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domingo, 4 de dezembro de 2022

FUTEBOL, UMA HISTÓRIA CONTADA EM MUITOS LIVROS (2, FINAL)

A Copa de 1958 mereceu pelo menos dois grandes clássicos: Escola de Feola e A Taça do Mundo é Nossa, essa gravada pelos músicos que integravam o sexteto Titulares do Ritmo. Todos cegos. Esses músicos, segundo o papa da bossa nova João Gilberto, formavam uma orquestra de cordas vocais e cantavam à capela. Naquele ano os destaques em campo foram todos, incluindo Djalma Santos.
A Copa de 1962 rendeu o belíssimo Frevo do Bi, gravado pelo paraibano Jackson do Pandeiro. Pelé machucou-se e a grande estrela em campo foi o anjo de pernas tortas, Garrincha.
A Copa de 1970, a do tri, foi embalada pela marchinha Pra Frente Brasil, usada e abusada pelos ditadores de plantão, à frente Médici. Pelé e Rivelino foram elevados ao grau máximo da glória.
A Copa de 1994 foi a que rendeu menos músicas. Duas ou três marcaram presença nas lojas de disco e rádio. Entre essas, Coração Verde e Amarelo. O destaque em campo foi Romário.
Em 2002 o número de músicas feitas pra estimular os torcedores também foi muito pequeno. Inexplicavelmente, até porque foi o ano que a nossa seleção faturou o pentacampeonato. Aqui e acolá ouviu-se Brasil Pentacampeão. O grande craque em campo foi Ronaldo Fenômeno.Copa de 2022 em andamento. O Brasil estreou no Catar, contra Sérvia. Richarlison foi o herói do dia, marcando 2 belos gols.
Todo mundo tem uma história pra contar, inclusive no campo do futebol.
Eu comecei a gostar do Flamengo e do Corinthians, por razões bobas. Li em algum lugar, num tempo que já não lembro, que o escritor mineiro Guimarães Rosa era Mengo e dizia que ser Mengo era ser inteligente. Ora, ora.
Em São Paulo escolhi o Corinthians por ser considerado o time do povo.
Antes de torcer pelo Flamengo e pelo Corinthians, eu torcia pelo Botafogo de João Pessoa, PB. O cantor e compositor Geraldo Vandré torce por esse time até hoje.
O cartunista Fausto é fiel torcedor do Botafogo. Mas esclareça-se, Botafogo do Rio. Ele conta que seu gosto pelo Bota carioca deve-se a Garrincha. Ele: "Eu tinha uns dez anos de idade quando comecei a frequentar a barbearia de um tio meu, Antônio, em Reginópolis, SP. Eu ficava folheando O Cruzeiro. Nessa revista eu via fotos de Garrincha atuando na Copa de 62. Passei a admirá-lo. Ele era botafoguense".
O Brasil é o único país pentacampeão de futebol do mundo.
A história do futebol, no Brasil, é contada em centenas de livros.

Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora.
Ilustrações de Fausto Bergocce.

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