A toada Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, foi gravada originalmente por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de 1947 e, no formato de disco de 78 RPM, lançada ao mercado dois meses depois pelo esquema publicitário da extinta RCA Victor.
Dessa gravação participaram Canhoto, no cavaquinho; Dino, no violão 7 cordas; Carlos Poyares, na flauta; Zequinha, no triângulo e agogô; e Catamilho, na zabumba.
Não confundir o Canhoto a quem me refiro, de batismo Waldiro Frederico Tramontano (1908-87), com o violonista Canhoto da Paraíba (Francisco Soares de Araújo; 1925-2008).
Dino e o próprio Canhoto, chamado de Canhoto do Cavaco, faziam parte do Regional de Benedito Lacerda, criado no começo dos anos de 1930 com o nome de Gente do Morro.
O regional de Benedito acabou e Canhoto o assumiu, levando Dino e Meira, que não participou da gravação de Asa Branca.
Em 1950 e em 1952, Luiz Gonzaga regravou Asa Branca.
Depois ele faria outras quatro ou cinco regravações, um delas no ritmo de forró.
Coube ao Trio Melodia o registro da 2ª gravação de Asa Branca, para a extinta Continental.
Esse trio era formado por Paulo Tapajós, Albertinho Fortuna e Nuno Roland.
A 3ª gravação dessa toada foi feita pelo flautista Altamiro Carrilho, que anos depois viria a gravar em estúdio com o próprio Rei do Baião.
Exatos 60 depois da 1ª gravação, eu e a produtora cultural Andrea Lago reunimos um grupo de artistas na paulistana Praça da Sé para lembrar a data.
Entre os artistas que atenderam ao nosso chamado marcaram presença a rainha do forró Anastácia e a cantora do grupo Bicho de Pé, Janaína Pereira; os poetas Moreira de Acopiara e Marco Haurélio, os brincantes Valdeck de Garanhuns e Costa Senna; o violonista Roberto Di Mello, Cacá Lopes, Nininho de Uauá, Joel Marques, Carlos Randall, a Banda de Pífanos de Caruaru o Trios Sabiá.
Os jornais qualificaram os artistas presentes de “pelotão de choque cultural contra a mesmice e a burrice nacionais” (foto acima, Jornal da Tarde, SP).
Como previsto, na ocasião lancei literalmente à praça o livro Dicionário Gonzagueano, de A a Z (foto abaixo, de Darlan Ferreira).
Foi uma festa e tanto!
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"BETHOVEN DO SERTÃO"
ResponderExcluirCarlos Silva
Tô com saudades, de ouvir na voz do povo/
Como se aqui de novo Estivesse Gonzagão/
Cara de lua, lua cheia peregrino/
Orgulho tão nordestino, é Luiz Rei do baião/
A asa branca molha o solo de saudades/orvalhando suas lágrimas pelos campos do sertão.
Canta vaqueiro, seu aboio de criança, imortaliza a lembrança,faz chorar seu coração.
Saudades tenho, desse lado brasileiro, dessa nação de guerreiro desse povo tão feliz.
Que tem saudades do filho de Januário,foi a ele que Santana, deu o nome de Luiz.
Êh Luiz, rei do baião, és o Bethoven desse chão hospitaleiro.]ÊH Luiz, teu coração, marca o compasso desse povo brasileiro.
Carlos Silva poeta e cantador, homenageia no proximo cd, Luiz Gonzaga o rei do Baião no seu centenário.
11 7679-4241 5942-0385
Esqueceram na virada cultural
ResponderExcluirDeste genio da cultura popular
Gonzagão muito teve a eninar
Aos sulistas com seu canto genial
Esquecido de forma descomunal
O nordeste e o povo lamenta e chora
A ignorancia praticada nesta hora
Foi um ato de burrice programada
Eita povo que ja não entende nada
Então peçam desculpas ao povo agora
Carlos Silva
"BETHOVEN DO SERTÃO"
ResponderExcluirLetra e musica:
Carlos Silva
Tô com saudades, de ouvir na voz do povo/
Como se aqui de novo Estivesse Gonzagão/
Cara de lua, lua cheia peregrino/
Orgulho tão nordestino, é Luiz Rei do baião/
A asa branca molha o solo de saudades/orvalhando suas lágrimas pelos campos do sertão.
Canta vaqueiro, seu aboio de criança, imortaliza a lembrança,faz chorar seu coração.
Saudades tenho, desse lado brasileiro, dessa nação de guerreiro desse povo tão feliz.
Que tem saudades do filho de Januário,foi a ele que Santana, deu o nome de Luiz.
Êh Luiz, rei do baião, és o Bethoven desse chão hospitaleiro.
Êh Luiz, teu coração, marca o compasso desse povo brasileiro.
Carlos Silva poeta e cantador, homenageia no proximo cd, Luiz Gonzaga o rei do Baião no seu centenário.
115942-0385
117679-4241 115844-4940
Matéria simpática, porém há DOIS ERROS:
ResponderExcluir1 - A primeira gravação de ASA BRANCA, em 1947, tem somente sanfona, violões e cavaquinho. Basta ouvir a gravação original neste LINK: https://www.youtube.com/watch?v=50Zobyy3tsc
Portanto, não tinha nem flauta, nem zabumba e nem triângulo. A dupla triângulo e zabumba somente passaram a fazer parte do acompanhamento das músicas do Gonzagão a partir de 1949, adquirindo constância somente depois de 1952.
2 - A segunda gravação de ASA BRANCA não foi em 1950, mas em 1952.
abraços,
Pedro Paulo