Ontem, 27, fez um mês que a cantora, compositora e instrumentista Maria da Paz trocou a terra pelo céu. Ela era uma das frequentadoras de programas que apresentei na rádio Capital e na All TV (aí acima).
Há pouco Célia, da dupla mineira Célia e Celma, telefona prá dizer que o gaúcho João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes acabara de encantar-se. O encantamento deu-se ontem, 27, deixando meio mundo triste. Muita gente, aspas, Geraldo Alckmin estava por lá e não deu bola. Aliás, políticos não dão bola à cultura popular e a quem estuda o assunto.
Paixão Côrtes, que nasceu em 1927, deixou uma história incrível. Foi ele quem criou o Centro de Tradições Gaúchas, CTG, que espalhou-se em unidades Brasil afora.
Os gaúchos têm uma história de briga e valentia exemplar, como, de resto, o Nordeste, o Sudeste, o Norte...
O Brasil é um país cheio de histórias. Histórias do arco da velha.
Mais do que falar de Paixão Côrtes, melhor ouvir a entrevista que fiz com ele há alguns anos, para o programa que eu apresentava na rádio Trianon:
ZÉ BÉTTIO
Quem partiu ontem desta para melhor, provavelmente, foi o radialista José Béttio. Ele tinha 92 anos. Morreu rápido, em casa, e rapidamente o seu corpo foi incinerado, acho. Como ele queria. Eu o conheci na Rádio Capital, onde por mais de seis anos apresentei o programa líder de audiência São Paulo Capital Nordeste. Ele participou uas ou três vezes do meu programa. Zé era um cara curioso. Era fazendeiro, dono de não sei quantas fazendas. Ele andava armado, com um revólver preso à canela. Foi ele mesmo quem me disse isso. E justificou: "Já matei quem não prestava, recebo ameaças, por isso não quero ser surpreendido por vagabundo".
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