptos. A Manchete, outra revista também importante, surgiu em 1952 e ficou nas bancas durante 48 anos.
Em 1954, depois de duramente atacado por Carlos Lacerda, o presidente Getúlio Vargas decidiu encerrar seus dias com um tiro no próprio peito. A consternação foi geral.
Em 1963 o senador Arnon de Melo (1911-1983), pai do ex-presidente Fernando Collor, sacou o revólver e disparou vários tiros contra um desafeto. Isso no Senado. Os tiros atingiram o suplente de senador José Kairala, do Acre, que morreu na hora.
A revista semanal de maior duração é, hoje, Veja (11 de setembro de 1968).
Curiosidade: o assassino do Marechal Carlos Machado Bittencurt tinha Bispo no nome (Marcelino Bispo de Melo), como o cara (Adelíno Bispo de Oliveira) que partiu armado de faca pra matar o candidato militar reformado Jair Bolsonaro.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, há centenas de títulos de revistas brasileiras, incluindo Fon-Fon, Cena Muda, Vida doméstica etc.

PROVOCAÇÕES


José Hamilton Ribeiro, jornalista dos bons, estará amanhã 24 no programa Provocações, apresentado pelo provocador Marcelo Tas. Esse Zé tem muito o que dizer. E ele vai dizer muita coisa ao Tas ali pelos começos das 22h. Fiquem ligados. O Tas que se cuide, pois o Zé é bom de papo.


PROGRAMA PAIAIÁ

O jornalista e biógrafo de Geraldo Vandré, Vitor Nuzzi participou nesse fim de semana do programa Paiaiá, apresentado pelo craque baiano Carlos Silvio. Foi uma conversa muito gostosa. Confiram:



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