Gabriel Garcia Márquez, Gabo pelos amigos chamado, tinha 37 anos de idade quando teve a ideia de escrever Cem Anos de Solidão.
Polido, segundo ele, nasceu pronto. Mas há controvérsias.
Antes de concluir o livro que mudaria os rumos da literatura latino americana, Márquez publicou sete capítulos em diversos jornais e revistas do México, França, Colômbia e Argentina.
Fez isso para sondar o bolso dos leitores.
Cem anos de Solidão tem por base a Guerra dos Mil Dias e o Massacre dos Bananeiros, de 1928. E aí a história cresce, de modo fantástico.
Dezenas de personagens povoam as páginas do livro, a começar por José Arcádio Buendia e a sua mulher, Úrsula.
Ao lado de um grupo de sem terras, o casal inicia empreitada a procura de um lugar pra viver. E aí é criado, na base do mutirão, uma pequena povoação com o nome Macondo.
À medida que a família de José e Úrsula vai crescendo, crescendo também vai o povoado. E ai pronto: é quando o real se mistura, umbilicalmente, com a fantasia.
Pra variar Macondo é tomado pela Peste da Insônia.
Essa peste faz povo esquecer de tudo, dos objetos pessoais e até do nome.
Quase tudo é ficcional, com base na história de guerras e levantes ocorridos na história de "nuestra" América.
Impagável é a presença do alquimista Melquiades, que morre e ressuscita. Igual a Prudêncio Aguilar, que tirou onda do patriarca e por ele foi morto.
E o que dizer de Francisco, o Homem?
Francisco é uma espécie de poeta repentista, que leva notícias de um povoado a outro. Ele é instável, mambembe. Todos gostam dele, como gostam dos ciganos que periodicamente aparecem no povoado vendendo tranqueiras e encantando com suas danças e magias.
Até sanfona tem nessa história, além de um puteiro frequentado por viajantes e jovens da própria localidade.
Há muito sexo entre os personagens.
O grande destaque de Cem Anos de Solidão é Úrsula, espinha dorsal do clã por ela constituído. Ela dá ordens e toma a dianteira nos rumos traçados para o bem da família.
Úrsula morre cega, com uns 120 anos.
A obra de Garcia Márquez é recheada de citações a hábitos e lendas populares. Esses ingredientes também estão presentes nesse livro.
Gabriel Garcia Márquez nasceu na Colômbia e escreveu Cem Anos de Solidão no México, que foi lançado por uma editora argentina, precisamente no dia 30 de maio de 1967. Cinco anos depois, o autor era agraciado com o prêmio Nobel de Literatura.
Vou dizer o que todo mundo já disse, Cem Anos de Solidão é uma obra prima. E ponto final.
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