Deu o que falar a declaração do cantor e compositor Geraldo Vandré, segundo a qual continua sendo "a puta mais cara do Brasil".
Essa declaração foi feita no correr de uma entrevista coletiva que o artista concedeu à imprensa pessoense, um dia antes da apresentação que faria, e fez, no espaço cultural José Lins do Rego. O que acho disso?
Geraldo Vandré, paraibano de João Pessoa, sempre foi um artista pra lá de polêmico.
Também quiseram saber sobre a sua posição política. E respondeu: "Na mão esquerda trago uma certeza, na mão direita uma garantia. Mas atenção! As vezes troco de mão".
As declarações de Vandré à imprensa sempre despertaram atenção do público, de qualquer público.
Há anos, por exemplo, ele disse que suas composições eram composições de amor. Essa coisa de música de protesto "é pra quem não tem poder".
Em 1968, pouco antes de tomar conhecimento da classificação de Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando) no Festival Internacional da Canção, Geraldo Vandré se achava na antiga Iugoslávia. E lá, cercado de autoridades do governo comunista, ele enfezou-se com um bam-bam-bam de lá que o chamou em discurso como "um dos nossos representantes no Brasil". Isso foi o suficiente para o artista virar a mesa, obrigando o tradutor a traduzir ipis literis o que estava falando. Ou seja: que não era comunista nem representante de comunista em canto nenhum. O resultado disso foi o imediato cancelamento da excursão artística de Geraldo em países da chamada "Cortina de Ferro". Quem me contou isso foi um dos integrantes do extinto conjunto musical Trio Marayá, Behring Leiros (1935-2016).
Geraldo Vandré não é bolinho, não.
Mais de uma vez ele me disse que sempre foi o artista mais bem pago do Brasil, mais até do que o tal rei Roberto Carlos. Aliás, os dois nunca se bicaram.
A personalidade de Geraldo Vandré, de batismo Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, é fortíssima. Portanto não é de se estranhar a fala dele segundo a qual continua sendo "a puta mais cara do Brasil". Simples, assim.
É claro que essa declaração não contém, e longe de conter, qualquer teor pejorativo contra às "eternas damas da calçada", título de uma reportagem de 2 páginas que publiquei no dia 3 de dezembro de 1978 às páginas 6 e 7 do extinto suplemento cultural Follhetim, do paulistano Folha de S.Paulo. Confira.
É incrível a história de Geraldo Vandré. Ele nasceu no dia 12 de setembro de 1935. Chegou ao Rio de Janeiro com 17 anos de idade, em 1971 concluiu o curso de Direito. Em 1962, cria o "personagem" Vandré. Esse personagem "nasceu" na capital paulista. Leia o especial sobre ele que publiquei no Newsletter Jornalistas e Cia. Confira, clicando sobre o link abaixo:
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