O primeiro motim ocorreu entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. O segundo, entre os dias 22 e 26 de novembro de 1910.
Pois bem, uma pandemia levou o povo a rua e provocou um quebra quebra dos diabos. Ao fim e ao cabo, a vacina pôs fim à varíola. Pois é, né?
A manhã do dia 23 de novembro de 1910 levou pânico à população do Rio. Tiros disparados de navios fundeados na Baía de Guanabara foram ouvidos em todos os cantos do Rio. Houve estragos materiais e, ao contrário do motim contra a vacinação, os disparos de armas pesadas contra o Rio não resultaram em mortos.
O motim contra a vacinação, que entrou para a história como a Revolta da Vacina, findou com 30 mortos e muitos presos levados à miséria para a ilha das cobras e à selva amazônica para serem engolidos pelos animais de lá. E foi isso.
O grito dos marinheiros provocado por maus tratos das altas patentes ficou conhecido como a Revolta da Chibata, cujo o líder foi o gaúcho João Cândido. O presidente à época era o marechal Hermes da Fonseca (1855 -1923).
Os jornais do dia 24 de novembro deram amplo destaque à revolta dos marinheiros (ao lado).
À época da Revolta da Vacina o prefeito do Rio era Pereira Passos (1836 - 1913) e o presidente Rodrigues Alves, que assumira o cargo dois anos antes.
A varíola já não existe. Na marinha reina a calma. Curiosidade: Rodrigues Alves morreria em 1918, vítima da gripe espanhola.
Outras pandemias e revoltas atingiram o Brasil no correr do século 20. Agora é o novo coronavírus, que já matou quase 1,5 milhão de pessoas mundo afora. Aqui estamos chegando aos 170 mil mortos por essa praga, enquanto o presidente disfarça dizendo que tudo não passa de uma "gripezinha".
EM QUARENTENA
O programa Em Quarentena, apresentado por Carlos Sílvio, entrevistou ontem 22 o cientista brasileiro Gustavo Cabral. Foi uma belíssima entrevista. Confira: https://www.instagram.com/p/CH6SLrxImpq/
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