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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O METRÔ A SERVIÇO DOS USUÁRIOS: NOVIDADES À VISTA

Assisti Avatar, o novo filme de James Cameron, o mesmo de Titanic.
Ficção, ação, aventura etc. e tal em tela privilegiada. Som idem.
Ficção e realidade se misturam entre si, se fundem; não por acaso, confundem.
Avatar é exemplo.
Os Sertões, de Euclides da Cunha, também.
O que um tem a ver com o outro?
Pra começar, dois coronéis de exército.
Um do passado, outro do futuro.
O primeiro, de Avatar, se chama Miles Quaritch e é um troglodita completo, vilão de primeira linha e minudezas. Irretocável.
O segundo, de Os Sertões, Antônio Moreira César.
Na hora do vamos ver, Quaritch promete a seus comandados que vai “jantar” em Pandora, lua fictícia do fictício mundo virgem de Polifemo criado por Cameron, onde ele, o troglodita Quaritch, imagina pôr fim a tudo que se mova nesse mundo de pureza total, de beleza incomum, com o peso da sua ignorância e armas mortíferas, impensáveis ainda na realidade de hoje.
O mesmo fizera César, com ligeira variação ao prometer a seus comandados que iria “almoçar” em Canudos, tão certo estava do massacre que promoveria com seus homens e canhões de último tipo em poucas horas contra os fiéis seguidores do beato Antônio Conselheiro, no interior da Bahia de fins do século 19.
O primeiro se lascou, o segundo também.
Quaritch é um celerado, asqueroso, mal dos males.
César, também.
O primeiro embota a ficção.
O segundo, a história do Brasil.
A promessa do primeiro se vê em tela larga e em 3D, na batalha final de Pandora, em Avatar.
A promessa do segundo se lê à página 327 da 9ª edição (definitiva; Livraria Francisco Alves, 1926) de Os Sertões.
A história de Cameron se passa num tempo não muito longe da nossa imaginação, quando tudo parece final e a salvação da raça dá sinais de vida na selva de Pandora – ou da Amazônia, se me entendem.
Nesse ponto, a “mensagem” de Cameron é primorosa, cabendo aos poderosos do momento assumi-la.
Sem dúvida, além de lição exemplar, o Avatar de James Cameron é uma boa diversão para crianças dos 8 aos 80.
Fica o recado: cuidemos do nosso planeta.

O CIDADÃO, EM PRIMEIRO LUGAR
Se o que se passa em Pandora é ficção, o que se passa no Metrô de São Paulo é realidade das boas, diferentemente do que se viu em Canudos do beato Conselheiro.
A realidade que se colocará já, já, nos trilhos das novas estações a serem entregues ao público garantirá mais vida e segurança aos três milhões e tanto de usuários/dia do nosso sistema metroviário, o primeiro do País, fundado em 68.
Digo o que vi:
Ontem à tarde, conferi pessoalmente a ação dos trabalhadores – a maioria formada por nordestinos – nas obras da futura estação Sacomã da Linha-2 Verde, na região Sul-Sudeste de Sampa.
Bonito,
Incrível o empenho de todos em prol da coletividade.
Perguntei ao engenheiro Peter Alouche, um dos fundadores do Metrô de São Paulo e hoje requisitadíssimo profissional de consultoria na área de transportes do Grupo Trends Tecnologia, quais as novidades a serem implantadas nas futuras estações, além da reformulação da linha de bloqueio anunciada pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella.
Peter destacou as vantagens do sistema de porta-plataformas novísissimo nas Américas (a novidade vem da Ásia) que está sendo implantado primeiramente na estação Sacomã:
“Segurança dos usuários e confiabilidade da operação, evitando paradas provocadas por quedas de objetos no vão entre os trilhos. Além disso, esse novo sistema de portas evitará suicídios, quedas de crianças e adultos no mesmo vão...”.
Voltarei ao assunto.
Ah! Na foto, o novo sistema de portas sendo instalado na estação Sacomã que será entregue em breve à população.

3 comentários:

  1. Muito legal esse paralelo entre Avatar e Os Sertões. Para pensar. Quanto à segunda parte, está pensando em voltar à assessoria de imprensa do Metrô?

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  2. assisangelo@uol.com.br28 dezembro, 2009 19:16

    Não, Marcão.
    Nesse campo, já fiz a minha parte. Porém acho que é preciso dizer o que nem todos dizem. E no caso, com propriedade, pois trabalhei lá por quase 11 anos como chefe do departamento de imprensa, o que, aliás, muito me orgulha.
    Grande abraço deste seu amigo e admirador,

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  3. Gostei da observação do Marco, que sei ser amigo do meu pai, Assis, sobre o filme Avatar e alguma relação com o livro Os Sertões, de Euclides da Cunha. Sou paulsitana e, naturalmente, usuária do Metrô. Pergunto: são mesmo necessárias para nós as tais portas de plataformas que estão sendo implantadas nas novas estações?

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