O jornalista gaúcho de Pelotas Tim Lopes, de batismo Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, tinha 51 anos de idade quando foi capturado e torturado por marginais que dominavam o complexo do Alemão, no RJ.
A morte de Tim completa hoje 20 anos, ou seja: dia 2 de junho de 2002.
Tim era repórter da TV Globo e quando foi agarrado por seus algozes, achava-se desenvolvendo reportagem sobre abuso de crianças e adolescentes.
A morte do repórter só foi descoberta cinco dias depois de ele ter sido queimado dentro de um pneu de trator.
Um horror!
Não é de hoje que jornalistas são perseguidos e mortos por todo tipo de bandido.
Em novembro de 1830, o primeiro jornalista a tombar morto por balas de pistoleiros alugados foi o italiano naturalizado Líbero Badaró.
Badaró tinha 31 ou 32 anos de idade quando foi morto.
O primeiro desembarque de Badaró foi no Rio de Janeiro e o segundo em São Paulo, SP. Em São Paulo Badaró criou um jornal que levava a público os desmandos praticados por poderosos de plantão, como o procurador geral Japiassu.
Ao denunciar irregularidades de governantes, Líbero Badaró assinava sua sentença de morte.
Depois de Líbero Badaró, muitos outros jornalistas foram assassinados no Brasil. Mas os números exatos são ainda desconhecidos. Sugiro, aqui, que a Associação Brasileira de Imprensa, ABI, ou a Federação Nacional de Jornalistas, Fenaj, faça um bom levantamento a respeito. É necessário.
Tim Lopes nasceu em novembro de 1950.
A perseguição contra Badaró se intensificou em junho de 1830.
Em 2001, Tim Lopes ganhou os prêmios Esso de Telejornalismo e o Líbero Badaró de Jornalismo pela reportagem Feira de Drogas, exibida pelo Jornal Nacional (TV Globo).
Em 2013, o diretor de cinema Guilherme Azevedo levou às telas Tim Lopes: Histórias de Arcanjo. Veja o trailer:
Ontem 1º de junho foi o dia da Imprensa, no Brasil.
No começo deste ano escrevi a letra e o músico Jorge Ribbas pôs a melodia ao que intitulamos Hino a Badaró. Ouça:
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