caminham de mãos dadas
encantando gerações
com histórias bem contadas
feitas de improviso
e também a canetadas
Umas são muito tristes
outras são engraçadas
umas são verdadeiras
outras são inventadas
pra fazer quem quiser curtir
dando boas gargalhadas (Assis Angelo)
Os poetas de bancada que escrevem a canetadas e os poetas repentistas que improvisam versos ao som de violas, historicamente sempre estiveram presentes onde os fatos acontecem. Sempre foi assim, desde que o Cordel e o Repente sentaram praça no Brasil. Quer dizer, desde o século 19.
O paraibano Silvino Pirauá Lima era cordelista e cantador repentista. Ele e seu conterrâneo Leandro Gomes de Barros foram pioneiros no campo da poesia popular cantada.
O Nordeste é berço dos grandes cordelistas e repentistas. A obra destes poetas, dos artista do povo, é absolutamente fantástica. Intelectuais do naipe de Ariano Suassuna beberam e bebem ainda no poço encantado do cordel e do repente.
Os ex-presidentes Getúlio Vargas e Lula da Silva foram os mais cantados na literatura de cordel, até hoje.
A corrida eleitoral que levou Jair Bolsonaro à cadeira de Presidente não poderia ser ignorada pelos poetas do povo. Até os veteranos Oliveira de Panelas e Ivanildo Vila Nova afinaram suas violas e desenvolveram um Quadrão Perguntado, que é uma das mais de 100 modalidades identificadas no Reino da Cantoria. Veja:
Caju e Castanha, pernambucanos como Ivanildo e Oliveira, bateram seus pandeiros e desenvolveram
o tema abaixo:
Muitos poetas cordelistas, como os dois aí abaixo, recolheram-se ao silêncio e puseram no papel os cordéis que declamam:
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