O carioca Lamartine Babo, compositor incrível, nasceu no Rio de Janeiro no ano de 1904: 10 de janeiro.
No dia 10 de janeiro de 1923 morreu pobre e lascado uma das maiores vozes da nossa música popular: Mário Pinheiro.
Mário Pinheiro era dono de uma voz possante.
Mário Pinheiro, carioca que nem Lamartine, era filho de uma enfermeira.
A história do cantor Mário Pinheiro é uma história pra ser revivida. Não há livro nenhum sobre Mário Pinheiro. Não há nada sobre Mário Pinheiro, a não ser cerca de uma centena de discos de 78RPM. Discos gravados e lançados pela casa Edson, do estrangeiro Fred Figner.
Figner foi de uma importância fundamental na discografia brasileira. E ninguém fala dele. Meu Deus, por quê?
Antes de eu perder as luz dos olhos que Deus me deu, andei falando sobre isso com o querido José Ramos Tinhorão.
Eu nunca briguei com Tinhorão. Discutíamos e eu aprendia com ele.
Hoje em dia, parece que ninguém quer aprender com ninguém. Por quê?
Faz hoje 100 anos que Mário Pinheiro morreu, por que ninguém fala de Mário Pinheiro?
Mário Pinheiro foi pioneiro na gravação como cantor em disco no Brasil, junto com Bahiano, Cadete, Nozinho e Eduardo das Neves.
Meu amigo, minha amiga: ninguém fala sobre Mário Pinheiro porque ninguém sabe quem foi Mário Pinheiro. E essa é uma questão seriíssima.
O Brasil se perde a cada dia...
O que aconteceu domingo 8, na Capital do Brasil, foi um horror total e absoluto.
O que aconteceu em Brasília dia 8, domingo, foi uma violência jamais praticada no Brasil contra a democracia.
Democracia é a forma ou fórmula que nos leva a nos aturar um ao outro, mesmo sem gostar.
Democracia é vida, no sentido mais extenso e belo possível.
Lamartine Babo deixou uma obra muito bonita, no campo da nossa música popular.
Em 1909, o cantor Mário Pinheiro gravou em disco o primeiro poema de um poeta baiano: Castro Alves. Ouça:
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