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segunda-feira, 10 de novembro de 2025

SP: MAIS FAVELAS DO QUE NO RIO

Perguntar faz bem, não é mesmo?
Cedo aprendi que podemos inventar ou construir uma história completamente entregando cinco interrogações básicas. Estas: 
Como?
Quando?
Quem?
Onde?
Por quê?
Aliás, as perguntas aí lembradas saem cotidianamente da boca de todo mundo. 
Uma reportagem ou entrevista, por exemplo, que não tiver todas essas palavras interrogativas estará incompleta. Dito isso, pergunto: por que diabos as ditas autoridades penitenciárias não dão um basta na entrada de aparelhos celulares nas cadeias do Brasil?
Bom, nova pergunta ora faço: o leitor ou leitora que está lendo estas bem traçadas linhas sabe ou sabia que em São Paulo há mais favelas do que no Rio de Janeiro?
Dados do IBGE indicam que há em São Paulo 3.123 favelas e no Rio, 1.724. O detalhe é que, segundo os números, no Rio a violência é maior e mais crescente com relação ao Estado paulista. 
Nunca a polícia matou tanta gente de uma só vez em favelas do Rio. Aconteceu na terça 4 deste novembro em curso. 
A mais populosa favela do Brasil é a Rocinha, com pouco mais de 72 mil pessoas devidamente conferidas pelo pessoal do último censo do IBGE de 2022.
A segunda maior favela do Brasil se acha na capital de São Paulo, ostentando um nome bastante bonito: Heliópolis, com pouco mais de 55 mil pessoas ocupando uma área de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados. 
A Rocinha começou a existir no correr dos anos de 1920.
Heliópolis, em grego antigo Cidade do Sol, começou a existir na década de 1970 quando o prefeito da época, Paulo Maluf, começou a desalojar os moradores de Vila Prudente
Habitaram favelas no Rio o ator Grande Otelo e, entre muitos outros, o pernambucano Bezerra da Silva (1927-2005).
Bezerra foi um cantor e compositor dos mais originais da nossa música popular. Seus parceiros, na maioria, eram gente muito simples. O artista interpretou belas obras como Eu sou Favela em cujo texto diz:

"...
A favela é um problema social
A favela é um problema social

Sim mas eu sou favela
Posso falar de cadeira
Minha gente é trabalhadora
Nunca teve assistência social
Ela só vive lá
Porque para o pobre não tem outro jeito
Apenas só tem o direito 
A um salário de fome e uma vida normal..."


Houve mais, muito mais, gente bonita dos morros compondo e cantando o cotidiano lá vivido.
Voltarei a falar a respeito, lembrando figuraças do naipe de Adoniran Barbosa e Moreira da Silva.




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