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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

BRASIL DE BRASILEIRO

Arnaldo Xavier era um paraibano, poeta, amigo meu. Negro, maravilhoso. Um dia, não sei qual, ele se lascou todinho e morreu dentro de casa. Disseram: foi infarto.
Eu brigava muito com o Arnaldo. Ele dizia que eu era doido e idiota, pelo ponto puro e simples de eu aplaudir Castro Alves, baiano, por ter feito com tanta grandeza o Navio Negreiro.
Castro Alves, branco que era, assumiu a liberdade da vida. E isso independia e independe de cor. E Arnaldo não entendia isso.
Arnaldo entendia que negro tinha que falar de negro e que branco era inimigo.
Que bobagem!
Os negros trazidos de África prá mover a vida do Brasil construíram o Brasil.
Depois de tudo que aconteceu, escravos na vida continuamos. Brancos e negros, negros e brancos.
Ouvi há pouco o repeteco da fala do ex capitão, ora presidente Bolsonaro. E lá estava ele em Davos abrindo para o mundo o Brasil. Pôxa, que bom!
Estou torcendo para que o novo governo, eleito pelo povo, dê certo.
Cá prá nós, é engraçado ouvir o Bolsonaro falar "quéshtão",Óquei, óquei, óquei?? 
Então tá, ok?
A gente pode errar falando, podemos acertar nos gestos.
Não votei no Bolsonaro.
Quem sabe quem sou, sabe que fui eu um dos fundadores do PT.

EDUARDO ARAÚJO

Ontem ou anteontem ouvi Vila, chamado professor, dizer na Pan que Eduardo Araújo tinha ido para outro plano. Ele diz isso sempre de modo apoplético. Eduardo continua vivo e cantando muito bem. Fica o registro. Aliás, o Vila disse uma vez que estava fazendo um livro baseado em livro que eu escrevi falando do Nordeste. Eu gosto do Vila. Disseram que esse livro sobre o Nordeste escrito pelo Vila já saiu, opa!

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