É natural que o povo de qualquer país torça e admire o seu
presidente, caso o sistema político desse país seja o Presidencial. E se não
for, dá no mesmo. Mas não é bem isso o que ocorre no Brasil.
O presidente eleito em outubro de 2018 parece não ter noção
do cargo que há um ano e pouco ocupa.
As pesquisas de opinião registram o sentimento de tristeza,
desconforto e incerteza que a população sente com relação ao presidente.
É difícil acreditar, mas é verdade: o presidente gosta de
provocar as pessoas, principalmente jornalistas.
Foi não foi os jornalistas sofrem com as provocações do
presidente. E sofrem pela violência com que o presidente lhes provoca e agride,
geralmente com palavras de baixo calão. E gestos.
Há poucos dias ele dirigiu-se aos jornalistas que o
aguardavam à saída do Alvorada com o gesto obsceno, que significa “uma banana”.
Nem vou aqui dizer o que significa esse gesto. No entanto
não custa lembrar que o Brasil é o 3° maior exportador de bananas do mundo, atrás
apenas da Índia e do Equador.
Existem centenas e centenas de tipos diferentes de banana,
além dessa que de tanto gosta o presidente.
O gesto obsceno feito pelo atual ocupante do Alvorada agride
não só aos jornalistas a quem ele se direcionou, mas a todos os brasileiros que
estão sempre prontos para respeitá-lo e incentivá-lo a seguir pelos melhores
caminhos. Não fosse assim poder-se-ia até dizer que um monte de “bananas”
elegeu um “banana” para dar “bananas” aos “bananas” que nele acreditaram.
Triste Brasil, porém pior seria se os brasileiros –
incluindo artistas – não reconhecessem a importância nutritiva dessa fruta tão
deliciosa. A propósito não custa lembrar da bela música que o mestre Braguinha (Carlos
Alberto Ferreira Braga; 1907 – 2006) e Alberto Ribeiro (1902 – 71) compuseram para
o carnaval de 1938: Yes, nós temos bananas. Essa música, uma marcha, foi
gravada por Almirante (Henrique Foréis Domingues; 1908 -80). Ouçam, no original:
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