Acabei de ler um livro fantástico. Trata-se do romance O Ermitão de Muquem, de autoria do mineiro Bernardo Guimarães (1825-1884).
O livro tem história que se passa num vilarejo de Goiás e estende-se pelas margens do Tocantins. É um livro denso, escrito em 2 ou 3 anos e findo em 1858. Foi publicado 10 anos depois.
O Ermitão de Muquem é o primeiro romance regionalista brasileiro. O personagem central, Gonçalo, é um jovem desejado por todas as mulheres e temido por todos os homens, inclusive por seu amigo Reinaldo, que morre num duelo a faca assistido pela jovem Maroca, sua paixão; paixão também de Gonçalo, daí o duelo mortal.
Depois de matar Reinaldo, Gonçalo foge e é capturado por guerreiros da tribo Xavante. Porém antes de cair na mão dos guerreiros, Gonçalo promove uma verdadeira carnificina. E o livro vai ganhando uma forma extraordinária: a filha do velho chefe xavante apaixona-se completamente por Gonçalo e com ele se casa. Em resumo: com uma flechada só, Gonçalo mata a amada e seu irmão. Depois disso ele foge e transforma-se no Ermitão, mas não vou contar o final, que é incrível.
No livro O Ermitão de Muquem o autor, Bernardo Guimarães fala de costumes e ritmos musicais dos começos do século 19.
Bernardo Guimarães, que foi um monte de coisa na vida e morreu só, em casa, é o autor de Escrava Isaura e O Seminarista, sobre os quais falarei em breve.
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Desculpe, Assis Ângelo. Bernardo Guimarães não morreu só, em casa. Morreu em casa, mas cercador por sua mulher Teresa, por suas duas filhas Isabel e Constança e por todos os seus filhos, com exceção do João Nabor que morrera em 1878. Um grande abraço. Maria Fernanda Alves Guimarães, jornalista, genealogista, trineta de Bernardo Guimarães.
ResponderExcluirObrigado, obrigadíssimo. É sempre bom saber.
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