Certo
dia, o Diabo resolveu fundar uma igreja.
Essa
história, do carioca Machado Assis, me fez lembrar, não sei por quê, o
nordestino Luiz Lulalá.
Na
história, o Capeta se diz insatisfeito com tudo e vai até Deus falar de um
projeto de fundação de uma igreja. De uma igreja dele, do Capeta.
Não
sei por quê, continuo lembrando do Lulalá.
A
Igreja do Diabo, este um dos títulos da série de Contos Fantásticos do genial Machado,
trata da mudança que o Capiroto quis fazer na vida nossa cotidiana, que tem
como símbolos ou regras os ditames do bom caminho. De cara, ele, o Fela,
resolveu mudar as virtudes que tanto honramos para valores totalmente
condenáveis, como a gula, a injúria, a luxúria, a preguiça, a inveja, a ira,
etc.
A
ira, por exemplo, o Sete Peles, como cita o Bahiano Riachão na música “Vai morar
com o Diabo”, foi o que levou Homero a escrever Iliade, em que se destaca o
furor de Ulysses, obra-prima traduzida para o português pelo meu querido
Houaiss.
E
não sei por quê, continuo achando que a Igreja do Diabo tem a ver com o Lulalá.
O
Diabo fundou sua igreja que não levou a nada, está no conto do Machado.
No
comecinho dos anos de 1930, o assassino suicida Adolf Hitler investiu-se de
salvador da pátria a partir de um movimento de trabalhadores na velha Alemanha.
Eu
digo sempre: ler é fundamental, nossos autores são incríveis.
Quem
ler mais, sabe mais. E o Lobato já dizia: “Um país se faz com homens e livros”.
E no século XVI, o inglês Francis Bacon já dizia que a leitura torna o homem um
ser completo.
Pensando
assim e lembrando de fatos e gentes, chego à conclusão que os luminares da
nossa judiada república estão numa peinha e merecidamente, pulando miudinho feito calango na
frigideira.
Janelas
se abrirão em dias próximos, para o bem do Brasil.
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