Entre os dias 10 e 12 do próximo mês será realizado, em Brasília, um encontro de especialistas para discutir, mais uma vez, mudanças na língua que falamos. Dizem os cabeções de plantão que é para acabar com o alfabetismo de vez no País.
Os resultados desse encontro, denominado pomposamente de Simpósio Internacional Linguístico-Ortográfico da Língua Portuguesa, serão encaminhados ao Senado que, por sua vez, encaminhará suas apreciaçoes ao Congresso Nacional. Feito isso, o Brasil será outro, com todo mundo falando a mesma língua.
Mas que língua?
Eu, que sou bem dalí do começo da segunda parte do século passado, aprendi ainda no Ginásio lições básicas, necessárias e inesquecíveis para escrever e falar em bom português no meu dia a dia. Exemplo: antes de “p” e “b” não se escreve “n”.
Normas simples, assim, nos eram passadas por professores que sabiam ensinar.
A base referencial era o latim, que acabaram.
E aí ouvimos hoje horrores, como “interim”, ao invés de ínterim; “clítoris”, no lugar de clitoris, “houveram” e “menas” etc., tão ao gosto de personalidades como Skaf, FHC e Lula.
Mas Lula falar com sua voz esganiçada “menas” ou revelar que “fazem três anos” que não vai a Garanhuns” é uma coisa; outra, é Skf e FHC falarem alto e bom som “houveram três coisas” de que não gostaram.
A fala ou escrita culta é uma coisa, a outra é a fala ou escrita popular, inculta, como dizem os gramáticos.
Lula é povo e fico por aqui, pois não sou gramático nem nada.
Belo comentário, Assis Ângelo. Eu que também não sou professor, mas no velho e tradicional Lyceu do Ceará, sim, com ípsilo ou ípsolon, nome da letra grega Y, eu cursava o primeiro ano Científico e o cantor Belchior, concluía o terceiro. E o terceiro Colégio mais antigo do Brasil. Por lá também passaram personalidades como: Clóvis Beviláqua, Juvenal Galeno e Bezerra de Menezes,entre outros.
ResponderExcluirPois bem, os meus professores eram de uma cultura extraordinária, ainda tive Latim nos meus quatro anos de Ginasio.
Fico muito triste com o ensino de hoje. Pegam tudo na internet, ninguém mais lê. É preciso mudar tudo isso, para um Brasil melhor.
E haverá?
Aloisio Alves