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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

O IDIOTA E A RAINHA

A minha filha Ana Maria telefona perguntando se eu vou ou não escrever sobre o desaparecimento de uma de suas melhores amigas. Foi ontem, ela disse. Curioso, perguntei: quem é essa sua amiga, filha?
Com um sorrizinho cheio de graça, Ana Maria respondeu: "A Beth, pai. A minha rainha morreu".
Diante de tal curiosa revelação, prometi escrever algo. Começo assim:

A rainha Elizabeth
Partiu silenciosamente
Deitada na sua cama
Pensando na sua gente
Pra sempre seu nome fica
Gravado na nossa mente

Com certeza foi grande
A rainha dos ingleses
Amada por muitos povos
Entre os quais os franceses
Sem esquecer os alemães
Esquimós e holandeses

Mas posso também falar
Da rainha Flor Maria...


Elizabeth II (1926-2022), a mais longeva dentre todas as rainhas, deixou exemplo a ser seguido por governos e povos de todas as línguas. Há mais de seis mil línguas na boca dos povos. Línguas vivas. E há tiranos e democratas no mundo.
A democracia é o melhor sistema de governo pra tudo quanto é gente.
Elizabeth II era democrata.
Bolsonaro é um idiota.
Pela primeira vez na história da nossa República, um presidente não comparece a uma solenidade de homenagem à independência do Brasil. Triste. Lamentável, sob qualquer ponto de vista.
O presidente do Senado, Ricardo Pacheco, foi a primeira autoridade brasileira a se manifestar publicamente sobre o desaparecimento da rainha Elizabeth.
E já que falei do Senado, não custa lembrar que houve lá uma sessão especial muito bonita em comemoração ao bicentenário de Nossa Independência. À cantora Fafá de Belém coube interpretar o Hino Nacional. Representantes de vários países, como o presidente de Portugal, prestigiaram o evento. 
No dia 7 de setembro a Embaixada britânica em Brasília acusou o recebimento de uma mensagem de parabenização ao Brasil assinada pela rainha Elizabeth II. A mensagem é a seguinte:
"Em meio à celebração da importante ocasião dos 200 anos de independência, gostaria de parabenizar Vossa Excelência e enviar minhas felicitações ao povo da República Federativa do Brasil, lembrando com carinho da minha visita ao país em 1968. Que continuemos trabalhando com esperança e determinação para superar os desafios globais juntos ".
A rainha Elizabeth foi recepcionada em São Paulo no ano de 68 pelo magnata da imprensa brasileira: Assis Chateaubriand. 
Há sim! Ia-me esquecendo de recomendar a leitura do livro O Idiota, de Dostoievski.

Um comentário:

  1. Isso aí, meu amigo, não cabem no mesmo contexto uma rainha, nobre por tradição e estirpe, e um miliciano, sem berço, educação e cultura, genocida por opção

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