Seguir o blog

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

FIM DO FUNK E DO SERTANOJO?

Matéria que ocupou hoje página e meia do caderno Ilustrada, da Folha, sobre música popular brasileira e estrangeira, não acrescentou nada a seus leitores.
Sequer um ranking atualizado das músicas atualmente mais tocadas nas emissoras de rádio e televisão foi apresentado.
Que Aquarela do Brasil, Carinhoso, Garota de Ipanema, Asa Branca e outras mais são muito cantadas e assobiadas por aí a fora, todo mundo sabe.
A reportagem é superficial.
Quanto à entrevista que gerou a manchete “MPB virou som de ‘barzinho’, diz Miranda”, é esquisita e oca como a cabeça dos fanqueiros. 
A impressão que se tem é que se está falando de outro país, e não do Brasil.
Segundo o entrevistado, o hip-hop “não é mais representativo”.
E foi um dia?
Ainda segundo ele, o “funk está tomando o lugar do hip-hop”, porque “música de mano hoje é funk ostentação, que está desbancando tudo”.
O entrevistado da Folha constata que “o funk do Rio, que continua firme”, por não concorrer com o de São Paulo, “juntos vão acabar com o sertanejo e o hip-hop”.
Essa é uma boa e a pergunta a ser feita é: e quem vai acabar com o funk?
Esse modo musical desenvolvido num só acorde surgiu na metade dos turbulentos anos de 1960, nos EUA, tendo como um dos seus representantes James Brown.
Mas o funk daqui, nem de longe lembra o funk de lá.
E pensar na enorme variedade de ritmos e gêneros musicais que temos...

CLARA NUNES
Clara Francisca Gonçalves Pinheiro nasceu em Paraopeba, MG, num dia como o de hoje: 12 de agosto, em 1942. Ao lado de Dalva de Oliveira e Elis Regina, Clara Nunes enriqueceu a nossa música popular. 
Era uma intérprete e tanto! 
Fica o registro.
A foto aí de cima, de Maria da Conceição, foi feita entre fins dos anos de 1970 ou começos dos 80, cá em Sampa.  

5 comentários:

  1. Assis, eu penso de vez em quando que a questão da musica feita e tocada no Brasil cada vez mais se trata de caso a ser estudado e pesquisado por alguém que seja entendido e muito de desvios de personalidade, eu explico: se torna extremamente impossivel que num Pais como o nosso com toda a capacidade criativa, sensibilidade e cultura riquissima, ainda seja possivel que a maciça maioria de musicas(?)executadas seja de uma pessima qualidade de composição, ritmo e interpretação. Coisa pra se pensar, será que é sinal dos tempos ou então pessoas como eu é que estão deslocadas no tempo?

    ResponderExcluir
  2. A questão é ideológica. Não é por outro motivo que a revista Veja expõe em uma de suas capas o Padre Marcelo Rossi como exemplo de escritor (sic.) bem-sucedido. O jornalismo brasileiro emburreceu e perdeu o rumo. Daí matérias idiotas como esta.

    ResponderExcluir
  3. Sinceramente, o que seria da música boa se não fosse a música ruim?
    E o que seria da opinião se não houvessem opiniões?
    Os músicos brasileiros precisam de estímulo. A arte não tem sido muito valorizada.
    A música que se ouve reflete muito do que vemos na sociedade atual: as pessoas estão se dessensibilizando, o mundo está entrando em colapso.
    É tudo junto: as informações estão todas na rede e muitos têm acesso a ela. Por ela se veicula de tudo e, como sempre, o ócio é um mau companheiro.
    É que, sem ter muito o que fazer e sem muito direcionamento, as pessoas clicam, ouvem e vão fazendo parte disso tudo, de acordo com o que lhes é disponibilizado.
    Neste ponto é que entra a Educação, não é? A parte em que se oportuniza o acesso aos conteúdos culturais que foram construídos pelos homens e mulheres na história.
    A gente precisa de oportunidade nas escolas, de educação para o uso da internet, de direcionamento.
    É como se hoje estivéssemos vivendo uma ditadura às avessas, mascarada, onde acreditamos que temos liberdade de escolhas, mas não temos porque vemos o que podemos, lemos o que nos dão. Vemos a Globo e lemos a Veja. Claro que eu não faço nenhuma destas duas coisas, mas eu tenho absoluta certeza de que sou uma exceção.
    Vamos oportunizar.
    Assim como o Assis, que busca entender, estuda, compara, analisa e questiona, fazendo muitos pensarem a respeito do assunto (como eu, agora).
    O negócio é ir espalhando as sementes, mas não só isso.
    Tem cheiro de mudança no ar. Dá até pra ver, mas não acredito que seja o fim do funk ou do sertanejo não. Recentemente lançaram o funk-sertanejo e eu quase morri, rs. Complicado.
    Isso tudo também é uma questão de gosto. É delicado falar sobre o gosto dos outros, mas que o gosto é influenciado e muitas vezes aprendido, isso é.
    O problema nem é o funk, mas o rótulo sexual, abusivo, machista, preconceituoso e bandido que envolve o ritmo.
    Vamos pensando mais um pouquinho, porque sempre ajuda.

    ResponderExcluir
  4. Sábado 12 de agosto de 2009- DIA DE VANDRE - por Assis Ângelo. Ali sentados, Geraldo Vandré, Zé Ramalho e Assis Ângelo. De todas as perguntas na entrevista uma resposta Vandré, declarou: Ouço a Rádio Cultura AM, que toca Música Clássica, tenho um aparelho de TV branco e preto em casa, mas raramente ligo. Jackson do Pandeiro sendo entrevistado no Aeroporto em Curitiba disse: gravo todo ano, musica para o Carnaval e para o São João, e quando me encontram sempre perguntam, Jackson,você deixou de gravar? Adoniram Barbosa( You Tube), ninguém toca minhas musicas, parece que cometi um crime. Nelson Gonçalves: as musicas de hoje são um lixo. Luiz Gonzaga ficou um período no esquecimento, conforme declarou o saudoso Dominguinhos o Baião ninguém mais escutava. O São João no Nordeste esqueceu os seus verdadeiros valores, substituídos em sua maioria por enganadores. Nas Rádios não existem mais programas musicais do gosto dos ouvintes, dedicam-se a apresentações de outras culturas.
    As mágoas, injustiças são cometidas ao longo dos tempos. Eu me considero com muito orgulho um conservador. O mal será queimada a semente e o amor será eterno novamente(Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito).

    Aloisio Alves.

    ResponderExcluir
  5. Espero que o funk acabe logo,pois não sou carioca e nem vivo no morro para gostar de funk, minha cultura é outra. É uma absurdo a mídia impor o funk como cultura, não vivi o que se vive nos morros e muito menos me sinto igual à ao povo que vive no morro carioca.

    ResponderExcluir

POSTAGENS MAIS VISTAS