A seu velório no cemitério da Consolação, em São Paulo, compareceram cerca de 30 pessoas.
A Missa de 7º Dia, celebrada na capela do Divino Espírito Santo, à Rua Frei Caneca, 1047, foi marcada por uma bonita e pungente roda musical que improvisamos e que contou com Audálio Dantas, Téo Azevedo e Rolando Boldrin, entre outros.
Manezinho, que foi o primeiro artista da nossa música a gravar um jingle para o rádio, ainda nos anos 30, ficou famoso como rei da embolada.
Ele deixou clássicos na sua própria voz, como Pra Onde Vai Valente (1934) e O Carrité do Coroné (1939), e na voz de artistas como Luiz Gonzaga.
No seu gênero, foi único.
Pois é, e nem parece que já faz uma semana que o cientista e compositor paulistano Paulo Vanzolini (aí na foto, comigo e amigos) nos deixou. E para lembra-lo será celebrada hoje, às 20 horas, uma missa na Paróquia Santa Margarida Maria, à Av. Lins de Vasconcelos, 2129, Aclimação.
Ana Bernardo, que foi a sua companheira por muitos anos, diz que à paróquia a música será bem-vinda.
O corpo de Paulo, como o de Manezinho, foi sepultado no cemitério da Consolação.
Em memória a Paulo, eu alinhavei estas linhas heptassílabas aos moldes dos poetas repentistas do Nordeste, de que tanto ele gostava:
Vanzolini foi-se embora
Rumo à eternidadeEle deixou obra completa
E em nós muita saudade
Foi mestre, compositor,
Cantou a alegria e a dor
Com toda liberdade
Ele lutou por igualdade
E fez da música oraçãoDa ciência o seu caminho
Fortaleceu-se na razão
Vanzolini foi artista
Nascido em terra paulista
Foi ele um bom cidadão
Fez Samba Erudito e Leilão,
Ronda e Volta por Cima,Amor de Trapo e Farrapo
Tanta coisa de boa rima
Fez Vanzolini com ciência
Porque teve paciência
Para estudar nosso clima
Vanzolini está acima
Do banal e do rasteiroPela vida ele passou
Como grande brasileiro
Fez o que tinha de fazer
Sem desistir do prazer
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