São João está chegando; antes dele, Santo Antônio.
Os festejos juninos datam da Antiguidade, isto é, de antes
de Cristo.
No começo de tudo, junho era o mês em que os pagãos enchiam
a cara, dançavam, faziam estripulias. A razão disso era a chegada do verão.
Esperançoso e pululante, o povão apostava na fertilidade da terra e de tudo
mais de bom que lhe viesse.
Incomodada com isso, a santíssima Igreja Católica pôs as
unhinhas pra fora e deu um basta. Doravante, já d.C., junho seria também
comemorado pelos cristãos. As festas juninas passaram, então, ao calendário
católico.
Os festejos aos três Santos (Antônio, João e Pedro) chegaram
ao Brasil com a família real e súditos.
Integrante dos festejos, a quadrilha deu um colorido à
parte.
A fogueira já existia, desde os pagãos da Antiguidade.
Os fogos de artifício vieram da China, como colaboração
pagã.
A culinária, esta muito especial, foi em boa parte extraída
do hábito alimentar dos índios.
E depois enriquecida com ingredientes de outros brasileiros.
E a música? A música que passou a animar os festejos veio (vejam só!) da França
e de mais alguns países da Europa. Estou falando de valsa, polca...
E aí, muito tempo depois, veio o bom baiano Assis Valente
(1911-1958), compondo pérolas que se eternizaram na voz de Carmem e Aurora
Miranda, e de Chico Alves, que passaria à História como “o rei da voz”.
Quem criou a marchinha junina foi o baiano Valente.
Dada a “deixa”, entrou em cena o pernambucano Luiz Gonzaga
(1912-1989). Gonzaga, depois de estilizar o baião, estilizou a marchinha
junina.
Essa história de festas juninas eu conto no programa Raízes
do Brasil, que seria inaugurado no dia 23 de junho 2019 na rádio Cultura AM/FM,
de São Paulo. Quer ouvir? Clique:
O acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) tem farto
material sobre festas juninas, entre discos, livros e partituras.
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