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domingo, 16 de abril de 2023

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (8)

 A primeira história em quadrinhos feita no Brasil por Agostini chamou-se As aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma viagem à Corte. Ano: 1869.
No dia 3 de julho de 1992, 2 dias antes de morrer, Alcides Aguiar Caminha, foi agraciado com o prêmio HQ Mix como “pai dos quadrinhos eróticos nacionais”. E ainda teve tempo de agradecer, segundo registro do jornal O Globo: “É um pouco tardio, mas fico lisonjeado. É uma homenagem justa porque os livrinhos instruíram os jovens daquela época e esclareceram muita coisa que eles desconheciam”.
As historiazinhas sacanas de Zéfiro publicadas em folhetos, grosso modo falando, marcaram época por terem objetivo masturbatório, de iniciação sexual, por isso mesmo chamados de “catecismos”. Educativos, vejam só! Valia tudo, na imaginação de Zéfiro: homem com homem, mulher com mulher, troca de casais, posições “papai-mamãe”, anal e tudo mais que se

Última edição de O Rio Nú
possa extrair da imaginação de um cidadão que passou boa parte da vida no gozo ou fazendo gozar.
As primeiras publicações que trataram da questão começaram no Rio de Janeiro, na virada do século 19. A primeira delas foi O Rio Nu. Ingênua e de nenhuma afoiteza de caráter sexual. Simples e banal. As ilustrações, desenhos feitos à meia-boca, não tinham aparentemente o propósito de despertar safadezas nas mentes masculinas e femininas da época, pelo menos no olhar de quem folheia aquelas páginas nos dias de hoje.
Esse jornal foi inaugurado no dia 13 de maio de 1898. Era editado por três amigos: Heitor Quintanilha, Gil Moreno e Vaz Simão.
Além de O Rio Nu, cuja circulação foi encerrada no dia 30 de dezembro de 1916, outros títulos o seguiram na temática, como Sans Dessous, O Coió, O Riso, O Tagarela, O Nu, A Banana, O Nabo.
O dia 30 de janeiro é o Dia Nacional das Histórias em Quadrinho, inspirado em Agostini.

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