Toda vez que morre um amigo, sinto que morre um pedaço de mim.
O querido cartunista Fausto telefona pra dizer que tem a dar uma notícia desagradável. Essa notícia, ele deu: José Maria Mayrink, morreu.
Aconteceu no correr da madrugada deste dia 23.
Mayrink, mineiro do interior, foi uma dessas pessoas que nos marcam para sempre.
Simples, atencioso, de uma inteligência fora do comum, José Maria Mayrink foi seminarista e professor de latim e português. Um mestre do jornalismo, profissão que abraçou bem no começo dos anos 1960. Em Minas.
Eu não lembro o dia em que nos conhecemos. E nem o ano, tampouco o mês. Sei, porém, que foi na Capital paulista.
Eu chefiava o departamento de Imprensa da Companhia do Metropolitano de São Paulo, Metrô. À época, ele era repórter do Jornal do Brasil.
Pelo o que aqui estou a dizer, nos conhecemos num ano qualquer do século passado.
E o tempo passou e a nossa amizade se fortaleceu, ao ponto de ele frequentar com naturalidade a minha casa.
Foi na minha casa que Tiné e Tinhorão conheceram Mayrink (foto acima). Foi também na minha casa que Bráu Mendonça e a sua companheira de música Rosângela, conheceram Mayrink.
Também na minha casa Mayrink conheceu Célia e Célma, Vandré, Fausto (cartunista) e muita gente bacana.
A última vez que o querido Mayrink deu-me a alegria de abraçá-lo foi em 2018.
Toda vez que ele vinha à minha casa trazia frutas colhidas do seu quintal. Uma graça.
E conversávamos, e conversávamos, e conversávamos...
José Maria Mayrink deixa uma mulher incrível e quatro filhas, igualmente incríveis.
Toda vez que um amigo morre, eu morro um pouco com ele.
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